Às vésperas do natal, a Juventus deu um presentão para sua torcida. Na 17ª rodada, com dois jogos de antecedência para o final do primeiro turno, a equipe bianconera faturou o título simbólico de campeã de inverno. E mais importante, diríamos: entrou para a história com a maior pontuação já atingida por uma equipe, a esta altura de sua campanha, em todo o futebol da Europa. Falar dos méritos da Velha Senhora é chover no molhado. O sábado recheado de futebol na Itália ainda teve resultados importantes para Napoli, Lazio, Sampdoria e Fiorentina, além de tropeços da dupla de Milão. Confira.
Juventus 1-0 Roma
Mandzukic (De Sciglio)
Tops: Mandzukic e De Sciglio (Juventus) | Flops: Schick e Santon (Roma)
A Juve que se prepara para levantar um inédito e avassalador octacampeonato consecutivo na Itália também caminha a passos largos para se consolidar como a mais forte equipe que a Velha Senhora montou neste período vitorioso. Campeã de inverno faltando duas rodadas para o fim do primeiro turno, esta Juventus atingiu uma marca que dificilmente será igualada – superada, então, nem se fala. A equipe de Turim venceu 16 dos 17 primeiros jogos da Serie A, estabelecendo um recorde não só na Itália como em toda a Europa. Invictos, os bianconeri têm 96% de aproveitamento no campeonato.
É óbvio que a chegada de Cristiano Ronaldo faz uma enorme diferença, mas até agora o principal nome da campanha juventina é Mandzukic. O experiente atacante marcou oito gols na Serie A e se destacou especialmente nos jogos grandes: seis de seus tentos saíram contra times do naipe de Lazio, Napoli, Milan, Inter e Roma. Neste sábado, o croata apareceu na segunda trave aos 35 minutos e voou por cima de Santon para cabecear para as redes, sem oferecer chances a Olsen. O goleiro sueco, aliás, foi o principal jogador da Roma no Piemonte, se redimindo das falhas da semana passada, contra o Genoa. Primeiro, fez uma defesa estrepitosa num chute rasteiro e à queima-roupa de Alex Sandro, e ainda mostrou poder de reação numa cabeçada de Ronaldo.
Resignada, a Roma entrou em campo pensando em, no máximo conseguir um empate. Reconhecia a superioridade técnica e tática da Juventus, além do fato de a adversária ter tranquilidade para trabalhar – o que anda faltando na Cidade Eterna. Para a equipe do pressionado Di Francesco já seria mesmo lucro somar um pontinho, visto que a Juve é a equipe que mais vezes lhe superou no campeonato: o retrospecto do duelo registra 81 derrotas dos romanistas, oito delas nos últimos oito jogos em Turim. Isso significa que os giallorossi nunca pontuaram no Allianz Stadium, inaugurado em 2011. Mais uma estatística que reforça a hegemonia bianconera: desde os anos 1960 a equipe do Piemonte não conseguia oito triunfos consecutivos como mandante contra a Loba.
Napoli 1-0 Spal
Albiol (Mertens)
Tops: Meret e Albiol (Napoli) | Flops: Antenucci e Kurtic (Spal)
Em dia de pouca rotação no time titular, o Napoli passou por mais problemas do que deveria contra a Spal, mas no final das contas conquistou uma vitória simples e suficiente para manter-se soberano na segunda posição. Os partenopei não incomodam a Juventus, oito pontos na frente, mas também não são incomodados pela Inter, que tem a mesma desvantagem entre os dois primeiros colocados. Na parte de cima da tabela há quatro claras divisões: após o trio de equipes que trilham caminhos individuais estão as outras, que se digladiam pelas outras vagas europeias.
Apesar do domínio, os donos da casa acertaram pouco o gol adversário e somente na bola parada conseguiram abrir o placar. Pouco antes do intervalo, Albiol antecipou a marcação para finalizar a cobrança de escanteio de Mertens com um belo cabeceio: foi o primeiro gol de um zagueiro desde a chegada de Ancelotti a Nápoles. Já na etapa final, os napolitanos perderam algumas incríveis chances de ampliar. Insigne acertou o travessão ao tentar cruzar na área, mas Mertens mandou a bola na trave mesmo depois de driblar o goleiro Gomis. Por sua vez, Koulibaly poderia ter deixado a sua marca, mas sua cabeçada imperiosa tirou tinta da trave.
