“A faixa de capitão é tudo. É a possibilidade de deixar uma marca na história da equipe e levá-la ao alto, mais alto que puder; no teto do mundo. (…) Mas usar a faixa de capitão não é só isso. A faixa é um símbolo para levar com orgulho também no dia a dia, fora do retângulo verde: o fair play deve nos acompanhar em todos os gestos, assim como a abnegação, a vontade de melhorar a si e ao mundo”. Dessa maneira, o impoluto Javier Zanetti iniciou o texto na contracapa de sua autobiografia, lançada em 2014, que narra seus 19 anos de Inter. Simbiose entre jogador e equipe, o argentino marcou toda uma geração.
Um dos atletas mais completos do futebol e um dos maiores laterais da história, Zanetti fincou seu nome no hall da fama da Inter devido à sua lealdade, humildade, elegância e tantos outros atributos. Jogava simples, tinha pulmões de fazer inveja a qualquer maratonista – esta arrancada aos 36 minutos do segundo tempo, num dérbi de Milão realizado em 2012, quando ele tinha 38 anos, é um absurdo. No entanto, antes de começar sua história épica na Inter, Zanetti teve que demonstrar persistência para superar um início árduo na Argentina.
O começo
Nascido em Avellaneda, cidade argentina na província de Buenos Aires, o jovem Javier foi assistente de padeiro na infância. Assim como boa parte dos meninos de sua idade, ele sonhava em entrar às divisões de base do Independiente. Após bater à porta do clube, recebeu a chance de realizar alguns treinos nas dependências da agremiação, porém acabou rejeitado por causa de seu porte físico – fato que chega até a ser irônico, levando em conta o atleta que Zanetti se tornaria no futuro.
O argentino, que vislumbrava uma chance no futebol como ponta, não desistiu depois da reprovação no Independiente. Não à toa, dias depois já estava chutando bola novamente vestindo a camisa do Talleres de Remedios de Escalada, equipe de bairro na província de Buenos Aires. Agora com nova função, a de volante – às vezes quebrava um galho na lateral direita –, atuou em 33 partidas na segunda divisão argentina, competição que o Talleres disputava à época, e despertou o interesse do Banfield. Chegara a hora de mostrar seu talento na nata do futebol argentino.
No Banfield, Zanetti pegou a camisa 4, transformou-se de vez em lateral-direito e recebeu o apelido de “Pupi”. Estreou contra o River Plate, em 12 de setembro de 1993. Seu primeiro gol saiu 17 dias depois, no empate em 1 a 1 com o Newell’s Old Boys, em casa. As aparições sólidas do jogador não demoraram a chamar a atenção do então técnico da Argentina, Daniel Passarella. Zanetti, que já havia jogado 12 vezes pelas seleções de base, debutou em um amistoso perante o Chile, em 16 de novembro de 1994. Também integrou o elenco que disputou os Jogos Pan-Americanos de 1995 em casa e conquistou a medalha de ouro.
Chegada à Inter e estreia pela seleção
Em evidência no futebol sul-americano, Zanetti despertou interesse nos rivais Boca Juniors e River Plate, mas continuou no Banfield até 1995, quando foi contratado pela Inter, sendo o primeiro reforço da era Massimo Moratti. A Beneamata pagou 6,5 milhões de dólares ao clube argentino para contar com o atleta. Naquele mesmo mercado chegaram outros grandes nomes a Appiano Gentile como Maurizio Ganz, Paul Ince, Roberto Carlos, Salvatore Fresi e Sebastián Rambert (artilheiro da última edição do Campeonato Argentino pelo Independiente). Havia um problema, contudo: naquela época, cada equipe italiana só podia escalar três estrangeiros por jogo.
Dos quatro “gringos” recém-chegados (Ince, Carlos, Rambert e Zanetti), Pupi era o mais cotado para ficar de fora, isto é, ser emprestado – quase desconhecido hoje em dia, Rambert era tido como futuro craque, e os outros já tinham cartaz. No entanto, com determinação, mentalidade forte, humildade e bom futebol, ele encontrou seu espaço no time. No 5-3-2 do técnico Ottavio Bianchi, Zanetti era o lateral-direito e Roberto Carlos, o esquerdo. Com as atuações, Javier foi apelidado de “El Tractor”: o Trator, em alusão à sua força física e persistência em campo.
