Serie A

6ª rodada: dificuldades para os grandes ratificaram equilíbrio neste início da Serie A

Os resultados da 6ª rodada da Serie A demonstraram, mais uma vez, o equilíbrio que vem sendo a tônica do certame até então. Num fim de semana de grande emoção para os torcedores, os grandes sofreram a famosa “ressaca europeia” e precisaram suar até o derradeiro segundo para conquistarem as suas vitórias – com exceção da Juventus, que acabou empatando numa das partidas mais polêmicas dos últimos tempos.

As únicas vitórias por pelo menos dois gols de diferença deste fim de semana foram conquistadas por Udinese e Lazio, mas apenas por conta de tentos marcados nos acréscimos das partidas. A distância entre o pelotão de líderes, que tem Napoli, Atalanta e Milan, para a equipe laziale, sétima colocada, é de apenas três pontos, o que ratifica o acirramento de forças nesse início de competição. Leia a nosso breve resumo e saiba tudo o que aconteceu na rodada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Sampdoria 1-2 Milan

Gols e assistências: Djuricic (Augello); Junior Messias (Rafael Leão) e Giroud (pênalti)
Tops: Giroud e Hernandez (Milan)
Flops: Bereszynski e Villar (Sampdoria)

Após empatar na Áustria pela Champions League, o Milan teve um jogo duríssimo contra a Sampdoria. Mesmo sem conseguir uma vitória na competição, a equipe de Giampaolo complicou a situação rossonera após a expulsão de Rafael Leão.

Logo aos 6 minutos, o Milan abriu o placar com Junior Messias, em jogada de Giroud e De Ketelaere. A bola sobrou para Rafael Leão, que deu um passe açucarado para o brasileiro marcar. O jogo parecia fácil, mas Djuricic respondeu com um belo chute no travessão, que assustou o goleiro Maignan. Giroud teve a chance de ampliar o placar, mas parou em Audero. A equipe visitante chegou a fazer o segundo gol com a sua joia belga, mas o VAR anulou, pois considerou que o camisa 9 rossonero, em posição irregular, participou do lance.

No segundo tempo, a partida mudou completamente com 2 minutos. Rafael Leão foi dar uma bicicleta e chutou o rosto de Ferrari. Por já ter um amarelo, recebeu outro e foi expulso. A Sampdoria, jogando em casa e com um a mais, foi para cima. Aos 57, Augello cruzou pela esquerda e Djuricic antecipou a marcação de Tonali, tocando de cabeça, na saída de Maignan, para empatar o jogo.

Pioli percebeu a fragilidade da sua equipe e trocou Messias por Tomori. Com isso, formou uma linha de três zagueiros, com o inglês ao lado de Kalulu e Kjaer, e deu liberdade para os seus alas atacarem, povoando mais o meio-campo e equilibrando o time. A partir daí, o Milan voltou a trabalhar melhor a bola.

Aos 66, Giroud disputou no alto com Villar e viu o jogador adversário cortar a bola com a mão. O VAR interveio e o pênalti foi marcado. O francês partiu para a cobrança e deixou a equipe rossonera na frente. Na sequência, Maignan precisou aparecer duas vezes em chutes de Gabbiadini e ainda teve sorte ao ver o arremate de Verre explodir o travessão. Após essa turbulência, o Diavolo foi mais consistente defensivamente e levou os três pontos para Milão.

Napoli 1-0 Spezia

Gol e assistência: Raspadori (Gaetano)
Tops: Raspadori (Napoli) e Kiwior (Spezia)
Flops: Elmas (Napoli) e Nzola (Spezia)

Abrindo a rodada, no sábado pela manhã, o Napoli – vindo de uma grande vitória sobre o Liverpool pela Champions League – precisou suar muito para vencer o Spezia. Apesar de ter tido 62% de posse de bola e 28 finalizações, apenas seis foram no gol. O tento que garantiu o triunfo, aliás, foi anotado apenas no finalzinho.

O jogo todo foi bem truncado, principalmente pelas 14 faltas que o Spezia fez. No primeiro tempo, as melhores jogadas do time da casa foram realizadas pela (sonora) dupla formada por Kvaratskhelia e Zambo Anguissa – as suas finalizações pararam nas boas defesas de Dragowski. A equipe da Ligúria chegou a assustar em boa ação individual de Gyasi, que Meret colocou para escanteio.

