Serie A

13ª rodada: com gol mais rápido do campeonato, o Milan manteve a liderança na Itália

O tempo que você gastou para ler o início deste parágrafo foi suficiente para o Milan gritar gol na partida contra o Sassuolo, uma das melhores da 13ª rodada da Serie A e entrar para a história com o tento mais veloz já anotado no campeonato. O triunfo sobre os neroverdi manteve os milanistas na ponta da tabela, num fim de semana em que Inter e Juventus também venceram. Um pouco mais abaixo, Roma e Napoli perderam confrontos complicados contra Atalanta e Lazio, respectivamente, o que atiçou a briga por vagas em competições europeias. Confira a síntese da jornada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Sassuolo 1-2 Milan

Gols e assistências: Berardi; Rafael Leão (Çalhanoglu) e Saelemaekers (Hernandez)
Tops: Rafael Leão e Çalhanoglu (Milan)
Flops: Toljan e Rogério (Sassuolo)

O Milan visitou o Sassuolo com a missão de manter a invencibilidade e evitar as oscilações – afinal, quem quer ser campeão não pode se conformar com tropeços. O adversário, porém, era uma das sensações do campeonato, que chegou a ser o vice-líder em determinado momento, mas que teve uma queda de rendimento nos últimos jogos.

Sem Ibrahimovic e Rebic à disposição, Pioli deu a Rafael Leão a oportunidade de jogar como a principal referência no setor ofensivo. E o português não decepcionou: precisou de exatos 6,2 segundos para abrir o placar. Não, você não leu errado. Quando o jogo começa é normal que a bola seja tocada para a defesa, para se organizar o jogo, mas o Milan não quis nem saber: partiu para cima em bloco, numa jogada ensaiada com direito a arranque e passe de Çalhanoglu e finalização do português, que marcou o tento mais rápido de toda a história da Serie A.

Com a vantagem desde o começo, o Milan não deu pinta de que iria se defender para segurar o placar e continuou atacando em um ritmo frenético – quase sempre com a digital de Leão. Ainda no primeiro tempo, saíram mais dois gols dos visitantes. O primeiro, de Çalhanoglu, foi anulado por um impedimento captado pelo árbitro de vídeo. O segundo valeu: Saelemaekers, protagonista da infração anterior, se redimiu ao anotar o segundo, completando uma arrancada sensacional de Hernandez.

Na etapa complementar, o Sassuolo ensaiou uma reação e passou a exigir mais do sistema defensivo milanista, que teve uma atuação segura sob o comando do capitão Romagnoli e do jovem Kalulu. Tanto é que, somente nos instantes finais é que o time treinado por De Zerbi conseguiu descontar, em cobrança de falta de Berardi. O resultado no Mapei dá continuidade à histórica sequência dos rossoneri, que há 15 jogos marcam no mínimo dois gols em cada rodada da Serie A. É a confirmação de que é mesmo possível brigar pelo título italiano.

Inter 2-1 Spezia

Gols e assistências: Hakimi (Martínez) e Lukaku (pênalti); Piccoli
Tops: Hakimi e Martínez (Inter)
Flops: Deiola e Nzola (Spezia)

No papel até parecia um jogo fácil para a Inter, que é mais time e tinha a obrigação de ganhar em casa. A vitória veio para os comandados de Conte, mas furar a retranca do Spezia foi mais difícil do que o esperado – até porque os nerazzurri não viviam seu dia mais iluminado. O time de Italiano veio a campo com oito titulares diferentes em relação ao onze inicial da partida contra o Bologna e abriu mão de agredir a Beneamata, com a proposta de se defender e levar um ponto para a Ligúria.

A estratégia até deu certo nos primeiros 45 minutos, em que a Inter foi displicente no último terço de campo e não teve boa pontaria. As únicas grandes ocasiões aconteceram nos minutos iniciais, em jogada individual de Young e cabeçada para fora de Martínez. Os gols saíram na segunda etapa, com Hakimi – acionado por Lautaro em uma boa escapada em velocidade – e Lukaku, cobrando pênalti. Numa desatenção da zaga da casa, o Spezia ainda diminuiu com Piccoli, num dos últimos lances.

Para um time que apostará todas as suas fichas na Serie A, o resultado foi importante para dar moral à equipe, depois do recente vexame na Liga dos Campeões – afinal, foi a sexta vitória consecutiva. Em uma rodada que Milan e Juventus triunfaram, os três pontos serviram para manter os nerazzurri, vice-líderes, na cola do Diavolo e com vantagem sobre a Velha Senhora.

