Poucos jogadores definem tão bem o mundo globalizado e o futebol de seu tempo quanto Blerim Dzemaili. Nascido numa família albanesa que habitava a Macedônia do Norte quando esta era parte da antiga Iugoslávia, cresceu na Suíça e integrou uma das maiores gerações da seleção helvética. Dentro dos campos, apesar de não ter sido alvo dos mais intensos holofotes, se consolidou como um meio-campista completo, hábil em ambas as fases do jogo e capaz de percorrer muitos quilômetros – algo comum tanto em sua trajetória profissional quanto na pessoal. Andarilho, vestiu as camisas de cinco clubes diferentes apenas na Itália, país em que mais se destacou: na Velha Bota, fez mais de 300 partidas, somando passagens por Torino, Parma, Napoli, Genoa e Bologna.
Dzemaili nasceu em 1986 na cidade de Tetovo, noroeste da Macedônia do Norte, e cresceu na vizinha Bogovinje, localizada próxima às fronteiras atuais com Albânia e Kosovo. A região é habitada primordialmente por pessoas de etnia albanesa e isso não era diferente na linhagem de Blerim – inclusive, na língua de seus pais, seu nome deveria ser grafado como Xhemaili. Quando tinha quatro anos, sua família deixou a antiga Iugoslávia e migrou para Zurique, na Suíça.
Longe da escalada dos conflitos nos Bálcãs, Dzemaili se interessou por futebol e passou pelas categorias de base de vários clubes, como o Young Fellow Juventus. Em 2001, aos 15 anos, ingressou no setor juvenil do Zürich e concluiu sua formação justamente pelo time azul e branco, no qual estreou profissionalmente, em 2003. Prodígio, Blerim se tornou titular logo em sua primeira temporada pelo FCZ e viu sua carreira decolar.
No Zürich, Dzemaili chegou a atuar como zagueiro, volante, meia e ala, mostrando a versatilidade que se tornaria a sua marca registrada – embora, posteriormente, apenas nas diversas funções possíveis de serem exercidas no centro do gramado. Nessa passagem pelo FCZ, Blerim conquistou dois títulos da Super League e uma Copa da Suíça, além de ter feito uma dupla fortíssima com Gökhan Inler.
Naturalmente, Dzemaili ganhou espaço na seleção – mas na da Suíça, país que adotou e que lhe concedeu nacionalidade. Tendo Valon Behrami, outro jogador de origem albanesa a seu lado no meio-campo, Blerim ajudou os helvéticos a serem semifinalistas da Euro Sub-19, em 2004, e atuou no Mundial Sub-20 do ano posterior. Rapidamente, ascendeu das equipes juvenis para a principal do selecionado e o representou, ainda que sem ganhar minutos de jogo, na Copa do Mundo de 2006.
Em fevereiro de 2007, o meia acertou sua transferência para o Bolton, que militava na Premier League inglesa, e permaneceu no Zürich até o fim da temporada 2006-07. Entretanto, em abril, sofreu uma lesão de ligamento cruzado do joelho e viu a situação se complicar. O time britânico não desfez o negócio, já que o técnico Sam Allardyce confiava em Dzemaili e seu substituto, Sammy Lee, também. Só que a aposta no novo treinador não deu certo e o antigo assistente foi trocado por Gary Megson, que só permitiu a Blerim entrar em campo uma vez após recuperar a forma física. Isso custou ao jogador a convocação para a Euro 2008, disputada na Suíça e na Áustria.
Dzemaili chegou a ser relacionado para os primeiros jogos do Bolton na temporada 2008-09, mas não entrou em campo e foi emprestado para o Torino nas últimas semanas da janela de transferências. Buscando dar a volta por cima, o meia suíço começa a sua jornada no Piemonte em setembro de 2008, contra o Chievo e, utilizado como volante, jogou toda a partida empatada em 1 a 1. Na jornada seguinte da Serie A, contra a Lazio, atuou um pouco mais avançado e sofreu um pênalti na derrota do Toro por 3 a 1.