O primeiro jogo dos dois sul-americanos pela Beneamata ocorreu no Giuseppe Meazza, no dia 27 de agosto de 1995, contra o Vicenza. A Inter venceu a partida por 1 a 0, e o brasileiro marcou o gol da vitória. Mas a primeira temporada de Zanetti na Itália não foi boa: os nerazzurri caíram na primeira fase da Copa Uefa e concluíram a Serie A na sétima posição.
A situação melhorou na época seguinte, quando o camisa 4 ajudou os milaneses a encerrarem o Italiano no terceiro lugar. A Inter, porém, perdeu a final da Copa Uefa nos pênaltis para o debilitado Schalke 04, em pleno Meazza. Nesse jogo, inclusive, Zanetti perdeu a paciência com o comandante Roy Hodgson, que o substituiu no segundo tempo da prorrogação. O argentino, que fazia a função de mezz’ala (espécie de meio-campista que vai de área a área) na equipe do inglês, saiu de campo esbravejando e chegou a questionar o técnico pela alteração – algo único na história do jogador. Antes dos penais, entretanto, ambos se entenderam.
Em 1997-98, já com Luigi Simoni no comando técnico, a Inter voltaria à decisão da Copa Uefa. Dessa vez, não deu sorte ao azar. Os interistas trombaram com a Lazio no Parc des Princes, em Paris, e venceram por 3 a 0. Zanetti marcou um gol – o segundo da vitória – que ficaria marcado por muito tempo na memória dos torcedores: da entrada da área, soltou um petardo no canto superior esquerdo do goleiro biancoceleste. Foi o primeiro troféu do jogador em três anos na Itália. E por pouco Pupi não comemoraria o scudetto: num ano cheio de polêmicas, a Inter terminou na segunda colocação, cinco pontos atrás da campeã Juventus.
Após o fim da temporada 1997-98, Pupi foi selecionado para defender a Argentina na Copa do Mundo da França. No Mundial, foi titular em todos os jogos da Albiceleste. Contra a Inglaterra, valendo pelas oitavas de final, acertou uma linda cobrança de falta, empatando o duelo em 2 a 2. A Argentina levou a melhor sobre o English Team nos pênaltis (vitória por 4 a 3), porém sucumbiu na etapa seguinte, diante da Holanda.
Sucessão da capitania e Real Madrid
De volta à Itália, Zanetti usou pela primeira vez a braçadeira de capitão da Inter. O fato aconteceu na partida frente ao Castel di Sangro, pelas oitavas de final da Coppa Italia, datada 28 de outubro de 1998. Com a aposentadoria de Giuseppe Bergomi e saída de Gianluca Pagliuca para o Bologna ao término da temporada, a capitania nerazzurra ficou a cargo do camisa 4.
Em 1999, Marcelo Bielsa, novo técnico da Argentina, fez uma reformulação na seleção, trazendo novas caras para o time principal. Zanetti seguiu entre os convocados. Um ano depois, seu nome estaria na lista dos selecionáveis para a Copa América, no Paraguai. Pupi foi titular no torneio até a eliminação da Albiceleste, nas quartas de final, perante ao Brasil, que viria a ser o campeão.
Já estabelecido como um dos pilares do time, Zanetti quase foi parar no Real Madrid na virada do século. O clube milanês enfrentava tempos difíceis dentro e fora de campo. Apesar da alta qualidade do elenco no final da década de 1990, a Inter conseguiu apenas um título desde que Javier chegara em Milão. A mudança constante de treinadores (sete estiveram à frente dos nerazzurri entre 1995-96 e 1999-2000) também não ajudava. Por isso, Javier pensou em assinar com os merengues.
As tratativas com o Madrid estavam avançadas, mas Moratti interveio. “Sempre dei prioridade à Inter. Moratti falou comigo. Ele me disse que não queria que eu fosse embora”, confessou o atleta, em entrevista ao site espanhol El Enganche. Revigorado com o pedido de permanência por parte do presidente, Zanetti caminhou com a Inter até o fim. A simbiose entre jogador e torcida ganhava mais força.