Na segunda etapa, o ritmo foi o mesmo: o Napoli tinha a posse da bola e o Spezia se defendia bem. Poucas oportunidades foram criadas e o cansaço bateu no time napolitano. Spalletti colocou gás novo do meio, com Lobotka e Zielinski nos lugares de Anguissa e do apagado Ndombélé. No ataque, trocou Kvaratskhelia e Politano por Simeone e Lozano, tirando Raspadori da referência, já que o italiano não estava conseguindo ser efetivo.

Aos 71, Mário Rui recuou de cabeça para Meret e o zagueiro Kiwior, do Spezia, tocou para o gol vazio, mas Rrahmani apareceu para salvar em cima da linha. Com esse susto, o time napolitano tentou aumentar a pressão, mas esbarrava em um dia pouco inspirado. No entanto, aos 89 minutos, em um belo lançamento de Lobotka para a direita, Lozano matou no peito e cruzou rasteiro para a grande área. Gaetano resvalou na bola, que sobrou para Raspadori poder marcar o seu primeiro com a camisa do Napoli e garantir o triunfo azzurro.

Em jogo tenso, Raspadori marcou o seu primeiro gol pelo Napoli (AFP/Getty)

Inter 1-0 Torino

Gol e assistência: Brozovic (Barella)
Tops: Handanovic (Inter) e Vlasic (Torino)
Flops: Dzeko (Inter) e Zima (Torino)

Vindo de derrotas para Milan e Bayern de Munique, a Inter teve mais sorte do que juízo para vencer o embalado Torino. Com Handanovic fazendo brilhante partida, a equipe nerazzurra precisou de um lampejo de um Barella em péssima tarde para conseguir os três pontos em casa.

O primeiro tempo teve poucas emoções. A Inter repetiu as burocráticas atuações recentes, enquanto o Torino não esteve muito inspirado. Os lances mais perigosos foram um chute de fora da área de Lautaro e uma bela jogada individual de Vlasic, que parou em Handanovic.

Na segunda etapa, o jogo ganhou emoção. A equipe granata percebeu a fragilidade da dona da casa e partiu para o ataque. Só não contavam com as grandes intervenções de Handanovic. O goleiro esloveno, que vem sendo contestado e viu Onana fazer boa partida pela Champions League, precisou responder em campo. Foram pelo menos quatro grandes defesas e uma explosão que há muito tempo não se via. Vlasic, em duas finalizações, e Rodríguez, em cobrança de falta frontal, pararam no arqueiro.

A Inter acordou e começou a responder em jogadas individuais. Skriniar exigiu uma defesa de Milinkovic-Savic em dois tempos, após cabeçada, enquanto Martínez tirou tinta da trave ao finalizar um cruzamento de Bastoni. O Torino teve a chance da vitória nos pés de Radonjic, mas Handanovic defendeu. Então, como vaticina o velho ditado, quem não faz, leva: aos 89 minutos, Barella pegou um rebote na entrada da área e fez um lindo lançamento nas costas da defesa para Brozovic surgir e dar um toque sutil na redonda, que morreu no fundo das redes. Alívio para Inzaghi e seus jogadores, que escaparam de mais uma fraca exibição.

Juventus 2-2 Salernitana

Gols e assistências: Bremer (Kostic) e Bonucci; Candreva (Mazzocchi) e Piatek (pênalti)
Tops: Kostic (Juventus) e Daniliuc (Salernitana)
Flops: Kean (Juventus) e Coulibaly (Salernitana)

Juventus e Salernitana fizeram o jogo maluco da rodada. Gols, expulsões, confusão entre os jogadores, erros clamorosos da arbitragem. Não faltou emoção para o torcedor que acompanhou a partida. Os bianconeri ficaram a um passo de uma vitória épica, que poderia lhes embalar, mas o empate serviu ao menos para manter a invencibilidade da equipe no campeonato.

A primeira etapa foi um verdadeiro conto de fadas para a equipe grená. Apesar da maior posse da Juve, foram os visitantes que tiveram as chances mais perigosas e conseguiram sair com um 2 a 0 para o intervalo. Aos 18 minutos, Mazzocchi aproveitou a falha de Cuadrado no tempo de bola e foi conduzindo até a grande área, de onde cruzou para o veterano Candreva abrir o placar. Ficou melhor ainda nos acréscimos, pois Piatek teve chute bloqueado pelo braço de Bremer e um pênalti para cobrar. O atacante polonês não perdoou e colocou a bola de um lado e Perin do outro.