Pelas chances perdidas, a participação do grande ex da tarde ganhou ainda mais importância: Meret roubou a cena com defesa decisiva, nos acréscimos, para evitar o tropeço caseiro. Além disso, parou outras cinco oportunidades criadas pelos visitantes, que não se abateram com a desvantagem. No final das contas, o Napoli manteve o domínio contra a Spal, chegando ao décimo triunfo seguido no confronto, e também conseguiu vencer quatro partidas consecutivas na Serie A pela primeira vez desde fevereiro. Os spallini, por sua vez, não vencem há oito rodadas.
Chievo 1-1 Inter
Pellissier (Stepinski) | Perisic (D’Ambrosio)
Tops: Pellissier (Chievo) e Perisic (Inter) | Flops: Kiyine (Chievo) e Skriniar (Inter)
O sábado que antecede o natal tinha tudo para ser positivo para a Inter, mas tudo mudou nos acréscimos no Bentegodi. Bem, de alguma forma, alguma justiça divina foi feita, já que o dono do Chievo, Luca Campedelli, também é proprietário da Paluani, empresa do ramo de doces. Entre suas especialidades, estão dois alimentos fartamente consumidos nesta época do ano: o panetone e o pandoro, típica iguaria de Verona. Quem certamente terá mesa farta na ceia natalina é o técnico Domenico Di Carlo. Embora ainda não tenha conseguido vencer a Inter em 13 partidas, continua invicto em sua terceira passagem pelo Chievo, graças a cinco empates seguidos – os clivensi têm seis em série, seu recorde histórico na elite.
O roteiro da partida, no entanto, não indicava tal resultado. A Beneamata poderia ter matado o jogo no primeiro tempo, quando criou bastante pelo flanco esquerdo. Em jogadas de autoria de D’Ambrosio e Perisic por ali, Icardi e João Mário desperdiçaram boas possibilidades: o argentino foi negado por Sorrentino e o português chegou atrasado num carrinho, mandando a bola para fora com o gol aberto. Entre essas chances, Perisic se livrou de sua “urucubaca”: recebeu cruzamento rasteiro e finalizou com raiva, deixando para trás 12 jogos e quase quatro meses de jejum. O croata marcou seu sexto tento em quatro encontros com o Chievo.
Na segunda etapa, Sorrentino mais uma vez foi decisivo diante de Icardi. O veterano fez grande defesa depois de Maurito se livrar da marcação e tentar colocar no canto. Depois do susto, o outro “vovô garoto” da equipe da casa chamou para si a responsabilidade. O capitão Pellissier começou a dar trabalho para a defesa interista e, numa sequência de jogadas, fez Handanovic se esticar para pegar uma finalização rasteira e ainda tentou um golaço de bicicleta. No entanto, aos 91, o empate saiu do mais típico modo gialloblù: numa ligação direta entre defesa e ataque, Stepinski escorou e Pellissier aproveitou o posicionamento equivocado da defesa adversária, em especial de Skriniar. Ao sair na cara do gol, só deu um toquinho para encobrir o goleiro e decretar o placar final.
Milan 0-1 Fiorentina
Chiesa
Tops: Milenkovic e Vitor Hugo (Fiorentina) | Flops: Higuaín e Samu Castillejo (Milan)
O domingo anterior ao natal serviu para quebrar tabus no San Siro. Invicto há cinco jogos contra a Fiorentina, o Milan também tinha a seu favor o fato de os violetas serem suas vítimas mais frequentes na Serie A, enquanto Higuaín também carrega um bom retrospecto contra a equipe de Florença. O time gigliato não vencia partidas na Lombardia havia quase três anos, enquanto Chiesa, seu principal jogador, não marcava desde setembro. Neste sábado, contudo, tudo foi por água abaixo e o caldo engrossou para Gennaro Gattuso.
Mesmo com desfalques sérios na defesa e no meio-campo, o time da casa conseguiu jogar bem até a página 2: dominou a partida e tornou Lafont um dos nomes da tarde. O jovem goleiro francês foi decisivo ao parar Suso, Rodríguez e Çalhanoglu em mais de uma ocasião e manter sua equipe viva no jogo. O camisa 1 esteve bem acompanhado: Milenkovic, Pezzella e Vitor Hugo isolaram Higuaín e destruíram boa parte do que os rossoneri construíram. Dessa forma, o Milan repetiu um inglório feito, que não acontecia há 17 anos: chegou a três partidas seguidas sem marcar gols na Serie A.
