O mineiro Ricardo Rogério de Brito é primeiro-tesoureiro dos Atletas de Cristo, grupo de jogadores evangélicos batistas que tanto fez sucesso no Brasil durante a década de 1990 e chegou ao auge de sua popularidade na Copa de 1994. Nos Estados Unidos, não era difícil encontrar um dos tantos tetracampeões usando a camisa de peixes vermelhos da associação embaixo da canarinho. Mas, na verdade, é bem provável que você conheça o tesoureiro por outro nome: Alemão.
Volante técnico e habilidoso, Alemão foi revelado pelo Fabril, time de Lavras, sua cidade natal. Mas o sucesso começou no Botafogo, equipe na qual Alemão fez um teste em 1981: rapidamente aprovado, não demorou a se destacar e tornar-se titular no alvinegro.
A segunda metade da década de 1980 foi um divisor de águas em sua carreira: em 1985, ganhou da revista Placar a Bola de Prata como melhor volante do Campeonato Brasileiro daquele ano; no ano seguinte, foi titular da seleção brasileira na (decepcionante, a bem da verdade) campanha na Copa do Mundo; em 1987, foi para a Europa.
Apelidado de Alemão pelos cabelos loiros e tez clara, foi na Espanha que o volante começou a carreira europeia. Pelo Atlético de Madrid, fez uma temporada de estreia tão boa que ganhou o prêmio Don Balón de melhor estrangeiro do campeonato e ainda convenceu os colchoneros a contratarem seu compatriota Baltazar, ex-parceiro no Botafogo, que vinha se destacando pelo Celta de Vigo. Mas Alemão passou só este ano na Espanha. Em 1988, foi contratado pelo ambicioso Napoli do presidente Corrado Ferlaino e do diretor geral Luciano Moggi.
Em quatro anos pelo Napoli, o camisa 5 faria 93 jogos e nove gols pela Serie A. Alemão ainda entraria para a história pela conquista do segundo campeonato italiano azzurro (1990) e da Copa Uefa de 1989, na qual anotou um gol importante na final contra o Stuttgart. Por jogar ao lado de Maradona, o volante alcançou suas maiores glórias na carreira e também ouviu as maiores críticas: na Copa de 1990, foi considerado por muitos um dos principais culpados da derrota brasileira para a Argentina.
No lance que originou o gol de Caniggia no 1 a 0 que eliminou o Brasil, Alemão foi facilmente driblado por Maradona no meio-campo e acusado de ter aliviado para o companheiro de clube. Até hoje, ele se defende das críticas afirmando estar de consciência tranquila e ser alvo de comentários de “um jornalista mal intencionado”. Fato é que Alemão se despediu da seleção brasileira com seis gols em 39 partidas, a maioria delas demonstrando futebol em alto nível.
O volante ficaria no Napoli até 1992, quando foi cedido à Atalanta, na qual jogou por dois anos. No último deles, não evitou que os bergamascos fossem rebaixados à Serie B. Alemão voltou ao Brasil em 1994, então com 33 anos, e passou duas temporadas pelo São Paulo de Telê Santana, antes de se aposentar com direito a uma passagem pelo Volta Redonda.
Após tentar carreira como representante de atletas, dirigiu o futebol do Tupi-MG e do XV de Piracicaba-SP antes de tentar a carreira como treinador em Minas Gerais, por Tupynambás e América. Depois das passagens frustradas, Alemão fez estágios em Napoli e Reggina. E aguarda a hora de voltar ao mundo que o consagrou.
Ricardo Rogério de Brito, o Alemão
Nascimento: 22 de novembro de 1961, em Lavras (MG)
Posição: volante
Clubes: Fabril (1980), Botafogo (1981-87), Atlético de Madrid (1987-88), Napoli (1988-92), Atalanta (1992-94), São Paulo (1994-96) e Volta Redonda (1996)
Seleção brasileira: 39 partidas, 6 gols
Títulos: Copa América (1989), Copa Uefa (1989), Serie A (1990), Supercoppa Italiana (1990), Copa Conmebol (1994), Recopa Sul-Americana (1994)
decepcionante nada. decepcionante é a Seleção de 86 ser tão pouco lembrada, sendo que na verdade o Brasil resolveu encarnar o quase nos anos 80. fez lindas campanhas com um time taticamente brilhante, mas infelizmente o que conseguiu foram 2 pratas nos jogos olimpicos de 84 e 88…mas se ver, ja ta é mais do q bom, ja q o Futebol do Brasil nunca viu a cara do ouro ATÉ HJ nas Olimpiadas!!
esse quase e taticamente brilhante é uma referencia à Seleção Jolandesa, ou 'carrosel holandes', 'laranja mecanica' dos anos 70, que foi 2 vezes vice campeã mundial