No intervalo, Allegri colocou Milik no lugar de Kean e aumentou o seu poderio ofensivo. A Velha Senhora precisava responder para evitar um resultado desastroso e, na base do abafa, foi construindo seus ataques. Aos 51, Kostic fez grande jogada pela esquerda e fez um belo cruzamento para Bremer testar para o fundo das redes e se redimir do pênalti cometido.

Apesar de toda a pressão, parecia que a Salernitana ia conseguir segurar a vitória. Até que Vilhena calçou Alex Sandro dentro da área, aos 93. Encarregado da cobrança da penalidade, Bonucci bateu cruzado, mas Sepe voou e defendeu; o rebote voltou para o capitão juventino, que empatou a partida. Assim que a bola rolou, a Juventus continuou apertando e logrou um escanteio. Cuadrado bateu e Milik testou pro gol, enlouquecendo todo mundo. O estádio pegou fogo e o polonês acabou tirando a camisa na comemoração. Levou o segundo amarelo e foi expulso.

O êxtase bianconero logo virou apreensão. O VAR começou a analisar a posição de Bonucci e a sua participação do lance, apesar de o zagueiro não ter tocado na bola. Depois de muitas reclamações e confusões, a arbitragem anulou o gol da virada. A transmissão mostrou que o capitão da Juve estava adiantado. Porém, em outro ângulo, que a Associação Italiana de Árbitros alega que não foi disponibilizado para os juízes, Candreva supostamente lhe daria condição. A linha, evidentemente, deveria ter sido traçada no meia, o que não ocorreu. O erro grosseiro, percebido depois do apito final, causou revolta nos juventinos. Antes do fim da peleja, ainda houve tempo para Fazio, Cuadrado e Allegri serem expulsos.

Brozovic, no apagar das luzes, garantiu a vitória de uma Inter problemática sobre o Torino (AFP/Getty)

Empoli 1-2 Roma

Gols e assistências: Bandinelli (Stojanovic); Dybala e Abraham (Dybala)
Tops: Dybala e Abraham (Roma)
Flops: Haas e Akpa Akpro (Empoli)

Vindo de duas derrotas na temporada, a Roma precisou do brilho de Dybala para vencer um corajoso Empoli. Com uma atuação irregular, a equipe da capital poderia até ter vencido com um placar mais dilatado, mas esbarrou em um dia de pouca inspiração – o que tem sido praxe em sua campanha.

Marcando com as linhas baixas, a Roma deu campo para o Empoli e, assim, pode jogar nas transições, como gosta Mourinho. A questão é que a equipe da casa aceitou a bola e incomodou o adversário. Só não contava com o golaço de Dybala. O argentino dominou a bola na entrada da área e, com a canhotinha, colocou no ângulo de Vicario.

Após o gol, o jogo permaneceu brigado e sem controle de nenhuma equipe. Em um cruzamento da direita de Stojanovic, Ibañez furou a bola, Celik não acompanhou o seu marcador e Bandinelli testou no contrapé de Rui Patrício. O empate permaneceu até o intervalo e durante boa parte do segundo tempo. A Roma não se arriscou tanto, mas, aos poucos, criava os seus espaços, principalmente com a dupla formada por Dybala e Pellegrini.

Aos 71, o endiabrado Dybala recebeu na direita, cortou dois marcadores e cruzou na medida para Abraham finalizar e ampliar o placar. Em seguida, Ibañez recuperou a bola no meio campo e fez grande jogada, até ser derrubado dentro da área. O capitão Pellegrini partiu para a cobrança, mas colocou muita força e bateu no travessão. Era o gol da tranquilidade. Ainda que a partida não estivesse decidida, Mourinho preferiu gerir a minutagem de suas estrelas: tirou Dybala e Abraham, colocando Bove e Belotti. O meia até teve a grande chance de marcar, mas parou em grande defesa de Vicario. O Empoli também tentou ameaçar, mesmo após a expulsão de Aka Akpro, mas o resultado não se alterou.

Atalanta 1-1 Cremonese

Gols e assistências: Demiral (Koopmeiners); Valeri
Tops: Koopmeiners (Atalanta) e Radu (Cremonese)
Flops: Musso (Atalanta) e Dessers (Cremonese)

A Atalanta, então líder isolada do campeonato, recebeu a Cremonese e acabou apenas empatando, o que a deixou com o mesmo número de pontos de Napoli e Milan. Não bastou a grande atuação de Koopmeiners: os grigiorossi se fecharam bem e conseguiram arrancar um pontinho importante no duelo de equipes provincianas da Lombardia.