Em dia pouco inspirado, a Inter venceu o Spezia com gols de Hakimi e Lukaku (AFP/Getty)

Parma 0-4 Juventus

Gols e assistências: Kulusevski (Morata), Ronaldo (Morata), Ronaldo (Ramsey) e Morata (Bernardeschi)
Tops: Ronaldo e Morata (Juventus)
Flops: Bruno Alves e Gagliolo (Parma)

Depois de um começo de temporada oscilante, a Juventus parece ter encontrado sua melhor forma: não perde há 12 jogos. Na 13ª rodada, a Velha Senhora visitou o Parma e, comandada por Cristiano Ronaldo, deu um show. O português marcou duas vezes na goleada por 4 a 0 e ainda contou com atuações de alto nível de Morata, Kulusevski, Bentancur, De Ligt e Buffon.

Sem Dybala e Arthur à disposição, Pirlo optou por Kulusevski e Ramsey como titulares, para dar suporte à dupla ibérica formada por CR7 e Morata. Do outro lado, Liverani apostava suas fichas na velocidade de Gervinho e na força física de Cornelius para agredir a defesa da Juve – o que raramente aconteceu. Nos primeiros minutos, vimos uma Juventus com bastante posse de bola, mas com jogadas que levavam muito tempo para evoluir. O Parma parecia, inicialmente, organizado na defesa e criou a primeira grande chance com Kucka, que obrigou Buffon a sujar o uniforme.

Oito minutos mais tarde, Kulusevski acionou a lei do ex e abriu a porteira para a Juventus, ao receber bom passe rasteiro de Alex Sandro, levemente desviado por Morata. O Parma não encontrou força para reagir e logo tomou a segunda pancada: CR7 voou alto – quase tão alto quanto no gol de placa contra a Sampdoria, em 2019-20 – e cabeceou uma bola indefensável para Sepe. O português pode finalmente celebrar um gol no Ennio Tardini, um dos poucos estádios italianos que ainda não tinham sido palco para sua comemoração característica.

Liverani desceu frustrado para o vestiário e tentou algo diferente na etapa complementar, tirando o apagado Gervinho para colocar Karamoh, mas o domínio da Juventus prevaleceu. Com três minutos, Cristiano marcou sua sexta doppietta na temporada, com um chute cruzado de esquerda. Além de isolar Ronaldo na artilharia da competição, com 12 gols, o tento foi o 756º de sua carreira e o aproxima do número de bolas nas redes que Pelé teve em partidas oficiais (757).

Já no apagar das luzes, Morata apareceu livre de impedimento e deu números finais à partida com um belo gol de cabeça, coroando uma excelente atuação bianconera. O alto nível foi mostrado tanto no setor ofensivo, pelos quatro gols marcados, como na organização – liderada por Bentancur – e na defesa, já que De Ligt e Buffon foram muito bem quando chamados em causa. A Juve terminou uma partida de Serie A sem sofrer gols pela primeira vez em um mês, desde a vitória sobre o Cagliari.

Atalanta 4-1 Roma

Gols e assistências: Zapata (Ilicic), Gosens (Ilicic), Muriel e Ilicic; Dzeko (Mkhitaryan)
Tops: Ilicic e Gosens (Atalanta)
Flops: Smalling e Veretout (Roma)

Um começo de partida fulminante da Roma serviu para iludir o torcedor giallorosso com a possibilidade de se manter na cola do trio de ferro, que lidera o campeonato. E a empolgação tinha motivo. Apenas 10 minutos após o apito inicial, Dzeko havia dado a vantagem aos romanistas – mais exatamente, aos 3 – e Spinazzola, por poucos centímetros, não marcou o segundo, acionando a lei do ex.

De fato, a Roma conseguiu ter o controle do jogo na primeira etapa, desde a atuação segura do trio defensivo formado por Ibañez, Mancini e Smalling, e com um sistema ofensivo vertical, que soube explorar os espaços pelas laterais, sobretudo nas costas de Hateboer. Pellegrini ainda deu um susto em Gasperini com cobrança de falta, mas Gollini fez boa intervenção para mandar para escanteio. Segundo Paulo Fonseca, o seu time fez um primeiro tempo digno de guerreiros.

Gasperini certamente desceu para o vestiário com a sensação de que precisava de alguém para realizar a função de Gómez, que se despedirá da Atalanta em janeiro e não foi nem mesmo relacionado, após entrevero com o treinador. O meia argentino era um pilar para o esquema de Gasp e tinha a função de ajudar nas transições, fazer a bola girar e, principalmente, municiar os homens de frente. O treinador da Atalanta volta para o jogo com duas mudanças, que foram decisivas para o decorrer da partida: Palomino e Ilicic nas vagas de Romero e Pessina. Aí, então, nas palavras de Fonseca, os seus comandados passaram a se comportar como se fossem criancinhas.