O suíço rapidamente virou titular em Turim, mas não conseguiu contribuir o bastante para fazer o Torino permanecer na elite ao final de uma tortuosa temporada, na qual os grenás tiveram três treinadores diferentes – Gianni De Biasi, Walter Novellino e Giancarlo Camolese. Eram anos de muita oscilação para o Toro, que não escapou da degola mesmo contando com um elenco de bons nomes, como o próprio Dzemaili e também Eugenio Corini, Nicola Ventola, Simone Barone, Nicola Amoruso, Ignazio Abate, Alessandro Rosina, Rolando Bianchi, Matteo Sereni, Angelo Ogbonna, Cesare Natali e Aimo Diana.
Finalizado o período de cessão, o Torino pagou a quantia de 2 milhões de euros ao Bolton pelo passe de Blerim, que até iniciou a temporada 2009-10 vestindo granata. Contudo, após representar os piemonteses em 34 partidas, o suíço partiu por empréstimo ao Parma, que disputaria a Serie A, numa troca pelo centroavante Daniele Vantaggiato.
No time de Francesco Guidolin, o polivalente suíço formou um bloco potente de meio-campistas dinâmicos, juntamente a Stefano Morrone, McDonald Mariga e Daniele Galloppa. Blerim foi titular na grande maioria dos jogos desde o início da temporada, só que lesionou mais uma vez um ligamento do joelho. Como nessa ocasião a ruptura foi parcial, a recuperação mais curta, de apenas dois meses, lhe permitiu voltar aos campos ainda durante 2009-10, em busca de ritmo para a disputa da Copa do Mundo de 2010.
Após ajudar o Parma a ficar na oitava posição da Serie A, porém, Dzemaili foi informado de que ainda tinha saldo negativo acumulado por conta da lesão: não figurou na lista de convocados da Suíça para o Mundial, devido à incerteza de suas condições, e só voltou ser convocado para a seleção em 2011.
Nesse ínterim, o meio-campista foi adquirido em definitivo pelo Parma, já que deixara boa impressão na Emília-Romanha, e recuperou a titularidade dos crociati em 2010-11. Nessa temporada, Dzemaili conseguiu se manter bem fisicamente e, longe das lesões, colecionou boas atuações – inclusive, deixou de lado o longo jejum de quatro anos sem balançar as redes ao marcar um dos gols da vitória por 3 a 1 sobre o Palermo, o mesmo adversário diante do qual se machucara.
As suas boas atuações e a versatilidade em campo ajudaram um Parma pouco brilhante a ficar na 12ª posição da Serie A, longe da zona de rebaixamento. Ademais, chamaram a atenção de Walter Mazzarri, técnico do Napoli: eficaz para destruir e construir, Dzemaili tinha o perfil de meia central mais adequado ao estilo do treinador, que não deixaria a oportunidade passar. Dessa forma, Blerim encerraria sua militância pelos gialloblù com 50 aparições.
No verão europeu de 2011, os partenopei desembolsaram 9 milhões de euros para contar com Dzemaili e ainda enviaram Manuele Blasi, em definitivo, e o ítalo-brasileiro Fabiano Santacroce, por empréstimo, ao Parma. Naquela mesma janela, o Napoli foi buscar Inler, antigo parceiro de Blerim, na Udinese. Os dois se juntariam ao motorzinho uruguaio Walter Gargano como opções para o setor central, onde o trio se revezaria. Mais à frente, Marek Hamsík, Ezequiel Lavezzi, Goran Pandev e Edinson Cavani estavam livres para brilhar.
Como esperado, Dzemaili se encaixou como uma luva no esquema bem definido de Mazzarri. Revezando principalmente com Gargano, disputou 39 partidas, com três gols marcados e três assistências fornecidas. Naquela temporada, o Napoli foi inconstante na Serie A, terminada na quinta colocação, mas teve um ótimo desempenho nas copas. Na Champions League, competição em que Blerim pode atuar pela primeira vez da fase de grupos em diante, chegou a fazer 3 a 1 sobre o Chelsea na ida das oitavas de final; contudo, do banco de reservas, o volante viu o forte elenco dos Blues reverter a situação na prorrogação, em Stamford Bridge. A cereja do bolo seria no mata-mata caseiro.
