Ao final de 2010: 10ª colocação
A decepção: Luciano
Mais uma vez, o objetivo do Chievo para a temporada foi cumprido. Pela terceira vez consecutiva, a salvezza foi conseguida e, em 2010-11, com grande tranquilidade. O elenco é bem próximo do que foi formado na última temporada, tendo mudança substancial apenas no comando: Stefano Pioli substituiu Domenico Di Carlo, mas manteve o 4-3-1-2, que deu certo em 2009-10. O esquema tático, com três meias marcadores, protege muito bem a defesa, o grande destaque da campanha dos burros alados. O Chievo terminou a Serie A com o quinto melhor sistema defensivo e pode se orgulhar de não ter sofrido gols em 12 oportunidades.
Duas contratações para esta temporada ajudaram muito na boa performance da retarguarda gialloblù: o volante Gelson Fernandes e o zagueiro Bostjan Cesar chegaram para assumirem a titularidade e o esloveno, além de ser muito importante defensivamente, mostrou presença no ataque: marcou quatro vezes, sendo o terceiro melhor marcador da equipe no campeonato. Além deles, o goleiro Sorrentino foi, novamente, um dos destaques na posição na Serie A e Andreolli, revelado pela Inter, parece ter recolocado sua carreira nos trilhos. Se o sistema defensivo teve desempenho comparável ao de times de alto investimento, o ataque foi muito mal – à exceção do capitão Pellissier, autor de 11 gols – e não marcou um golzinho sequer em 17 partidas do campeonato. O Chievo chegou a empatar oito vezes por 0 a 0, mais do que qualquer outro time na Itália.
Em meio à escassez de bons nomes no ataque, o Chievo conseguiu revelar um bom nome nesta Serie A. O guineense Constant, contratado junto ao Châteauroux, da segundona francesa, foi objeto de um bom trabalho de prospecção do clube e deve render lucro com uma venda neste ou no próximo mercado de transferências. Com baixo orçamento, o Chievo não pode sonhar tão alto, mas tem conseguido estabilidade, com a base formada há três anos. O início da temporada 2011-12 marcará um novo desafio para os gialloblù, com mais uma troca no comando. O clube e Pioli decidiram, consensualmente, pela não renovação do contrato e o treinador acertou com o Palermo. Para substitui-lo, fala-se em Eugenio Corini, ex-jogador do clube, Rolando Maran (Vicenza) e até mesmo de um retorno de Domenico Di Carlo.