As temporadas do “quase”
O início dos 2000 não foi bom para a Beneamata. Isso porque o time perdeu a final da Coppa Italia e a Supercopa Italiana, ambas para a Lazio. Além disso, a temporada 2000-01 se desenrolou de forma negativa devido à eliminação nos play-offs da Liga dos Campões, diante do modesto Helsingborgs, da Suécia, e à histórica goleada por 6 a 0 sofrida ante ao rival Milan, em 11 de maio de 2001. Mas tudo começou a se modificar quando o argentino Héctor Cúper assumiu o comando técnico da equipe, em junho de 2001.
Cúper mudou a mentalidade dos jogadores, que sofreram com trocas de treinadores na década de 1990, e conseguiu dar continuidade por mais de dois anos a um projeto que renderia bons frutos nos próximos anos. Foi ele, inclusive, quem recolocou Zanetti na lateral direita, já que nas épocas anteriores os técnicos utilizaram El Tractor mais vezes no meio-campo.
Em meio à espera por títulos em Appiano Gentile, Zanetti viajou para a Ásia junto com a delegação da argentina para competir na Copa do Mundo de 2002. No entanto, os hermanos fizeram uma campanha muito aquém das expectativas e sequer se classificaram ao mata-mata.
A situação realmente não estava fácil para Zanetti. É que mesmo jogando o fino da bola e rodeado com ótimos jogadores, a Inter não conseguia beliscar um título desde a Copa Uefa de 1997-98. Além disso, o time de Cúper sempre ficava no “quase”: caiu duas vezes em semifinais de competições continentais (Copa Uefa em 2001-02 e Liga dos Campeões em 2002-03), foi terceiro colocado na Serie A 2000-01 e segundo na liga seguinte – o título escapou na última rodada, num dos dias mais traumáticos da história nerazzurra.
Enfim, títulos
Essa sina acabou quando a Inter contratou Roberto Mancini para o lugar de Alberto Zaccheroni. Os nerazzurri tomaram a Itália de assalto após o enfraquecimento da Juventus, rebaixada à segunda divisão devido ao escândalo do Calciopoli, e o envelhecimento do elenco do Milan.
Antes mesmo disso acontecer a equipe já dava sinais de voltar aos trilhos, graças ao bicampeonato da Coppa Italia, em 2005 e 2006, às custas da Roma. Zanetti também pode levantar a Supercopa local, em 2005, vencida contra a Juve. Em quatro temporadas de Mancini à frente da equipe nerazzurra, o capitão Zanetti levantou oito taças no total.
Por outro lado, o lateral/volante amargou dois vice-campeonatos com a Argentina. Ainda pior: duas derrotas para o Brasil. A primeira veio na decisão da Copa América de 2004, no Peru, e a segunda ocorreu na final da Copa das Confederações de 2005, na Alemanha. Um ano mais tarde, Zanetti foi deixado de fora da Copa do Mundo. A decisão gerou muita polêmica em torno do então técnico José Pékerman.
Depois da eliminação nas quartas de final do Mundial, para a anfitriã Alemanha, Pékerman pediu demissão. Alfio “Coco” Basile o sucedeu e voltou a convocar Zanetti, que, em 2007, assumiu de vez a capitania da seleção após a aposentadoria de Roberto Ayala, e se tornou o jogador com mais jogos pela Argentina.
No início da temporada 2006-07, a Inter contratou o lateral-direito brasileiro Maicon junto ao Monaco. O brasileiro estava pedindo passagem, então Mancini encaixou Zanetti no meio-campo. Pupi também fazia as vezes como lateral-esquerdo. Em 5 de novembro de 2006, ele saiu de uma seca de quatro anos, voltando a marcar um gol (contra o Ascoli, no Giuseppe Meazza). O ano de 2008 simbolizou o centenário da Inter, que encerrou a temporada com o tricampeonato consecutivo; Zanetti marcou um belo gol no empate em 1 a 1 com a Roma, no Meazza.