Os melhores momentos do Napoli em 2011-12 ocorreram na Coppa Italia e Dzemaili surfou essa onda. O suíço participou de todos os jogos dos partenopei na competição e foi titular na final vencida sobre a arquirrival Juventus. O categórico 2 a 0 teve um sabor mais doce porque a Velha Senhora faturara o scudetto de forma invicta e não perdera, até então, uma partida sequer na temporada. O quarto troféu da carreira do helvético ainda representou um marco para os azzurri, que não levantavam taças de primeiro escalão havia 22 anos. Até aquele 20 de maio de 2012, a última festa em torneios expressivos tinha sido na Supercopa Italiana de 1990, também conquistada ante os bianconeri, no ocaso da passagem de Diego Armando Maradona pela Campânia.
Na temporada seguinte, em 2012-13, com o Napoli classificado para a Liga Europa, Blerim passou a revezar com um compatriota: Behrami, seu velho conhecido, que chegou da Fiorentina para tomar o posto de Gargano, emprestado à Inter. Àquela altura, os azzurri tinham um triunvirato suíço em seu meio-campo e Dzemaili se converteria no mais ofensivo deles.
Ao contrário da temporada 2011-12, em 2012-13 o Napoli fracassou no mata-mata: perdeu a Supercopa Italiana para a Juventus e foi precocemente eliminado tanto da Liga Europa quanto da Coppa Italia. As suas atenções ficaram voltadas para a Serie A, onde os azzurri chegaram a brigar com a Juventus pelo scudetto – até uma sequência de cinco jogos sem vitórias, com direito a empate com a Velha Senhora, entre rodadas 24 e 28, permitiram a fuga da rival. O time de Mazzarri até engatou oito vitórias nas 10 últimas jornadas, mas a Velha Senhora obteve o mesmo retrospecto e garantiu a taça, deixando os partenopei com o vice. Nada mal, considerando que, até então, aquele foi o melhor posicionamento do clube no campeonato desde os tempos de Maradona.
Durante esse período grande desempenho do Napoli na reta final da Serie A, Dzemaili simplesmente deu show: marcou seis vezes, contribuindo para triunfos sobre Genoa, Pescara e Bologna. Mas, sobretudo, foi a estrela do frenético 5 a 3 sobre o Torino, já que anotou uma tripletta sobre seu antigo time. O feito já poderia ser considerado fantástico, mas Blerim fez questão de ofuscar Cavani, autor de uma doppietta, e de guardar dois golaços, com um petardo no ângulo e um arremate de trivela. No fim das contas, aquele foi um dos anos mais prolíficos da carreira do suíço, que fez nove gols em 41 aparições.
Em sua última temporada em Nápoles, o volante suíço viu Mazzarri, seu grande patrocinador, rumar à Inter. Sob a batuta de Rafa Benítez, Dzemaili conviveu novamente entre a titularidade e o banco de reservas, no habitual rodízio com Behrami, mas viu seus minutos em campo serem drasticamente reduzidos a partir da janela de mercado do inverno de 2014. Em janeiro, Jorginho reforçou os azzurri e, por ter estilo de jogo mais adequado à filosofia do técnico espanhol, ganhou espaço.
Relegado ao banco, Dzemaili viu o Napoli – que fora eliminado na fase de grupos da Champions League – cair para o Swansea nas oitavas de final da Liga Europa e ser terceiro colocado da Serie A. No entanto, ainda pode encerrar sua passagem com mais um troféu da Coppa Italia. Blerim ficou no banco em todas as partidas da competição e só pisou no gramado nos acréscimos do duelo com a Lazio, nas quartas.
Ao fim da temporada, o volante viajou ao Brasil para defender a Suíça na Copa do Mundo e participou de três jogos – em todos eles, saindo do banco de reservas. Os helvéticos caíram na prorrogação das oitavas de final, após dura derrota por 1 a 0 para a Argentina, na Arena Corinthians, mas Dzemaili pelo menos pode celebrar, ao longo da competição, um gol anotado através de uma de suas marcas registradas: um tirambaço em cobrança de falta. Assim, iniciou a redução do passivo de sua seleção na derrota por 5 a 2 para a França, na Fonte Nova.