As principais chances da primeira etapa surgiram nos erros de saída de bola. Sempre que a Atalanta pressionava, recuperava próximo do ataque e levava perigo. Em um desses erros, Muriel recebeu na entrada da área e chutou forte para boa defesa de Radu. Os comandados de Alvini responderam com Dessers, que ganhou no corpo de Okoli e ficou cara a cara com Musso, mas Rafael Toloi bloqueou o arremate e salvou a Dea.

Radu voltou a trabalhar na sequência com boas intervenções em chutes de Koopmeiners e Lookman, em cobrança de falta ensaiada. O placar zerado se manteve até o final da primeira etapa. No segundo tempo, a Atalanta aumentou a pressão, tentando superar a zaga da Cremonese – que jogava espelhada no 3-4-3. Como a equipe visitante não conseguia manter a posse da bola, a dona da casa foi chegando perto do seu gol.

Aos 65, Koopmeiners bateu uma falta no lado direito do campo e, após um desvio na grande área, ela entrou. O VAR analisou e confirmou o toque de mão de Okoli no lance, o que invalidou a jogada. Alguns minutos depois, em um lance idêntico, o holandês colocou para Demiral resvalar e matar o goleiro Radu. Porém, a alegria durou pouco. Quatro minutos depois, Ascacíbar ganhou a dividida com De Roon e chutou de fora da área. Musso bateu roupa e soltou no pé de Valeri, que não perdoou o erro do argentino. Frustração para os donos da casa, que desperdiçaram pontos preciosos.

Erro de procedimento no VAR pode ter impedido a virada da Juventus sobre a Salernitana (AFP/Getty)

Lazio 2-0 Verona

Gols e assistências: Immobile (Milinkovic-Savic) e Luis Alberto (Zaccagni)
Tops: Luis Alberto e Milinkovic-Savic (Lazio)
Flops: Hien e Doig (Verona)

Apesar da irregularidade nesse início do campeonato, a Lazio conseguiu uma boa vitória sobre o Verona no Olímpico. Em nenhum momento o time de Sarri viu a sua superioridade ser ameaçada e até poderia ter construído um placar mais elástico, não fosse a atuação sólida de Montipò, goleiro adversário.

Num primeiro tempo bem truncado, as melhores oportunidades das duas equipes foram na trave. Em boa jogada associativa entre Immobile e Zaccagni, a bola sobrou para Basic, que soltou uma bomba. Montipò fez grande defesa e a bola explodiu na trave com muita violência. O Hellas respondeu com Henry: o atacante francês finalizou, após cobrança de escanteio de Ilic; a bola quicou no chão, ganhou altura e bateu no travessão antes de sair.

O segundo tempo só teve mais emoções após a entrada de Luis Alberto no lugar de Basic. O meio ganhou mais criatividade e a equipe laziale se soltou. Immobile acreditou no cruzamento de Milinkovic-Savic e, com um toquinho, abriu o placar aos 68. Os donos da casa continuaram pressionando e pararam em Montipò, que fez boas defesas nas finalizações do capitão celeste e de Cancellieri. Nos acréscimos, Coppola tentou sair jogando, mas perdeu a bola para Zaccagni, que foi costurando até rolar para o camisa 10 espanhol sacramentar a vitória.

Bologna 2-1 Fiorentina

Gols e assistências: Barrow e Arnautovic (Kasius); Martínez Quarta (Saponara)
Tops: Barrow e Arnautovic (Bologna)
Flops: Igor e Venuti (Fiorentina)

No primeiro jogo após a demissão de Mihajlovic, o Bologna deu a melhor resposta possível e venceu a Fiorentina em casa. Thiago Motta, que já foi anunciado como novo treinador, vai receber uma equipe com um ambiente mais positivo com a vitória no Dérbi dos Apeninos.

A partida foi bem equilibrada, porém com poucas chances claras. O primeiro tempo teve pouquíssima emoção. A Viola levou perigo em cabeçada de Martínez Quarta, defendida por Skorupski, e em um chute para fora de Bonaventura. Terracciano só sujou o uniforme para desarmar Arnautovic, após ficarem no mano a mano.

O segundo tempo teve mais emoção. Aos 54, Saponara pegou o rebote do escanteio, ganhou da marcação e cruzou para Martínez Quarta, sozinho, abrir o placar para o time visitante. A resposta foi rápida e contou com a colaboração brasileira. Após chutão de Arnautovic para impedir a saída da bola, o zagueiro Igor foi matar a bola, mas acabou deixando ela passar. Barrow, que não é bobo, aproveitou o presente, levou até a grande área e deslocou Terracciano. Três minutos depois, Kasius aproveitou o escorregão do autor do gol gigliato e cruzou para o artilheiro Arnautovic finalizar para o fundo das redes.

