Serie A

30ª rodada: aliando vitória a tropeços da dupla de Milão, a Roma ganhou terreno no G4

Realizada em meio aos confrontos continentais, a 30ª rodada da Serie A foi recheada de surpresas – algumas até negativas, como a baixa quantidade de gols, inferior à média do campeonato. Foram apenas 17 bolas na rede e somente dois jogos registraram mais de dois tentos, sendo ambos protagonizados pelas equipes da capital, as grandes vitoriosas do fim de semana.

Em termos de resultados, a rodada foi tão inusitada que uma partida do Napoli terminou sem gols pela primeira vez desde a terceira jornada. Os tropeços de Milan e Inter, por outro lado, não foram inéditos, mas esquentaram a briga por vagas na próxima Champions League e, obviamente, foram muito celebrados pela dupla capitolina. A Lazio bateu o Spezia com tranquilidade e se distanciou das rivais na vice-liderança, enquanto a Roma, terceira colocada, passou sem problemas pela Udinese e ampliou sua vantagem sobre seus perseguidores. Confira, abaixo, o resumo da jornada.

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Roma 3-0 Udinese

Gols e assistências: Bove, Pellegrini (Belotti) e Abraham (Spinazzola)
Tops: Rui Patrício e Pellegrini (Roma)
Flops: Pereyra e Rodrigo Becão (Udinese)

Enquanto os concorrentes fizeram um papelão nos seus jogos, a Roma demonstrou força na disputa por uma das vagas na Champions League. Os giallorossi se consolidaram na terceira posição após uma vitória sem muitas brechas, mesmo com um pênalti desperdiçado pela Udinese. Agora, José Mourinho e companhia recebem o Feyenoord, em busca das semifinais da Liga Europa, enquanto a Udinese mira a Cremonese no próximo domingo.

Com o lesionado Dybala nas bancadas do Olímpico e Abraham no banco, Mourinho confiou a liderança do ataque a Belotti. O centroavante italiano brigava pela bola, porém, quase nunca em posição adequada de chute. Aos 21, a pelota encontrou a cabeça de Mancini e foi em direção do gol, mas Silvestri bloqueou a passagem. Em outro levantamento na área, Pellegrini desviou e Pereyra tocou na redonda com a mão, ainda que o seu destino fosse a linha de fundo. O VAR recomendou a revisão do lance e a arbitragem concedeu a penalidade. Na cobrança, Cristante carimbou a trave e, no rebote, Bove guardou.

No segundo tempo, a Roma entrou para matar o jogo e assim o fez, aos 55 minutos, quando Belotti encontrou Pellegrini na vertical e o capitão giallorosso marcou na saída de Silvestri. Dali em diante, à moda Mourinho, a Loba recuou e esperou para explorar os espaços em contragolpes. Aos 67, a bola atingiu a mão de Mancini e, de repente, um mar de esperança surgiu entre os friulanos. Porém, Rui Patrício saltou com qualidade e defendeu a batida de Pereyra. Ali se foi o último resquício de ânimo para reverter o que os próprios bianconeri entendiam ser irreversível. Com os três atacantes e a formação em 3-4-2-1, a Udinese recuperou alguma vitalidade, mas a Roma fechou o caixão: assistência de Spinazzola e cabeçada decisiva de Abraham.

Spezia 0-3 Lazio

Gols: Immobile (pênalti), Felipe Anderson e Marcos Antônio
Tops: Felipe Anderson e Luis Alberto (Lazio)
Flops: Amian e Ampadu (Spezia)

Dando prosseguimento à sequência invicta de oito jogos pela Serie A, a Lazio atropelou o Spezia no Alberto Picco. Uma marca que catapulta os laziali para retornar a Champions League e, eventualmente, à conquista simbólica do vice-campeonato. Já o time da Ligúria, em curva descendente há pouco mais de 15 jornadas, somou apenas duas vitórias no ano e está somente quatro pontos à frente do Verona, que abre o Z3.

Faltou pouco para o roteiro da partida ser diferente. Aos 2, os bianchi chegaram com perigo e viram um chute rasteiro de Verde atingir a trave. Dez minutos depois, Nzola estava bem posicionado e cabeceou com estilo, após cruzamento de Bourabia. Nenhum dos golpes desferidos acertaram em cheio a Lazio. Mais ligada no jogo, a equipe biancoceleste acordou graças à movimentação de seus três meio-campistas e às acelerações de Zaccagni e Felipe Anderson.