Enquanto a defesa visitante cresceu no jogo, controlando os atacantes adversários, e Veretout dominou o meio-campo, Chiesa voltou às redes. Em branco há 15 partidas, o jovem ponta fintou Calabria (improvisado como meia pela direita) e chutou forte de fora da área: acertou o canto de Donnarumma, que tocou na bola apenas para repor o jogo. Afinal de contas, esse foi o único chute à meta adversária efetuado pela Fiorentina em toda a partida. Com o triunfo, a equipe de Pioli ultrapassou três concorrentes e deu um salto na tabela, passando a dividir a sétima posição com o Sassuolo,com 25 pontos. O Milan, com dois a mais, é o quinto.
Lazio 3-1 Cagliari
Milinkovic-Savic, Acerbi e Lulic (Immobile) | João Pedro (pênalti)
Tops: Milinkovic-Savic e Acerbi (Lazio) | Flops: Barella e Cerri (Cagliari)
Depois de sete partidas de seca, a Lazio finalmente voltou a vencer. Simone Inzaghi, que vivia seu maior jejum de vitórias como treinador, ainda pode comemorar mais um pouco depois, já que seu time retomou a quarta posição após três rodadas fora da zona Champions. Para isso, contou com uma mãozinha do Milan, que perdeu para a Fiorentina na sequência do sábado. O triunfo celeste no Olímpico também ampliou o domínio da equipe da capital sobre o Cagliari: são nove jogos de invencibilidade sobre os sardos. Os casteddu também não vivem bom momento na Serie A, já que não triunfam na competição desde outubro.
A partida no Olímpico foi conduzida com certa tranquilidade pelos anfitriões, que logo cedo saíram na frente do placar. Vivendo jejum de três meses sem gols, Milinkovic-Savic aproveitou rebote de Cragno após bela jogada de Correa e não desperdiçou a chance. Na comemoração, o sérvio extravasou: emocionado, chegou a chorar por ter aliviado um pouco da pressão. Mais solto, Sergej comandou a Lazio: ainda no primeiro tempo, tabelou com Immobile e viu o companheiro carimbar o travessão.
A vantagem celeste seria ampliada antes do intervalo, com Acerbi. O zagueiro finalmente pode comemorar de verdade, já que na segunda-feira, diante da Atalanta, teve um gol heroico anulado corretamente pelo VAR. Após escanteio desviado, o camisa 33 forçou o goleiro adversário a dar rebote e, na sobra, conferiu. Acerbi é o defensor com mais tentos na Serie A desde 2015. Na etapa final, Immobile pode dar sua contribuição para a vitória capitolina ao puxar contra-ataque e dar assistência para Lulic marcar o terceiro. O triunfo só não virou goleada graças a Cragno, autor de sete defesas, e a um pênalti bobo cometido por Bastos, já no finalzinho. O brasileiro João Pedro, que levou uma cotovelada, converteu a cobrança com tranquilidade.
Empoli 2-4 Sampdoria
Pasqual (pênalti) e Caputo (Traoré) | Ramírez (Defrel), Quagliarella (Murru), Caprari (Saponara) e Caprari (Murru)
Tops: Caprari e Quagliarella (Sampdoria) | Flops: Provedel e Rasmussen (Empoli)
A vitória da Sampdoria na Toscana teve grande valor em muitas frentes. Mais do que ampliar a longa série positiva contra o Empoli, que não vence o confronto desde 2007, o triunfo devolveu a equipe doriana à zona europeia após sete rodadas de ausência. Depois de alguns meses de instabilidade, os blucerchiati chegaram ao quinto jogo sem derrotas e ganharam três posições às vésperas do natal. De quebra, Quagliarella se tornou o primeiro jogador italiano a marcar em sete aparições seguidas na Serie A desde Antonio Di Natale, em maio de 2010.
Marco Giampaolo foi ao Carlo Castellani pela segunda vez após a boa passagem pelo Empoli, em 2015-16 e novamente levou a melhor sobre os azzurri – em 2016-17, a Samp vencera por 1-0. Dessa vez, o time da Ligúria interrompeu a sequência de três vitórias dos toscanos em casa, ainda que os comandados de Beppe Iachini tenham deixado boas impressões, especialmente do ponto de vista ofensivo. Aliás, a dupla confirmou a expectativa de embate movimentado. Afinal, as médias de gols nos oito compromissos mais recentes de Empoli e Sampdoria eram de, respectivamente, 4,3 e 3,5/partida.
O primeiro dos seis gols da peleja foi marcado por Pasqual. O veterano lateral canhoto abriu o placar logo aos 11 minutos, graças a um pênalti estúpido cometido por Murru sobre La Gumina. Exatamente meia hora depois, Ramírez entrou na área adversária e bateu forte com a perna esquerda, acertando o ângulo e empatando a partida antes do intervalo.