A Roma, que tomava conta do jogo tinha diminuído o ritmo e a Atalanta, sob a batuta de Ilicic, conseguiu maior fluidez no ataque. O resultado disso foi uma virada construída com três gols em 26 minutos, que lembrou bastante a melhor forma da Dea das duas últimas temporadas. Coadjuvantes, Zapata, Gosens e Muriel marcaram bonitos gols, um atrás do outro, mas o protagonismo era daquele que fecharia a conta. Após duas assistências, Ilicic deixou o dele em uma linda jogada individual e confirmou a subida dos bergamascos ao sétimo lugar. A Roma, na quarta posição, não venceu nenhum dos seis jogos contra os atuais 10 primeiros colocados – ainda não enfrentou Inter, Lazio e Sampdoria.

No oitavo andar: Ronaldo voou para marcar mais um antológico gol de cabeça pela Juventus (Getty)

Lazio 2-0 Napoli

Gols e assistências: Immobile (Marusic) e Luis Alberto (Immobile)
Tops: Immobile e Luis Alberto (Lazio)
Flops: Mário Rui e Politano (Napoli)

Jogando dentro de seus domínios, a Lazio conseguiu importante vitória para espantar a má fase e se recolocar na briga pelas competições europeias. Enfrentou um Napoli desfalcado, que sofreu a segunda derrota consecutiva em confrontos diretos, depois do revés de 1 a 0 para a Inter. Também foi a segunda vez seguida que o time celeste bateu os azzurri no duelo, após oito derrotas em nove jogos.

Gattuso teve de se virar para escalar o onze inicial na ausência de Oshimen, Mertens e Insigne – e ainda perdeu Koulibaly e Lozano no decorrer da partida. A escassez de opções ofensivas explica o baixo rendimento do ataque partenopeo no domingo. Porém do outro lado, a Lazio também tinha desfalques importantes: Correa, Acerbi, Lucas Leiva e Fares ficaram de fora.

Nos minutos iniciais, a Lazio imprimiu um volume de jogo frenético frente a um Napoli desligado, que teve dificuldade de sair jogando. Com poucos minutos, Immobile teve sua primeira ocasião para abrir o placar, mas mandou por cima da meta de Ospina. No lance, porém, o Chuteira de Ouro 2020 não desperdiçou o cruzamento de Marusic e cabeceou no contrapé do colombiano para abrir o placar aos 9. Mesmo com o olho direito acometido por miastenia, Gattuso enxergou uma equipe com pouco poder de fogo, que só foi acordar na reta final do primeiro tempo, quando deixou a Lazio acuada – mas sendo incapaz de empatar a peleja.

Na etapa complementar, Rino tentou mudar o panorama da partida, tirando Koulibaly, pendurado, e o apagado Politano para colocar Elmas e Manolas. O movimento não foi muito eficaz, já que o Napoli não mudou a sua postura e ainda sofreu o segundo gol, marcado por Luis Alberto. No decorrer do segundo tempo, a Lazio foi eficiente para segurar o resultado: com apenas dois chutes certos, marcou dois gols e saiu com a vitória. Em contraste, o Napoli volta à Campânia com duas derrotas consecutivas, algo que não acontecia desde janeiro.

Fiorentina 1-1 Verona

Gols: Vlahovic (pênalti); Veloso (pênalti)
Tops: Vlahovic (Fiorentina) e Rüegg (Verona)
Flops: Barreca (Fiorentina) e Günter (Verona)

No jogo que abriu a rodada, a Fiorentina obteve seu terceiro empate consecutivo em casa e segue sem nenhuma vitória pela Serie A desde a volta de Prandelli. Apesar da identificação com a equipe em que fizera o seu melhor trabalho por clubes, o treinador vem tendo um desempenho bem abaixo do que se esperava na sua segunda passagem pelo clube. Por outro lado, o Verona de Juric dá motivos para a torcida se animar, afinal chegou à quinta partida sem derrotas como visitante.

Oitenta segundos após o apito inicial já se desenhava o primeiro lance capital do jogo. O árbitro flagrou uma entrada descomposta de Barreca em Salcedo e marcou a penalidade para o Hellas, com ajuda de uma consulta de quase seis minutos ao VAR. Na cobrança, Miguel Veloso deslocou Dragowski com tranquilidade e deu a vantagem aos visitantes. A Viola protestou bastante com a decisão de Fourneau, mas tratou de ir buscar o empate – que por pouco não aconteceu aos 11 minutos, quando a cabeçada de Vlahovic raspou a trave. O próprio camisa 9 empataria a partida minutos depois, convertendo o pênalti que ele mesmo sofreu.