De volta à Europa, Blerim passou toda a pré-temporada ciente de que não seria aproveitado por Benítez no Napoli. Contudo, só conseguiu encontrar um novo clube no último dia da janela de transferências: em 1º de setembro de 2014, após 109 jogos, 18 gols e 10 assistências com a camisa azzurra, o volante deixou para trás a histórica geração dos partenopei e a própria Itália, já que assinou contrato com o Galatasaray, da Turquia.
Dzemaili aterrissou em Istambul com a expectativa de ser titular absoluto do time comandado pelo italiano Cesare Prandelli, o que de fato ocorreu. Contudo, o técnico foi demitido ainda em novembro de 2014 e, em paralelo, o suíço teve uma lesão muscular na coxa. Blerim terminou a temporada com as taças da Süper Lig turca e da Copa da Turquia, mas escanteado pelo técnico Hamza Hamzaoglu. Assim, no início de 2015-16, após receber sondagens de clubes da Velha Bota, pediu para ser negociado. Foi atendido: no fim da janela de transferências, acertou contrato de empréstimo com o Genoa.
Muito versátil, o volante suíço, que era querido por Mazzarri, também tinha características caras ao jogo de um treinador de filosofia totalmente diferente: Gian Piero Gasperini, então no Genoa. Dinâmico e potente no combate, Dzemaili também era capaz de combinar passes no meio-campo e de efetuar lançamentos com precisão – além de pisar na área quando necessário e ter a capacidade de arrematar a gol, sobretudo de média e longa distância.
Com esse repertório, atuou 27 vezes pelo Genoa e marcou três gols pelos grifoni, em vitórias sobre Milan, Atalanta e Sassuolo. Blerim acabou jogando um pouco menos do que o esperado, por conta de uma lesão muscular, mas exerceu importante papel na arrancada do time na Serie A. Após colecionar nove derrotas no primeiro turno e flertar com a zona de rebaixamento, o Vecchio Balordo reagiu na metade final do campeonato e o concluiu num tranquilo 11º lugar.
Posteriormente, o volante foi convocado pelo técnico Vladimir Petkovic para disputar mais um torneio internacional com a camisa da Suíça: Blerim foi titular dos helvéticos na Eurocopa de 2016, concluída com eliminação nos pênaltis para a Polônia, nas oitavas de final. Depois da competição, saiu de férias e negociou sua permanência na Itália: voltaria à Emília-Romanha para atuar pelo Bologna, que pagou 1,5 milhão de euros para adquiri-lo junto ao Galatasaray.
Aos 30 anos, Dzemaili faria uma das melhores temporadas de sua carreira, tanto em números quanto em nível de atuações. Muito rapidamente, o volante se tornou pilar da sólida equipe comandada por Roberto Donadoni, formando a sua espinha dorsal juntamente a peças como o atacante Mattia Destro e os meias-atacantes Simone Verdi e Ladislav Krejci, também comprados naquela janela.
O Bologna foi apenas o 15º colocado da Serie A, mas entregou momentos de futebol bem praticado e nunca esteve ameaçado de rebaixamento. Apesar de alguns reveses contra seus antigos times, como o 5 a 1 sofrido para o Torino e a derrota por 1 a 0 para o Genoa, na qual foi expulso por cartão vermelho direto, Dzemaili foi protagonista de vários dos melhores períodos dos felsinei no campeonato. O suíço foi protagonista da campanha, assumindo papel importante de construção e conclusão no meio-campo: anotou uma doppietta ante o próprio Toro e o Chievo, além de ter contribuído diretamente para gols em cinco outros triunfos dos rossoblù. No total, balançou as redes nove vezes e forneceu três assistências ao longo de 2016-17.
O bom desempenho de Dzemaili levou o Bologna a garantir sua permanência na Serie A com antecedência e, graças a isso, ele deixou o clube antes mesmo de o campeonato terminar: faltando três rodadas para o fim do certame, foi emprestado ao Montréal Impact, o outro time de propriedade Joey Saputo, presidente rossoblù. Blerim defendeu os canadenses até outubro de 2017, quando terminou a temporada regular da Major League Soccer.