Poucos minutos depois, a equipe de Maurizio Sarri pediu pênalti por contato entre Ampadu e Immobile. O árbitro Massimiliano Irrati deixou passar, mas, aos 35, apontou para a marca da cal por falta do próprio galês sobre Felipe Anderson e Ciruzzo converteu com frieza. O Spezia acusou o golpe e quase deixou tudo a perder antes do intervalo.

Os mandantes voltaram do vestiário esfomeados pelo empate, mas a gula é um pecado capital e há preço a se pagar. Em uma jogada digna do sarrismo, o trio formado por Immobile, Felipe Anderson e Luis Alberto trocou passes rápidos, a ponto de desconcertar a defesa adversária. A ação combinada deixou o brasileiro na cara do gol para arrematar e ampliar o marcador. O 3 a 0 chegou ao final da partida, graças a outro tento verde e amarelo: Marcos Antônio percorreu 60 metros em contragolpe e, após passar por Dragowski, só empurrou para as redes.

Implacável, a Lazio atropelou o Spezia e ampliou sua vantagem na vice-liderança do campeonato (Getty)

Inter 0-1 Monza

Gol e assistência: Caldirola (Ciurria)
Tops: Di Gregorio e Caldirola (Monza)
Flops: Barella e Bastoni (Inter)

A lei do ex prevaleceu nos domínios da Inter e aumentou a seca de jogos da equipe na Serie A – com um empate e quatro derrotas, já são cinco rodadas sem vitórias para a trupe de Simone Inzaghi. Pior: pela primeira vez em toda a história a Beneamata perdeu três partidas consecutivas como mandante sem balançar as redes. O desalento é maior se for observado o contexto da jornada, já que os nerazzurri foram a campo após o tropeço do Milan e poderiam ultrapassar o rival caso fizessem o dever de casa. O Monza, que nada tinha a ver com isso, levou três pontos na bagagem, o que não acontecia havia quatro pelejas.

A Inter tentou pressionar alto no início, mas encarou a resistência do Monza, que não se intimidou na transição ofensiva. Raffaelle Palladino, técnico biancorosso, baixou os dois meias-atacantes, Colpani e Sensi – este, emprestado pela Beneamata –, para colocar o adversário em dificuldade nas entrelinhas. A primeira oportunidade foi dos nerazzurri, com levantamento de Barella que chegou à cabeça de Lukaku, mas o belga falhou o alvo. Com a leitura do jogo correta, os brianzoli sofreram pouco diante da pouca criatividade dos mandantes. Di Gregorio fez a sua única defesa dos 45 iniciais em chute cruzado de Correa.

Erros na fase de construção, principalmente de Barella e Correa, praticamente anularam Lukaku no jogo. O atacante teve uma oportunidade de cabeça, no começo do segundo tempo, mas a intervenção de Di Gregorio manteve o placar zerado. Inzaghi tentou o “all-in” com as entradas de Martínez, Brozovic e do recuperado Çalhanoglu, mas não contava com a fatalidade da lei do ex. Formado na base nerazzurra, Caldirola escapou da marcação de Bastoni após escanteio e subiu, sozinho, para calar o San Siro. Lautaro teve a chance de arrancar um ponto, mas também esbarrou no arqueiro do Monza. Nos acréscimos, Dzeko ficou “no quase” duas vezes e não conseguiu completar para as redes.

Bologna 1-1 Milan

Gols e assistências: Sansone (Posch); Pobega
Tops: Posch (Bologna) e Díaz (Milan)
Flops: Schouten (Bologna) e De Ketelaere (Milan)

Prioridade. É a síntese da reta final de temporada do Milan em meio às definições na Liga dos Campeões e na Serie A. Às vésperas do embate decisivo com o Napoli, pelo torneio continental, Stefano Pioli escalou o time B para encarar o Bologna no Renato Dall’Ara – mesmo que isso tenha custado uma possível ampliação na distância para a Inter, que ocupa a quinta posição. Os rossoblù seguraram o empate e ainda sonham com a Europa League.

A tarde começou mal do lado rossonero. Em menos de um minuto, Posch abriu pela direita e cruzou rasteiro. Sansone chegou antes de Kalulu e fez um gol relâmpago. A desconcentração e o desentrosamento do Milan não foram explorados pelo Bologna no restante da partida. Muito passivo, o time rossoblù assistiu de camarote o jogo dos visitantes. Aos 39, a bola sobrou na entrada da área e encontrou o pé de Pobega, que emendou de esquerda e não deu chances para Skorupski.