Na etapa final, o jogo ficou mais frio e concentrado na zona central do campo. Prandelli procurou deixar o time mais agressivo ao por em campo Lirola, Callejón e Biraghi, para dar mais volume de jogo pelos lados. As chances começaram a aparecer, primeiro com Lazovic (cara a cara com Dragowski) e, depois, com Callejón invadindo a área com perigo, mas o empate persistiu no placar. Na reta final, o zagueiro Milenkovic, que fazia sua centésima partida pela Viola, também passou perto de virar o jogo em lance de bola parada, mas errou o alvo.

Durante a vitória sobre a Roma, Ilicic comandou a Atalanta até na hora da selfie (LaPresse)

Sampdoria 3-1 Crotone

Gols e assistências: Damsgaard (Jankto), Jankto e Quagliarella (Ekdal); Simy (pênalti)
Tops: Jankto e Damsgaard (Sampdoria)
Flops: Pereira e Magallán (Crotone)

Mesmo jogando em Gênova, o Crotone até teve uma boa atuação, mas não o suficiente para evitar a derrota para uma Sampdoria infernal no meio-campo. Com gols de Damsgaard, Jankto e Quagliarella, a Samp conseguiu um importante triunfo para se distanciar da zona do rebaixamento e se fixar no meio da tabela, com 17 pontos. Os tubarões da Calábria por sua vez, amargam a última posição da tabela, com seis.

Ranieri foi em busca da vitória no 4-4-1-1, optando por deixar Candreva e Quagliarella no banco de reservas. No setor esquerdo, Jankto começou jogando (e fez ótima partida), enquanto La Gumina fez dupla com Verre no ataque. Stroppa por sua vez, não abriu mão do 3-5-2 e escalou dois brasileiros entre os titulares: no meio-campo, Eduardo Henrique, revelado pelo Guarani, e no ataque, ao lado de Simy, o belo-horizontino Junior Messias, que já se firmou na equipe.

Assim que a bola começou a rolar, a Samp foi obrigada a fazer a primeira mexida, já que Ferrari sofreu uma lesão muscular aos cinco minutos e teve de dar lugar a Thorsby. A primeira grande chance veio com os visitantes, mas Petriccione mandou à esquerda de Audero. Com mais volume de jogo, foi a Samp que primeiro encontrou o caminho do gol pelas laterais do campo – e marcou duas vezes, com Damsgaard empurrando e Jankto, em duas boas aparições do ala checo. No entanto, em um dos momentos de clara superioridade blucerchiata, Reca descolou um pênalti. Nos acréscimos do primeiro tempo, Simy converteu com maestria, fazendo seu 50º gol com a camisa do Crotone.

O gol deu ânimo aos visitantes, que voltaram para o segundo tempo jogando um futebol mais ofensivo, muito por conta de Reca, que foi bastante acionado pela esquerda e se consolidou como o principal nome do Crotone na partida. Porém, quando os tubarões viviam o seu melhor momento, Quagliarella saiu do banco para jogar o famoso balde de água fria no adversário. Com cinco minutos em campo, o veterano marcou o terceiro gol, após escanteio. Dali em diante a partida continuou movimentada, mas o placar permaneceu e o Crotone teve de se conformar com a nona derrota na competição.

Torino 1-1 Bologna

Gols e assistências: Verdi; Soriano (Vignato)
Tops: Verdi (Torino) e Vignato (Bologna)
Flops: Gojak (Torino) e Ângelo Da Costa (Bologna)

O duelo entre os tradicionais Torino e Bologna terminou com um resultado amargo para as duas equipes, que até então jogam um futebol bem abaixo do que se espera, levando em conta o orçamento de ambos. O time bolonhês ao menos pontuou fora de casa, conseguiu frear o Toro e manter uma distância considerável da zona de perigo, mas ainda há muito a melhorar.

Os primeiros 45 minutos de jogo foram marcados por muitas faltas e pouca bola rolando. Uma partida de baixo nível técnico e com pinta de zero a zero, já que o aniversariante Belotti fazia uma partida apagada, e Palacio, a principal esperança de gols do outro lado, estava com a pontaria descalibrada. Na segunda etapa o jogo ficou mais dinâmico e o placar enfim foi aberto, graças a um frango à brasileira protagonizado por Ângelo Da Costa. Em lance de bola parada, Verdi levantou na área para ninguém e a bola morreu no fundo da rede por causa da saída atrapalhada do goleiro brasileiro. O paulista vinha jogando muito pouco e a falta de ritmo de jogo tem se mostrado fatal neste período em que substitui Skorupski, lesionado.