Na volta ao campo do Castellani, a Samp teve pênalti a seu favor, mas o árbitro Calvarese conferiu no vídeo e voltou atrás. Na sequência, Quagliarella perdeu chance incrível após não aproveitar o cruzamento de Murru e cabecear por cima das traves. Mas não falhou duas vezes: aos 69, num lance idêntico, marcou seu tento histórico e chegou aos 10 na Serie A. Caputo não deixou por menos e anotou o seu nono no campeonato, após passe em profundidade de Traoré – o bandeira marcou impedimento, mas o VAR novamente corrigiu o erro. Quando o jogo caminhava para o empate, Caprari surgiu. O baixinho substituiu Defrel aos 85 e guardou uma doppietta, com colaboração de Provedel. Com menos de dois minutos em campo, a cria da Roma chutou rasteiro e o goleirão aceitou; nos acréscimos, mal posicionado, deixou passar um forte tiro cruzado do atacante.
Genoa 3-1 Atalanta
Rafael Toloi (contra), Lazovic (Rômulo) e Piatek (Bessa) | Zapata (pênalti)
Tops: Piatek e Radu (Genoa) | Flops: Rafael Toloi e Ilicic (Atalanta)
Em um reencontro entre velhos conhecidos, considerando que Cesare Prandelli começou sua carreira como treinador pela Atalanta e Gian Piero Gasperini se consolidou na elite no Genoa, quem se saiu melhor foi o ex-comissário técnico da seleção italiana. Depois de um empate e uma derrota, Prandelli conquistou sua primeira vitória no retorno à Serie A e encerrou a sequência de dez rodadas sem alegrias para os genoveses. o Também acabou com a farra dos bergamascos no Marassi: eram três triunfos consecutivas dos nerazzurri no estádio.
Como são duas equipes muito intensas, Genoa e Atalanta naturalmente fizeram um jogo de ritmo bastante alto e que não pecou em emoções – desde o seu início, aliás. Os visitantes tiveram a oportunidade de abrir o placar em cobrança de pênalti, porém Radu parou Ilicic: o esloveno bateu no canto, mas o jovem goleiro fez defesaça. Papu Gómez tornou a assustar, mas foi impedido pelo travessão. Ainda no primeiro tempo, depois de Piatek ter cabeçada defendida de forma espetacular por Berisha, o polonês levou a melhor no escanteio originado pelo lance. O artilheiro do campeonato não direcionou bem a bola, mas Rafael Toloi desviou e marcou contra.
Na volta do intervalo, o time da casa voltou a cometer outro pênalti, dessa vez em falta de Criscito sobre Freuler. Ex-Sampdoria, Zapata fez a jogada que originou a falta e foi para a cobrança: apesar de Radu novamente quase ter salvado, o colombiano marcou pela quarta rodada seguida e chegou a seu sétimo gol na competição. Os visitantes chegaram a flertar com a virada, mas o goleiro romeno se manteve decisivo, até Lazovic recolocou os grifoni na frente. Depois de cruzamento de Rômulo, o sérvio não dominou muito bem, mas encheu o pé para marcar o segundo gol. Enquanto a Atalanta tentava outro empate, o Genoa contra-atacava. Nesses lances, a Atalanta teve dois jogadores expulsos: primeiro, Palomino recebeu o segundo amarelo por falta em Piatek e, já no final, Toloi recebeu vermelho diretamente após parar Bessa em clara oportunidade de gol. Entre as advertências, Piatek marcou um belo gol e chegou aos 13 na Serie A.
Sassuolo 1-1 Torino
Brignola (Lirola) | Belotti (Zaza)
Tops: Brignola (Sassuolo) e Zaza (Torino) | Flops: Di Francesco (Sassuolo) e Rincón (Torino)
Salvo pelo árbitro de vídeo. Por muito pouco o Sassuolo não sofreu uma derrota diante dos seus torcedores itinerantes – afinal, o Mapei Stadium fica em Reggio Emilia, a cerca de 30 km da sede do clube. Apesar de não vencer em casa desde setembro e chegar ao quinto empate seguido, o time de Roberto De Zerbi não poderia vacilar contra um adversário direto na briga por vaga europeia. O placar igual não foi o pior possível, mas serviu apenas para facilitar a escalada da Sampdoria. A equipe genovesa tem um ponto a mais que o Sassuolo e está três à frente do Torino.