Depois de um primeiro tempo em marcha lenta, Pioli acionou alguns titulares na etapa final. Um deles foi Junior Messias: aos 73, o brasileiro fez grande jogada pela direita e cruzou para Rebic cabecear, mas a bola raspou na trave. Rafael Leão também entrou depois e quase contribuiu com uma assistência, aos 83, mas Díaz isolou. O Bologna, por sua vez, não incomodou Maignan e, em alguns momentos, transpareceu conformismo com o empate. Com o placar, o time de Thiago Motta divide a sétima posição com a Juventus e continua apenas quatro pontos atrás da Atalanta, sexta colocada.

A Inter de Inzaghi voltou a mostrar sua habitual irregularidade e alcançou histórica marca negativa na Serie A (Getty)

Sassuolo 1-0 Juventus

Gol: Defrel
Tops: Consigli e Defrel (Sassuolo)
Flops: Fagioli e Milik (Juventus)

Depois da derrota da Inter e dos empates de Milan e Napoli, a Juventus também tropeçou em meio à maratona de jogos europeus. O gol de Defrel, que entrou no segundo tempo, foi o suficiente para os emilianos nocautearem a Velha Senhora. Chiesa, Di María e Cuadrado até entraram para reduzir o prejuízo, mas a receita do tento tardio não funcionou novamente, como já não dera resultado na derrota para a Lazio.

O Mapei Stadium presenciou um primeiro tempo pobre tecnicamente – o que não surpreendeu os bianconeri, mas sim o lado neroverde. A dupla formada por Vlahovic e Milik não convergiu e o auxílio dos meias também foi insuficiente. Substituto de Locatelli, poupado para enfrentar o Sporting na Europa League, Paredes errou tudo o que tentou. O Sassuolo também sentiu a ausência de Berardi, lesionado.

No segundo tempo, com a entrada de Defrel, a postura incisiva do Sassuolo finalmente apareceu. Aos 54, Lopez fez Perin trabalhar pela primeira vez, em venenoso chute de longe. O arqueiro foi exigido novamente, em um grau de maior dificuldade, após Defrel acertar em cheio uma cabeçada. Pouco depois, os emilianos ainda assustaram com Matheus Henrique e Bajrami, mas Gatti entrou no meio da trajetória da bola em ambas as tentativas – embora quase tenha feito um gol contra na última. Três chances em poucos minutos, e na quarta o Sassuolo não perdoou: Fagioli afastou errado a sobra do escanteio e Defrel marcou com o pé esquerdo. Os bianconeri aumentaram a presença ofensiva com as mudanças promovidas por Massimiliano Allegri, mas o estrago já estava feito. E, agora, a vaga na Champions League está mais distante.

Napoli 0-0 Verona

Tops: Juan Jesus (Napoli) e Hien (Verona)
Flops: Raspadori (Napoli) e Ngonge (Verona)

O líder raramente tem um bom dia quando empata em casa, mas este sábado é uma exceção para o Napoli. Osimhen jogou 20 minutos e, mesmo sem marcar no retorno aos gramados, fez a torcida vibrar como um gol quando entrou em campo. Esforçado, o Verona lutou por sua sobrevivência na Serie A e estragou a festa, que deve acontecer em outras circunstâncias, nos próximos compromissos realizados no Diego Armando Maradona.

O primeiro tempo foi bastante chato para os padrões do Napoli. Até porque é complicado fazer as engrenagens funcionarem da mesma forma com o meio-campo desentrosado – fruto da escolha de Luciano Spalletti, que visando o duelo europeu com o Milan, optou por poupar cinco titulares. Desse modo, os papéis se inverteram: Montipò foi pouco exigido, enquanto Meret precisou trabalhar nas investidas de Lasagna.

O tempo passou e, até os 56 minutos, os azzurri não haviam chutado uma única vez na direção da adversária. A marca inédita foi interrompida após cabeçada de Di Lorenzo. Aos 82, Osimhen quase coroou o retorno com um golaço de voleio, mas carimbou o travessão. No final, Spalletti colocou Zielinski, Lobotka e Kvaratskhelia em busca da vitória, mas não foi o suficiente. Do outro lado, Ngonge ainda perdeu uma chance cristalina e estragou a possibilidade de o Hellas deixar a Campânia com uma vitória histórica.

