Serie A

Review da temporada: Palermo

Miccoli comemora gol contra o Chievo, na Sicília. Capitão foi o destaque de um Palermo mal-estruturado e confuso (GettyImages)

A campanha: 16º colocado, 43 pontos, 11 vitórias, 10 empates e 17 derrotas
Ao final de 2011: 9ª colocado. 
Fora da Serie A: Eliminado nas oitavas de final da Coppa Italia pelo Siena; eliminado na terceira rodada de qualificação da Liga Europa pelo Thun
O ataque: 52 gols
A defesa: 62 gols, a terceira pior  
Time-base: Viviano; Silvestre (Múñoz), Migliaccio, Mantovani; Bertolo (Pisano), Barreto, Donati, Della Rocca (Acquah), Balzaretti; Ilicic (Budan) e Miccoli (Hernández)
Os artilheiros: Fabrizio Miccoli (16 gols), Abel Hernández e Igor Budan (6 cada)
Os onipresentes: Edgar Barreto (34 jogos), Josip Ilicic (33) e Giulio Migliaccio (30)
O técnico: Stefano Pioli, até a eliminação na Liga Europa, Devis Mangia, da 2ª à 16ª rodada; Bortolo Mutti, da 1ª (adiada) em diante
O decisivo: Fabrizio Miccoli
A decepção: Armin Bacinovic
A revelação: Milan Milanovic
O sumido: Matias Aguirregaray
Melhor contratação: Matías Silvestre
Pior contratação: Mauro Cetto
Nota da temporada: 2

Matías Silvestre, Andrea Mantovani, Edgar Barreto, Federico Balzaretti, Fabrizio Miccoli. O Palermo tinha chances de lutar por uma vaga na Liga Europa com os reforços conseguidos no início da temporada e a manutenção de alguns jogadores. Os problemas dentro e fora de campo, no entanto, fizeram com que o rosanero tivesse uma de suas piores campanhas na Serie A. As vitórias espetaculares contra Inter (4-3), Genoa (5-3) e Lazio (5-1) constratavam com as derrotas incríveis para Siena (4-1), Milan (4-0, em casa) e até um empate em 4 a 4 com o Chievo no Renzo Barbera. Bortolo Mutti não conseguiu dar um padrão de jogo no mínimo decente à equipe que comandou por mais de um semestre.

No gol, Tzorvas não foi bem e Viviano, contratado no mercado de verão, também não teve atuações glamurosas – até porque o internacional italiano sofreu 36 gols em 20 jogos – e sofreu com uma defesa esburacada. A defesa tinha dois dos melhores zagueiros da última temporada: Mantovani, da ótima zaga do Chievo, e Silvestre, o artilheiro do Catania, que não corresponderam defensivamente. Nem mesmo a reinvenção do volante Migliaccio bastou para o Palermo, que levou 62 gols em 2011-12. Nem Pioli (na pré-temporada e na Liga Europa) nem Mangia – e muito menos Mutti – conseguiram resolver os problemas defensivos. O posicionamento tático no 4-4-2 não deu certo; o 4-3-2-1 enfraquecia o ataque; e o 3-5-2 foi instável. Em suma, deu tudo errado.

Mas certamente a equipe teve alguns pontos positivos nesta pífia época do rosanero. No meio-campo, Edgar Barreto foi o cara. O paraguaio, dono de 1477 passes na Serie A, comandou o setor. Além disso, ele foi o jogador que mais desarmou com a camisa do Palermo. Donati, contratado em janeiro, chamou a responsabilidade e fez boas partidas – além disso, foi o segundo melhor passador do time. Os jogadores centrais do meio de campo, aliás, foram os responsáveis por algumas ótimas apresentações da agremiação. Balzaretti, por conta de lesões, e Pisano fizeram mais uma temporada horrível. Já no ataque, Miccoli foi, de novo, Miccoli: o capitão liderou o Palermo em gols (16) e assistências (12). Porém, faltou um parceiro mais operante em frente ao arqueiro adversário: Budan alternou altos e baixos, Hernández ficou machucado por muito tempo e Ilicic contentou-se com as assistências. Para as mudanças necessárias na Sicília, o presidente Zamparini quer Giuseppe Sannino como novo treinador.

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