Mesmo com a sorte em seu favor o Toro não foi capaz de segurar o resultado – mais uma vez. Já são 21 pontos deixados pelo caminho depois de ter vantagem no placar. Soriano, ex-grená, empatou depois de receber passe de Vignato e finalizar entre as pernas do goleiro Milinkovic-Savic (irmão do laziale). Pela primeira vez na história, o Torino não vence há nove partidas seguidas como mandante e, também pela primeira vez, conquistou apenas uma vitória nas 13 primeiras rodadas da Serie A.

O bonde do Ciro: com gol de Immobile, a Lazio venceu o Napoli no encerramento da rodada (Insidefoto)

Cagliari 1-1 Udinese

Gols e assistências: Lykogiannis; Lasagna (Pussetto)
Tops: Cragno (Cagliari) e Samir (Udinese)
Flops: Carboni (Cagliari) e Deulofeu (Udinese)

Na Sardenha, tivemos uma partida movimentada entre duas equipes que estão no meio da tabela e se enfrentaram buscando o ataque, sem grande medo de sair para o jogo, contrariando o mito de que a Serie A possui em maioria, times defensivos. Quem abriu o placar foi Lykogiannis, aos 27 minutos, com uma linda cobrança de falta, sem chances para o argentino Musso.

Um tento bonito e importante, pois faria os casteddu ganharem três posições na tabela e ultrapassarem a própria Udinese. E foi por esse motivo que a equipe de Gotti saiu para o jogo em busca do empate e quase conseguiu, dez minutos mais tarde, quando Cragno foi impreciso, mas Deulofeu não aproveitou a chance de ouro. No restante da partida, porém, o goleiro foi reativo em tentativas de Pussetto e Lasagna.

Já na segunda etapa, a zebra friulana passou a sair cada vez mais para o jogo, quase sempre iniciando suas ações com Samir – que também anulava Pavoletti e João Pedro. A Udinese veio a encontrar o empate com Lasagna, que aproveitou um belo passe de Pussetto para marcar pela primeira vez na temporada e por fim a um jejum de gols, que durava desde agosto. No fim das contas, o resultado atrapalhou os planos das duas equipes, especialmente para o Cagliari, que não vence há seis jogos.

Benevento 2-0 Genoa

Gols e assistências: Insigne (Hetemaj) e Sau (pênalti)
Tops: Insigne e Montipò (Benevento)
Flops: Masiello e Czyborra (Genoa)

Para quem era dado como rebaixado no inicio da temporada, o Benevento vem fazendo uma excelente campanha. Sob o comando de Pippo Inzaghi, os bruxos vêm conseguindo arrancar pontos de alguns times grandes, e principalmente vencer confrontos diretos, como esse, diante do Genoa. O triunfo ainda derrubou o técnico Maran, que foi substituído por Ballardini. Será a quarta passagem do romanholo pelos grifoni.

A diferença da campanha do Benevento em 2020-21 é gritante para a da sua participação anterior na elite, em 2017-18: depois de 13 rodadas o time já soma quinze pontos, enquanto na campanha de dois anos atrás, ainda estava zerado. É uma equipe que voltou à elite mais madura e, sob o comando de Inzaghi, não tem medo de jogar correndo riscos.

Em contrapartida, a cada ano que passa o Genoa segue em crise: briga contra o rebaixamento do começo ao fim e escapa mais por demérito dos outros concorrentes do que por suas capacidades. Neste ano os rossoblù são donos da segunda pior campanha da competição, com 18% de aproveitamento, e não deram sinais de melhora até aqui. No Vigorito, o confronto foi marcado por poucas chances e um comportamento cauteloso das duas partes – menos do zagueiro Masiello, que falhou nos dois gols do Benevento. O placar só foi aberto no segundo tempo, depois que o veterano errou na saída de bola e possibilitou um chute forte de Insigne. Depois, cometeu um pênalti sobre Sau, convertido pelo próprio atacante.

Seleção da rodada

Buffon (Juventus); Hakimi (Inter), De Ligt (Juventus), Samir (Udinese), Gosens (Atalanta); Ilicic (Atalanta), Bentancur (Juventus), Jankto (Sampdoria); Rafael Leão (Milan), Morata (Juventus), Ronaldo (Juventus). Técnico: Gian Piero Gasperini (Atalanta).

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