Triplete
Se Mancini havia tirado a Inter de um longo jejum – 17 anos sem conquistar o scudetto – e emendado três títulos de Serie A, José Mourinho foi ainda mais longe. Definido por Zanetti como o cara que “mudou a equipe com sua maneira de ver o futebol”, o português potencializou as qualidades do plantel nerazzurro quando pisou em Pinetina.
Após levar nos pênaltis a Supercopa Italiana de 2008 sobre a Roma, com Zanetti convertendo a penalidade decisiva, Mourinho forjou em 2009-10 um time praticamente imbatível, que alcançou a inédita Tríplice Coroa: Liga dos Campeões, Serie A e Coppa Italia. Destaque para a conquista da “orelhuda”, que não ia para o lado azul e preto de Milão havia 45 anos.
No 4-2-3-1 que o treinador introduziu na Inter, Zanetti formava dupla de volante com seu compatriota Esteban Cambiasso, este atuando pela esquerda, enquanto El Tractor fechava o corretor direito e fazia ótima dobradinha com Maicon. O camisa 4 vivia ótima fase e foi essencial em todos os três títulos. Na final da Liga dos Campeões, ele alcançou a marca de 700 jogos pela Beneamata.
Mourinho aceitou o convite de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, na noite anterior à decisão da Champions, e foi treinar o gigante espanhol na temporada seguinte. Rafa Benítez tomou sua cadeira na Inter, que venceria outros dois troféus ainda em 2010: a Supercopa Italiana e o Mundial de Clubes da Fifa – o capitão nerazzurro marcou o segundo gol da vitória por 3 a 0 sobre o Mazembe, na final, e se tornou o mais velho a anotar pelo torneio. O “sêxtuplo” (seis títulos no ano regular) só não aconteceu porque o Atlético de Madrid bateu os italianos por 2 a 0 na decisão da Supercopa Uefa.
Recordes e ausência na Copa de 2010
Ainda em 2010, mais precisamente 20 de outubro, Zanetti se tornou o jogador mais velho a balançar as redes numa partida da Liga dos Campeões. Aos 37 anos e 71 dias, ele abrira o caminho para o triunfo por 4 a 3 sobre o Tottenham, em Milão. Mais tarde, porém, seu “rival” Filippo Inzaghi quebraria esse recorde.
Três meses depois, na goleada por 4 a 1 ante ao Bologna, já com o brasileiro Leonardo à frente da equipe, Pupi ultrapassou Bergomi como o jogador que mais vezes atuou pela Beneamata na Serie A: 519 jogos. A torcida não deixou passar batido: estendeu nas arquibancadas do San Siro uma faixa com quase 20 metros de comprimento: “Javier Zanetti, você superou o Tio (Bergomi) e, no entanto, parece seu sobrinho”.
Longevidade com qualidade foi mesmo o forte de Zanetti, que teve uma monstruosa média de 32,3 partidas jogadas por temporada em 19 anos de Serie A. Para comparar, o italiano Paolo Maldini teve 25 anos de campeonato e uma já excelente média de 25,9 por campeonato. Pupi ainda guarda dois números absurdos: entre outubro de 2006 e dezembro de 2009 jogou todas as 162 partidas da Inter; 137 delas pelo Italiano. Nenhum outro jogador conseguiu tal feito.
Apesar disso, Zanetti acabou não sendo convocado por Diego Maradona, então comandante da Argentina, para a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Dois anos antes, quando o ídolo do Napoli assumira a Albiceleste, ele tirara o poder de capitão de Zanetti e entregara a seu “xará” Mascherano. O interista voltaria a ser chamado para representar a seleção na Copa América de 2011, sob a batuta de Sergio Batista, mas não conseguiu evitar a eliminação nas quartas de final para o Uruguai.
O revés diante dos uruguaios foi o último jogo de Javier usando azul e branco. Zanetti é o segundo jogador que mais vezes defendeu a seleção principal da Argentina, com 143 jogos, atrás apenas de Mascherano, que tem quatro a mais. Ambos, entretanto, devem ser ultrapassados em breve por Lionel Messi, atualmente com 128 partidas.
O mês de maio de 2011 foi muito especial para Zanetti. Primeiro, porque ele disputou sua milésima partida como jogador profissional: o segundo jogo da semifinal da Coppa Italia contra a Roma, empate em 1 a 1. Depois, porque os nerazzurri superaram o Palermo por 3 a 1, na final, no dia 29, e o camisa 4 levantou seu último troféu enquanto atleta.
