O queniano McDonald Mariga, de 22 anos, foi o pivô de um dos casos mais curiosos da janela de transferências de janeiro. Os dirigentes do Parma (seu clube à época) já haviam acertado todos os detalhes com o Manchester City, que pagaria 7 milhões de euros pelo meia. No entanto, a contratação desejada pelo técnico Roberto Mancini foi por água abaixo, já que um visto de trabalho foi negado, pelo fato de a seleção do Quênia ocupar a 98ª posição no ranking da FIFA. Não adiantou nem mesmo que o primeiro-ministro queniano tentasse interceder pelo jogador junto a Premier League.
Atenta ao fracasso do negócio entre crociati e citizens, a Inter, que procurava um meio-campista para preencher a saída de Vieira para o próprio Manchester City, não demorou para fechar negócio com Pietro Leonardi, diretor esportivo do Parma. A co-propriedade de Mariga foi acertada por três milhões de euros, metade do passe do atacante Jonathan Biabiany e o empréstimo de Luis Jiménez. Mariga tornou-se o primeiro queniano a atuar por um clube de ponta da Europa e sua contratação foi bastante festejada no Quênia, onde Mariga começa a ser visto como exemplo para os jovens e também para as autoridades que tratam do esporte no país.
A contratação do meia queniano também foi bem recebida em Milão. Massimo Moratti, presidente da Inter, declarou com bastante animação que a transferência “foi a melhor coisa que poderia ter acontecido em janeiro”. Mourinho também elogiou muito o jogador: comparou-o a Sissoko, mas ressaltou que Mariga ainda não é um “produto final” e que pode tornar-se um jogador “fantástico”, já que possui grande potencial.