Embora a MLS passe longe de ter a mesma qualidade da Serie A, o suíço voltou ao Bologna embalado pelos oito gols marcados e 12 assistências fornecidas na América do Norte. Alçado prontamente ao time titular dos emilianos por Donadoni, apesar da falta de ritmo de jogo, Dzemaili já reestreou com bola na rede: anotou um dos tentos da vitória por 3 a 0 sobre o Benevento. Foi o prelúdio de uma boa segunda metade de temporada europeia para Blerim, que ajudou os felsinei a repetirem a 15ª posição da campanha anterior.
Durante o verão europeu de 2018, Dzemaili viveria os seus últimos momentos pela seleção da Suíça. O meio-campista foi titular na Copa do Mundo, disputada na Rússia, e marcou um gol no empate por 2 a 2 com a Costa Rica, que garantiu a passagem dos rossocrociati para as oitavas de final. A derrota por 1 a 0 para a Suécia, na primeira fase do mata-mata, representaria a sua derradeira aparição pela equipe do país que o adotou.
De volta à Itália, o meio-campista foi escolhido por por Filippo Inzaghi, novo técnico do Bologna, como capitão do time. Durante a má gestão do treinador, jogou em posição mais avançada em campo, mas foi recuado após a chegada de Sinisa Mihajlovic, em janeiro. Sob as ordens do sérvio, Dzemaili ajudou os felsinei a deixarem a zona de rebaixamento e escalarem a tabela até a 10ª posição.
Dzemaili manteve a braçadeira e a função de volante na temporada seguinte, mas, no fim de janeiro de 2020, optou por deixar a Itália em busca de um último contrato polpudo: treinado por Donadoni, o Shenzen, da China, lhe fez uma oferta irrecusável. Dessa forma, o suíço encerrou a sua passagem pela capital da Emília-Romanha após 92 aparições e 13 gols – os dois derradeiros tentos, curiosamente, fizeram valer a lei do ex ante o Napoli, em 2018-19, e o Parma, em 2019-20.
O volante foi o primeiro jogador suíço a firmar um vínculo com um time chinês, mas o fez um um momento arriscado. Afinal, em janeiro de 2020 o vírus da covid-19 já havia sido detectado na China e a situação sanitária no país levou ao adiamento do início da Superliga para data indefinida. O campeonato começou em julho, mas Dzemaili não entrou em campo e, em outubro, preferiu acertar a sua rescisão contratual.
Em dezembro de 2020, o volante assinou com o Zürich, no intuito de encerrar a sua carreira no clube em que foi revelado. Os planos, dessa vez, deram certo: Dzemaili defendeu o FCZ até maio de 2023, foi homenageado pelas mais de 200 partidas feitas com a camisa branca e azul e ainda levantou a taça da Super League Suíça em 2022. Blerim anunciou sua aposentadoria aos 37 anos.
Sem dúvidas, Dzemaili foi um exemplo de profissional. Ficou conhecido pela raça e pela versatilidade, além de ser um jogador taticamente privilegiado e capaz de marcar belos gols com seu chute calibrado. Pela soma desses fatores, ganhou respeito e afeto por onde passou. Na Itália, em especial, desenvolveu uma relação mais estreita com as torcidas de Napoli e Bologna, clubes em que brilhou mais intensamente. Não à toa, volta e meia tem seus feitos relembrados pelos perfis oficiais dos times.
Blerim Dzemaili
Nascimento: 12 de abril de 1986, em Tetovo, antiga Iugoslávia (atual Macedônia do Norte)
Posição: meio-campista
Clubes: Zürich (2003-07 e 2021-23), Bolton (2007-08), Torino (2008-09), Parma (2009-11), Napoli (2011-14), Galatasaray (2014-15), Genoa (2015-16), Bologna (2016-17 e 2018-20), Montréal Impact (2017) e Shenzhen (2020)
Títulos: Super League Suíça (2006, 2007 e 2022), Copa da Suíça (2005), Coppa Italia (2012 e 2014), Süper Lig (2015), Copa da Turquia (2015) e Supercopa da Turquia (2015)
Seleção suíça: 69 jogos e 10 gols