Dainelli foi a primeira contratação dos Della Valle, assim que a Fiorentina voltou à Serie A. Naquele verão de 2004, o então diretor geral viola Fabrizio Lucchesi fechava com um zagueiro do Brescia, de 24 anos, cheio de credenciais. Alto, forte, elegante no desarme, bom no cabeceio e no posicionamento, tranquilo no vestiário, tecnicamente na média da posição. Bastou uma temporada para que o defensor pontaderese recebesse duas convocações de Donadoni para a seleção italiana e, ainda, a faixa de capitão que havia sido do ídolo Angelo Di Livio.
Nesta semana, Dainelli tornou-se o segundo grande golpe de mercado de Enrico Preziosi, depois da contratação de Suazo. O presidente do Genoa, que tanto buscava um zagueiro, pôde apresentar à torcida seu novo camisa 3, que fechou até 2013. Central “puro”, espera-se que Dainelli cubra a lacuna criada com a saída de Ferrari para o Besiktas, após a ótima temporada passada. Sem ele, a defesa rossoblù chegou à beira da calamidade: são 32 gols sofridos em 18 jogos da Serie A, segunda pior da competição.
Não é impossível que Dainelli dê imediatamente para o setor defensivo do time de Gasperini o que dele se espera: tranquilidade. Seu grande problema em Florença eram algumas quedas espantosas de rendimento em partidas nas quais fazia excelente atuação. Não por acaso, os torcedores viola cunharam o termo dainellata para seus erros. Já a esperança da torcida do Genoa reside no fato de que esse problema praticamente não existiu na atual temporada. Ironicamente, Dainelli deixa a Fiorentina em seu melhor ano.
A verdade é que sua saída demorou mais do que o previsto, ainda que a relação entre jogador, colegas, clube e torcida sempre tenha sido muito boa. Quando estava lesionado, tentava passar a faixa de capitão em definitivo para outro jogador, mas sempre era impedido por seus companheiros. Há cinco anos que se falava, sempre, da prioridade na contratação de algum zagueiro para seu lugar. Mas o titular sempre foi Dainelli, que havia acertado com Pantaleo Corvino que sairia caso percebesse que iria perder seu lugar entre os onze. A contratação de Felipe foi o sinal.
Na Fiorentina, a chegada do brasileiro não deve fazer a torcida lamentar a saída de Dainelli, do ponto de vista técnico. Mas sua influência nos vestiários e seu exemplo de moral lhes fará aplaudir ao vê-lo de volta ao Artemio Franchi, como adversário. No Genoa, é um reforço recebido de braços abertos: mais uma peça importante para o salto de qualidade tão aguardado.
os violas estão querendo o Matteo por causa da lesão do Cristiano. Eu diria que hoje uma das melhores administrações em termos de contratações é a da Fiorentina. e olha que não tem muita gente "caras' lá não heim.