Seleção italiana

Itália bate Finlândia, mantém aproveitamento máximo e fica a um passo da Euro 2020

Na condição de visitante, a Itália derrotou a Finlândia por 2 a 1 e alcançou dois feitos importantes. Primeiro, completou um ano sem saber o que é perder: sua última derrota foi em partida pela Nations League, contra Portugal. De lá para cá foram dois empates e oito vitórias, sendo sete delas em sequência. A Squadra Azzurra também chegou aos 18 pontos e, com 100% de aproveitamento, segue isolada na liderança do Grupo J das Eliminatórias para a Euro 2020.

Para o difícil confronto no Tampereen Stadion, contra a segunda colocada na chave, Mancini realizou cinco mudanças em relação ao jogo contra a Armênia. Na defesa italiana, Acerbi e Izzo entraram nas vagas de Romagnoli e Florenzi, no meio-campo, o suspenso Verratti deu lugar a Sensi e, na ponta, Bernardeschi saiu do time em favor de Pellegrini. Por fim, Mancio segue fazendo rodízio em busca do camisa 9 ideal: dessa vez começou com Immobile, e não Belotti.

A partida foi pouco movimentada no primeiro tempo, que acabou sem gols. O time de Mancini propôs o jogo, mas foi pouco efetivo diante do ferrolho finlandês – o técnico Kanerva monta, costumeiramente, uma linha defensiva com cinco jogadores, compactada por quatro meio-campistas. A Itália fez um boa etapa inicial e esteve mais próxima do gol, enquanto a Finlândia teve pouquíssimas chances claras e assustou apenas em jogada de bola parada aos quatro minutos. Na ocasião, Toivio apareceu livre na segunda trave, mas mandou para fora. Dali para frente foi a Itália que criou as principais oportunidades.

Aos sete minutos, Mancini já tinha que lidar com imprevistos. Isso porque Emerson Palmieri sofreu uma lesão muscular durante contra-ataque da Finlândia e pediu para sair. O treinador apostou em Florenzi para a faixa esquerda do campo, o que permitiu que a Itália mudasse com frequência seu desenho tático. Em vários momentos da partida, a Itália se postava no 3-5-2, já que tinha três zagueiros de origem em campo e Florenzi tinha liberdade para atuar como ala, ao mesmo tempo que Chiesa recuava para fazer a linha de cinco. No ataque, Lorenzo Pellegrini se deslocava para auxiliar Immobile.

A primeira grande ocasião saiu dos pés de Sensi, ao receber cruzamento de Chiesa, que mandou um chutaço de primeira. A bola tinha endereço, mas o goleiro Hrádecky fez boa intervenção. Poucos minutos depois, a Itália chegava novamente com perigo, quando Immobile recebeu cruzamento livre de marcação e cabeceou no contrapé do arqueiro, que tirou com os olhos. Ainda no primeiro tempo, mais uma jogada de perigo envolvendo Sensi: aos 43 minutos, o novo jogador da Inter dominou, se livrando da marcação e finalizando à direita de Hrádecky.

No segundo tempo, o jogo ficou mais dinâmico e os gols saíram. A primeira oportunidade para abrir o marcador foi dos donos da casa, no primeiro minuto. Pukki recebeu dentro da área e pegou Donnarumma de surpresa, mas a bola estufou o lado de fora da rede. O marcador foi aberto pela Itália aos 58, quando o cruzamento de Chiesa encontrou Immobile na segunda trave: oportunista, Ciro cabeceou no ângulo, sem chance para Hrádecky. O atacante da Lazio desencantou depois de 733 dias sem marcar gols pela seleção.

Depois de ter feito 1 a 0, a Itália diminuiu o ritmo e permitiu que a Finlândia empatasse 13 minutos mais tarde, através de penalidade máxima. Sensi, que fazia boa partida, errou na saída de bola e, na sequência, cometeu pênalti bobo em cima de Pukki. O camisa 10 finlandês pegou a bola, na marca da cal, finalizou no meio do gol e venceu o duelo contra Donnarumma, empatando a partida.

Mancini respondeu ao gol de empate com duas alterações que surtiram efeito: Belotti e Bernardeschi entraram nas vagas de Immobile e de Chiesa, que não fez boa partida. A Itália manteve a postura ofensiva e, aos 78 minutos, contou com um pênalti bastante polêmico para desempatar a partida. Barella recebeu dentro da área e finalizou no braço de Sauli Väisänen, que estava colado ao corpo. O brasileiro Jorginho deu números finais à partida ao converter a cobrança no canto esquerdo, sem chances para o goleiro – que até acertou o lado, mas não chegou na bola. Hrádecky ainda fez outras grandes defesas na partida, mantendo os finlandeses vivos no duelo.

A seleção italiana do pós-Gian Piero Ventura engata uma sequência de sete triunfos seguidos, algo que não acontecia desde 2006. Com tantas boas atuações e resultados positivos, a equipe de Mancini dá sinais de que poderá brigar até mesmo pelo título da Euro. Afinal, só uma hecatombe tira a Nazionale da competição – na verdade, a vaga pode ser conquistada matematicamente no mês que vem, em caso de vitória contra a Grécia, no Olímpico de Roma. A Finlândia, por sua vez, se mantém na segunda posição do Grupo J, mas vê a Armênia se aproximar, após vitória por 4 a 2 sobre Bósnia e Herzegovina.

Finlândia 1-2 Itália

Finlândia: Hrádecky; Granlund (Soiri), Toivio, Arajuuri, S. Väisänen, Uronen; Lod, Schüller (Kauko), Kamara, Lappalainen (Tuominen); Pukki. Técnico: Markku Kanerva.
Itália: Donnarumma; Izzo, Bonucci, Acerbi, Emerson Palmieri (Florenzi); Barella, Jorginho, Sensi; Chiesa (Bernardeschi), Immobile (Belotti), Pellegrini. Técnico: Roberto Mancini.
Local: Tampereen Stadion, em Tampere, Finlândia.
Árbitro: Bobby Madden (Escócia).
Gols: Pukki (pênalti); Immobile e Jorginho (pênalti).

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