O Bologna de Thiago Motta segurou o Milan e se manteve no pelotão que briga por vaga na Liga Europa (Getty)

Fiorentina 1-1 Atalanta

Gols: Arthur Cabral (pênalti); Maehle
Tops: González (Fiorentina) e Sportiello (Atalanta)
Flops: Mandragora (Fiorentina) e Zapata (Atalanta)

Um empate que não foi comemorado por nenhum dos envolvidos no Artemio Franchi. No melhor dos mundos, a Atalanta mantém a distância de sete pontos para a Fiorentina que, por sua vez, não teve interrompida a sequência invicta de 13 jogos, somando todas as competições que disputa. No pior, a Dea perdeu a chance de superar a Inter e empatar com o Milan, quarto colocado, ao passo que a Viola também não conseguiu se aproximar de vez do pelotão que disputa uma vaga na Liga Europa.

A Fiorentina largou a mil por hora e, com menos de dois minutos de bola rolando, assustou em chegada de Martínez Quarta. A Viola tomou as rédeas do campo adversário para si, em consequência do distanciamento de Koopmeiners e da dupla formada Zapata e Hojlund. Em meia hora de jogo, os nerazzurri se seguraram do jeito que deu e contaram com o dia inspirado de Sportiello. Aos 36, justamente no momento mais delicado da partida, a Atalanta passou à frente no primeiro chute a gol: Éderson interceptou um passe precipitado de Dodô, Maehle pegou a sobra, se infiltrou no miolo da zaga e finalizou com qualidade.

Depois do intervalo, não demorou até sair o empate da Fiorentina. O braço de Rafael Toloi tocou na bola e o VAR sugeriu a revisão. A discussão na cabine durou três minutos para o árbitro apontar a marca da cal. Cobrador oficial, González deixou a batida para Arthur Cabral, que deslocou Sportiello com muita frieza. A partir daí, o nervosismo tomou conta das equipes. A Atalanta continuou com problemas na criação, mesmo quando entraram Muriel e Boga. A Viola, um pouco cansada, ainda acertou a trave, com Biraghi, e teve uma chance em cabeçada de Bonaventura, mas Sportiello mostrou ter o reflexo em dia.

Cremonese 1-0 Empoli

Gol e assistência: Dessers (Sernicola)
Tops: Sernicola e Dessers (Cremonese)
Flops: Caputo e Piccoli (Empoli)

Nem tudo está perdido para a Cremonese. Logo no início da partida, realizada no Giovanni Zini, Dessers fez o único gol da vitória em cima do Empoli – a segunda consecutiva, que reduziu a diferença para o Spezia, atual 17º colocado, a sete pontos. Por outro lado, o time toscano aumentou a sequência negativa e segue com apenas sete pontinhos conquistados nos últimos 33 disputados. Na 14ª posição, os azzurri não passam por situação tão alarmante quanto os grigiorossi, mas as derradeiras rodadas não perdoam derrapagens.

Aos 4 minutos, um passe longo de Sernicola deixou Dessers à vontade para vencer o duelo com Perisan e abrir o placar. O Empoli demorou a se recuperar do golpe sofrido e reorganizar o seu jogo: a primeira chance real dos toscanos surgiu aos 24, quando um belo arremate de Piccoli acabou passando por cima do travessão. Pouco tempo depois, foi Caputo quem gerou perigo: Carnesecchi defendeu e Lochoshvili afastou para escanteio. O time visitante comandava as ações, enquanto a Cremonese tentava assustar nos contra-ataques.

As rédeas do jogo seguiram no controle dos azzurri durante a etapa complementar. Muitas vezes a Cremonese se encontrava encurralada na defesa. Ainda assim, os grigiorossi não deixavam de aparecer no último terço do campo, como fez quando Sernicola, aos 58, emendou um chute cruzado, que tirou tinta da trave direita. Insistente, o Empoli apertou com um número infinito de levantamentos nos pés de Parisi, mas estes não foram calibrados o suficiente para Caputo aproveitar. Na reta final, os toscanos perderam força na busca pelo empate e o placar se manteve.

A Juventus vinha em alta, mas, contra o Sassuolo, colecionou sua segunda derrota consecutiva (AFP/Getty)

Torino 1-1 Salernitana

Gols e assistências: Sanabria (Miranchuk); Vilhena (Piatek)
Tops: Radonjic (Torino) e Kastanos (Salernitana)
Flops: Ilic (Torino) e Dia (Salernitana)

A incompetência assombrou o Torino mais uma vez em casa contra um adversário da parte baixa da tabela. Menos mal para o Toro que o visitante era indigesto – a Salernitana, que pontuou em sete dos oitos jogos sob o comando de Paulo Sousa. Considerando as circunstâncias da partida, ambos os times deixaram o campo com um gosto amargo. Em especial, a bola na trave de Candreva será lamentada por algum tempo pelos granata da Campânia.