Depois desses momentos de loucura, o jogo esfriou. Nos acréscimos, Igor acabou sendo expulso ao levar o segundo amarelo por uma falta quando a bola já tinha saído de campo. Com o triunfo no clássico, o Bologna conseguiu respirar, enquanto a Fiorentina amarga o quinto compromisso consecutivo sem vencer. A situação está ficando complicada para Italiano.

Decisivo, Dybala foi o nome da vitória da Roma sobre o Empoli (AFP/Getty)

Sassuolo 1-3 Udinese

Gols e assistências: Frattesi (Laurienté); Beto (Pereyra), Samardzic (Pereyra) e Beto (Lovric)
Tops: Beto e Pereyra (Udinese)
Flops: Ruan e Toljan (Sassuolo)

Uma das surpresas do campeonato, a Udinese foi visitar o Sassuolo e conseguiu uma boa vitória, com show do atacante Beto e dois gols nos acréscimos. Com o triunfo, a equipe bianconera ocupa a quarta posição, com 14 pontos. Sem dúvidas, supera as expectativas.

O primeiro tempo não teve muitas oportunidades para nenhuma equipe, mas os neroverdi foram mais perigosos. Com a dupla Frattesi e Laurienté pegando fogo, os donos da casa abriram o placar: o volante italiano recebeu do francês e, chutando entre a trave e o goleiro Silvestri, não desperdiçou.

Laurienté teve a chance de ampliar, mas chutou para fora. Na reta final do primeiro tempo, Success recebeu um belo passe de Deulofeu nas costas da defesa e iria ficar com o gol aberto, porém foi derrubado por Ruan. Se não marcou, ao menos cavou a expulsão do brasileiro.

Com vantagem numérica, a Udinese massacrou no segundo tempo. A equipe visitante chegou a ter 79% de posse de bola, porém não conseguia acertar a baliza. Isso mudou com as substituições: Beto entrou aos 67 minutos e, aos 75, aproveitou o cruzamento de Pereyra para, de cabeça, empatar a partida. O Sassuolo tentou resistir ao máximo, mas sucumbiu nos acréscimos. Aos 91, em jogada individual, Samardzic recebeu na ponta esquerda e foi levando para dentro, até acertar um chutaço de direita, sem chances de defesa para Consigli. Aos 93, Beto ainda foi capaz de ampliar, após receber bom passe de Lovric.

Lecce 1-1 Monza

Gols: González; Sensi
Tops: González (Lecce) e Di Gregorio (Monza)
Flops: Di Francesco (Lecce) e Birindelli (Monza)

No duelo entre as equipes que acabaram de subir para a Serie A e ainda não venceram no campeonato, o empate prevaleceu – o que não foi bom para nenhum dos lados. O Monza até conseguiu o seu primeiro ponto, mas isso não salvou a pele de Stroppa, que foi demitido por Berlusconi e Galliani.

No primeiro tempo, o Lecce levou perigo em três jogadas, mas não acertou o gol. Baschirotto chegou a testar sozinho na pequena área, porém errou o alvo. E se o dono da casa não acertava a mira, Sensi não teve problemas com isso. Aos 35, cobrou uma bela falta frontal e fez a criança morrer no cantinho de Falcone, sem chances para defesa. Com esse balde de água fria, a vantagem dos biancorossi foi levada para o intervalo.

Aos 48, Cessay recebeu bela bola por trás da defesa e cruzou para a pequena área. Di Gregorio desviou e a bola acabou sobrando para o garoto González, que havia acabado de entrar, empatar. Com a empolgação da torcida, os donos da casa continuaram pressionando e pediram pênalti, após a bola desviar no braço aberto de Molina, porém o juiz mandou seguir. Na reta final da partida, o Lecce teve duas chances de fazer o gol da vitória, mas elas pararam no arqueiro brianzolo. Com duas defesas brilhantes, o goleiro italiano impediu que González e Colombo marcassem.

Seleção da rodada

Handanovic (Inter); Rafael Toloi (Atalanta), Chiriches (Cremonese), Daniliuc (Salernitana); Pereyra (Udinese), Luis Alberto (Lazio), Koopmeiners (Atalanta), Milinkovic-Savic (Lazio), Dybala (Roma); Arnautovic (Bologna), Beto (Udinese). Técnico: Maurizio Sarri (Lazio).

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