Superiores na partida, os anfitriões levaram susto em chance do ex-neroverde Zaza, que foi parado por Consigli. Depois disso, os emilianos desperdiçaram diversas ocasiões para abrir o placar: na etapa inicial, Berardi errou na pequena área, ao tentar escorar cruzamento de Rogério, enquanto no segundo tempo Ichazo fez grande defesa em tentativa de bicicleta de Matri. Por sua vez, o Torino voltou a marcar depois de duas partidas em branco. Belotti recebeu um belo passe em profundidade de Zaza e mais uma vez incomodou o Sassuolo – chegou ao terceiro gol nos três últimos embates com o adversário deste sábado.
Os granata continuam soberanos no Mapei Stadium (já são seis jogos sem derrotas na arena, na qual nunca perdeu) e também ampliaram a sua melhor série como visitantes na Serie A em quatro décadas: já são 11 partidas de invencibilidade fora de Turim. Afinal de contas, o empate assinado por Brignola não derrubou nenhuma dessas marcas. Depois de cobrar escanteio, o ex-jogador do Benevento correu para a área e aproveitou a falha de marcação do “general” Rincón para, mesmo sendo baixinho, cabecear para as redes. A esta altura, a partida já estava nos acréscimos, mas houve tempo para novas emoções. No lance seguinte, o time de Walter Mazzarri chegou a marcar, com Falque, mas uma longa checagem do árbitro de vídeo pegou o impedimento de Aina na origem da jogada.
Udinese 1-1 Frosinone
Mandragora (Stryger) | Ciano (pênalti)
Tops: Mandragora (Udinese) e Ciano (Frosinone) | Flops: Lasagna (Udinese) e Ciofani (Frosinone)
A estreia de Marco Baroni, apesar do ponto fora de casa, não foi muito positiva para o Frosinone. O técnico que comandou o Benevento em seu tenebroso primeiro turno da equipe na temporada passada, fez com que os ciociari fossem melhores do que a Udinese na fraca partida na Dacia Arena. No entanto, sua equipe não conseguiu transformar a superioridade numa vitória que facilitaria bastante o começo de seu trabalho. Afinal, a equipe do Lácio precisa tirar uma desvantagem de cinco pontos para a própria Udinese se quiser sonhar em deixar a zona de rebaixamento.
Depois do começo animador com a vitória sobre a Roma, o time de Davide Nicola tomou um chá de realidade e voltou a apresentar o mesmo futebol pobre do começo da temporada – com exceção feita, claro, aos lampejos de De Paul. Para se ter ideia, os friulanos venceram apenas uma vez nas últimas onze rodadas: sob as ordens do novo treinador, a Udinese teve um espasmo na estreia do comandante, mas já chegou ao quarto jogo sem triunar. Nem mesmo o belo gol de Mandragora, que carregava o pior aproveitamento nos chutes entre os bianconeri, bastou: no segundo tempo, Ciano deixou tudo igual.
Parma 0-0 Bologna
Tops: Bastoni (Parma) e Calabresi (Bologna) | Flops: Gervinho (Parma) e Santander (Bologna)
O retrospecto equilibrado nas últimas partidas entre Parma e Bologna se manteve. O mais importante dos clássicos emilianos na atualidade tem, agora, três vitórias para cada lado e seis empates nos 12 embates mais recentes. O pontinho não altera a situação das equipes: enquanto os ducali ficam no meio da tabela, os bolonheses seguem na zona de rebaixamento, com um ponto a menos que a Udinese. Vale lembrar que, até o momento, o Bologna não ganhou fora de casa pela Serie A em todo o ano de 2018.
As duas defesas se impuseram no duelo do Tardini, mas se um time chegou mais perto de sair com a vitória, este foi, de longe, o Parma. Só no primeiro tempo, os crociati levaram muito perigo duas vezes, com Siligardi: o atacante acertou a trave e também finalizou à esquerda da meta de Skorupski. Na etapa final, foi um forte chute de Sprocati, desviado por Inglese, que assustou o polonês. A única oportunidade dos felsinei acabou se transformando em um gol corretamente invalidado. Após escanteio, Calabresi acertou a trave e aproveitou o rebote para cabecear de novo. Porém a jogada teve duas irregularidades: além de o lateral estar impedido, houve falta de Helander sobre Barillà.
Seleção da rodada
Meret (Napoli); Milenkovic (Fiorentina), Acerbi (Lazio), Vitor Hugo (Fiorentina); De Sciglio (Juventus), Milinkovic-Savic (Lazio), Lulic (Lazio), Alex Sandro (Juventus); Caprari (Sampdoria); Mandzukic (Juventus), Quagliarella (Sampdoria). Técnico: Simone Inzaghi (Lazio).