Nos primeiros 45 minutos, o Torino entregou um padrão de jogo distante daquele a que está habituado: os comandados de Ivan Juric até corriam, mas não conseguiam se impor diante da eficiente pressão alta da Salernitana. Onde terminavam os deméritos dos mandantes, começavam os méritos dos visitantes. O time de Paulo Sousa se mostrou muito motivado e intenso na etapa inicial. No meio-campo, Nicolussi Caviglia era uma das chaves do dinamismo. Aos 9, Candreva efetuou cruzamento, Piatek protegeu e recuou para Vilhena concluir de bate pronto.

A criação ofensiva do Toro beirava o negativo, e Radonjic, decidido a resolver, acelerou no lado esquerdo e cruzou rasteiro. Gyömbér, na melhor das intenções de afastar o perigo, quase marcou contra. Um lance isolado frente à ampla superioridade da Salernitana, que por pouco não se converteu em um placar maior: o travessão impediu o segundo gol, após levantamento de Candreva.

Pouco depois do recomeço do jogo, aos 49, o Torino acertou o primeiro chute a gol, em cabeceio de Radonjic, mas Ochoa encaixou. Um bom sinal para o que estava por vir, aos 56. Miranchuk achou passe na medida para Sanabria, que retribuiu com um abraço, após arremate preciso, que encontrou o fundo do barbante. Em termos de ritmo, os mandantes subiram bruscamente de tom. A reação do Toro era possível, mas a Salernitana continuava na partida: o segundo tempo teve mais equilíbrio, e Radonjic continuou a ser uma pedra no sapato da defesa de Salerno. Aos 78, o sérvio quase consumou a virada, mas parou novamente no arqueiro mexicano.

Lecce 1-1 Sampdoria

Gols e assistências: Ceesay (Gabriel Strefezza); Jesé (Gabbiadini)
Tops: Gabriel Strefezza (Lecce) e Ravaglia (Sampdoria)
Flops: Umtiti (Lecce) e Lammers (Sampdoria)

Em busca de um milagre para escapar da Serie B, a Sampdoria se safou de uma nova derrota e somou um ponto no confronto direto com o Lecce. Os salentinos não traduziram a superioridade em uma vantagem mais confortável no primeiro tempo – e Jesé puniu a inércia dos donos da casa. Assim, a Samp continua em estado crítico na elite, mas mantém um retrospecto recente impecável no Via Del Mare: seis vitórias e dois empates. Já o time giallorosso, um pouco mais seguro, terá de lutar até o fim pela permanência.

O início contundente do Lecce já preocupou os blucerchiati. Em um minuto de jogo, Umtiti cabeceou a bola com consciência, após escanteio, e ficou muito perto de marcar. A Samp não passava do círculo central, mesmo com os esforços de Rincón e Winks. Aos 6, Oudin achou espaço de longe e chutou com perigo. O francês voltou a dar trabalho para a defesa da Sampdoria aos 16, mas Ravaglia bloqueou e repetiu o feito no rebote de Blin.

O Lecce, enfim, passou à frente – merecidamente – aos 31: Ceesay recebeu de Falcone e tocou para Gabriel Strefezza, que devolveu para o gambiano arrematar e contar com ligeiro desvio de Nuytinck para abrir o placar. A equipe da Apúlia tentou dobrar a vantagem, mas Ravaglia cresceu em cima de Gallo, aos 44. No intervalo, Dejan Stankovic recomeçou do zero e fez quatro mudanças de uma vez: saíram Zanoli, Nuytinck, Djuricic e Lammers e entraram Cuisance, Murillo, Sabiri e Jesé.

Mais acomodados no segundo tempo, os giallorossi pagaram para ver até onde ia a letargia ofensiva da Sampdoria e passaram ilesos – até a metade inicial, pelo menos. Aos 71, Strefezza cruzou e Di Francesco se esticou todo para alcançar a bola, mas Léris estava no caminho, assim como Ravaglia, atento no rebote. Aos 75, Gabbiadini avançou pelo flanco esquerdo, onde o Lecce sentia dificuldades, e encontrou Jesé, que marcou seu primeiro gol na Serie A. Os mandantes ainda tiveram um tento anulado de Di Francesco, sem contar os evitados por Ravaglia.

Seleção da rodada

Di Gregorio (Monza); Posch (Bologna), Hien (Verona), Romagnoli (Lazio), Sernicola (Cremonese); Kastanos (Salernitana), Pellegrini (Roma), Luis Alberto (Lazio); Felipe Anderson (Lazio); Immobile (Lazio), Dessers (Cremonese). Técnico: Maurizio Sarri (Lazio).

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