As últimas temporadas
Como um bom filme cujo roteiro prende o espectador na poltrona até a última cena, Zanetti nunca decepcionou os fãs. Em suas últimas três temporadas como jogador, o polivalente atleta não teve mais o prazer de sentir o êxtase gerado após uma conquista.
Mas, por outro lado, seguiu sendo um exemplo para todos à sua volta. Além disso, estabeleceu recordes interessantes. Por exemplo, deixou Bergomi para trás e virou o atleta com mais jogos na história da Inter. Também tornou-se o capitão com mais partidas na Liga dos Campeões, superando as 77 de Maldini.
Em 23 de agosto de 2012, o lateral/volante chegou à marca de 800 jogos pelo clube milanês na partida contra o time romeno Vaslui, fora de casa, pela Liga Europa. Ele ganhou uma braçadeira de capitão personalizada e uma camisa com o número 800 às costas.
Em abril de 2013, Zanetti entrou em campo pela 1100ª vez na carreira, consolidando-se na quarta posição dos jogadores mais com mais jogos na história do futebol – Pupi totalizou 1112 partidas. Dias depois, porém, o argentino sofreria sua lesão mais grave na carreira: rompimento do tendão de Aquiles do pé esquerdo em duelo contra o Palermo. Foi a única contusão que o tirou de campo por mais de três semanas em toda a sua carreira. O primeiro diagnóstico dos médicos era uma ausência de seis a oito meses, mas em novembro o atleta já estava de volta à ativa.
Automaticamente de contrato renovado até o fim da temporada, o camisa 4 pisou no gramado do Meazza pela última vez contra a Lazio, em 10 de maio de 2014, numa vitória por 4 a 1. Seu derradeiro jogo como profissional aconteceu oito dias depois, mas nem a derrota por 2 a 1 para o Chievo, em Verona, impediu a ode da torcida a Javier. Em homenagem aos 19 anos de serviços prestados ao clube, onde Zanetti jogou 858 partidas (615 na Serie A), marcou 21 gols, deu 13 assistências e foi expulso em apenas duas ocasiões, a Inter aposentou a camisa 4.
Não demorou muito para o ex-jogador aceitar a proposta da nova diretoria, encabeçada pelo indonésio Erick Thohir, e assumir o cargo de vice-presidente da agremiação nerazzurra, que ocupa até hoje. Ele se tornou, assim, mais um grande jogador a fazer parte da direção do time pelo qual foi ídolo dentro de campo, tal qual Pavel Nedved (Juventus), Francesco Totti (Roma) e Paolo Maldini (Milan).
Zanetti foi um jogador que honrou as cores da Inter como poucos. Era como vinho: ficava melhor à medida que envelhecia. Sua sensatez lhe possibilitou jogar no mais alto nível mesmo depois dos 40; nunca esboçou uma transferência na reta final da carreira para mercados atrativos física e financeiramente. Poderia ter continuado a jogar mesmo na Inter, mas preferiu parar quando ainda tinha lenha para queimar. Era a personificação do que é uma liderança futebolística e impunha respeito porque sempre foi – e ainda é – um exemplo para qualquer profissional.
Javier Adelmar Zanetti
Nascimento: 10 de agosto de 1973, em Buenos Aires, Argentina
Clubes: Talleres (1992-93), Banfield (1993-95) e Inter (1995-2014)
Títulos: Jogos Pan-Americanos (1995), Copa Uefa (1998), Coppa Italia (2005, 2006, 2010 e 2011), Supercopa Italiana (2005, 2006, 2008 e 2010), Serie A (2006, 2007, 2008, 2009 e 2010), Liga dos Campeões (2010) e Mundial de Clubes da Fifa (2010)
Seleção argentina: 143 jogos e quatro gols
Vale ressaltar, depois de parar de jogar, ele inda marcou essa pintura contra o Legends do Real Madrid: https://www.youtube.com/watch?v=gmF3Ajtutpw
Sou torcedor do Napoli, mas sou fã assumido dessa lenda que é o Zanetti!