Coppa Italia

Coppa Italia: review das quartas de final

Sempre Gervinho: o marfinense é destaque da Roma em 2013-14


Nesta semana e na semana passada, a Coppa Italia teve a fase de quartas de final, na qual alguns duelos importantes aconteceram, e nem sempre os favoritos se deram bem. Na verdade, com exceção da Roma, que tem 9 títulos e é a maior vencedora do torneio, e da Fiorentina, que acumula 6 títulos, alguns times terão a chance de somar uma taça a um currículo pouco brilhante. São os casos do Napoli, que levantou o caneco quatro vezes, e da Udinese, que nunca venceu a competição – tem apenas um vice-campeonato. Nas semifinais, a tarefa será complicada para ambos os times: o time de Údinese enfrenta a Fiorentina, enquanto napolitanos e romanos farão um duro duelo.

Roma 1-0 Juventus

Gervinho 79′

Vingança giallorossa. Contra a Juventus o time de Garcia perdeu sua invencibilidade na temporada, mas no Olímpico os jogadores de Conte não foram páreos para uma Roma pragmática, que controlou o jogo em casa, não apresentou muito volume de jogo, porém não cedeu espaços atrás e garantiu vaga na semifinal em jogada com seus principais destaques na temporada, Strootman e Gervinho. No confronto entre as duas maiores vencedoras da copa, com 9 títulos cada, levou quem valorizou mais o jogo.

Com a bola rolando, a Roma enfrentou novamente uma Juventus marcando mais baixo, recuando os alas e sem oferecer espaços entre linhas e à espera de um contra-ataque que nunca houve, já que o dia ruim de Giovinco e Quagliarella não permitiu. Ainda assim o time da casa conseguiu criar oportunidades e cinco das nove finalizações saíram na primeira etapa, mas todas para fora. No segundo tempo o ritmo de jogo diminuiu com uma Roma mais presa após susto logo no início, quando Peluso balançou as redes, porém de forma inválida, ao aproveitar cruzamento que havia saído pela linha de fundo. Sem um único chute em 70 minutos, a Juventus esboçou reação a partir de então, mas sem fazer De Sanctis sujar a camisa. Quando tudo parecia se encaminhar para a prorrogação, Strootman descolou boa jogada pela esquerda e cruzou para Gervinho escorar e marcar o único gol do jogo.

Roma (4-3-3): De Sanctis; Maicon, Benatia, Leandro Castán, Torosidis; Nainggolan, De Rossi, Strootman; Florenzi (Pjanic 75′), Totti (Ljajic 83′), Gervinho. T: Garcia

Juventus (3-5-2): Storari; Barzagli, Bonucci, Chiellini (Ogbonna 45′); Isla, Vidal, Pirlo, Marchisio, Peluso (Tevez 81′); Quagliarella, Giovinco (Llorente 77′). T: Conte

Árbitro: Paolo Tagliavento

Napoli 1-0 Lazio

Higuaín 82′

No confronto entre os dois últimos campeões da Coppa Italia, melhor para os napolitanos. O time de Benítez, que não poupou titulares, não mostrou seu melhor futebol, mas contou com o oportunismo de Higuaín para garantir uma vaga na semifinal. Em campo, contra uma Lazio cheia de jogadores reservas, o Napoli teve dificuldades para mostrar volume de jogo, apesar da ampla vantagem na posse de bola. Por sua vez, a Lazio iniciou o jogo com alguma agressividade e boa recomposição atrás, mas sem criar uma única jogada, com exibições apáticas dos jovens Onazi, Felipe Anderson, Keita e Perea, além do cansaço da defesa, se tornou suscetível a contra-ataques.

Costumeiramente participativo, Higuaín foi pouco visto em campo, muito por conta da falta de ocasiões criadas e o mau momento de Hamsík, que ainda não encontrou sua melhor forma desde que voltou de lesão. Embora tenha se movimentado bastante, Insigne também foi incapaz de levar perigo e teve muitos erros, irritando o torcedor napolitano e que gerou vaias ao ser substituído – prontamente retrucadas pelo jovem. O melhor do quarteto ofensivo, Callejón, incomodou e foi quem mais deu passes para finalizações – inclusive o do gol de Higuaín, que jogou o corpo na frente da bola para aproveitar chute cruzado, que bateu em sua perna e entrou. O maior destaque foi Jorginho, estreando como titular, e sendo o jogador mais criativo do time enquanto esteve em campo, formando boa dupla com Inler, o jogador com mais passes e toques nos 90 minutos.

Napoli (4-2-3-1): Reina; Maggio, Fernández, Albiol, Réveillère; Jorginho (Dzemaili 91′), Inler; Callejón, Hamsík (Pandev 76′), Insigne (Mertens 68′); Higuaín. T: Benítez

Lazio (3-4-3): Berisha; Ciani, Novaretti, André Dias (Biava 72′); Konko (Cavanda 34′), Onazi (González 45′), Ledesma, Lulic; Felipe Anderson, Perea, Keita. T: Reja

Árbitro: Luca Banti

Milan 1-2 Udinese

Balotelli 6′, Muriel 41′, López 77′

Na primeira derrota com Seedorf no comando, o Milan repetiu a Inter e caiu para a pior Udinese da era Guidolin. Com muitos problemas defensivos, a exemplo da pouca compactação, insegurança da defesa e problemas com contra-ataques, problemas antigos do time de Allegri que Seedorf ainda tenta corrigir, o Diavolo perdeu a única chance plausível de título no ano. Vestida à caráter, a zebra mais uma vez assombrou Milão e garantiu importante vaga na semifinal para uma Udinese desacreditada e brigando contra rebaixamento na Serie A.

Em campo, o Milan começou com bom ritmo e abriu o placar logo aos seis minutos, quando Kaká lançou Birsa na ponta direita. O esloveno cruzou, Robinho desviou e Balotelli abriu o marcador. O gol que saiu cedo, porém, fez os rossoneri diminuírem o ritmo, com o trio Birsa-Kaká-Robinho muito omisso e isolando Balotelli, que brigava com três zagueiros para ganhar as bolas longas (ao todo foram absurdas 114 bolas longas). A Udinese, por sua vez, fez seu jogo típico, se postando bem atrás e saindo em velocidade nos contra-ataques, especialmente com Gabriel Silva, Badu e Fernandes. Pela direita saiu o lance que originou o gol de empate, quando Badu foi derrubado por Emanuelson na área. Muriel converteu o pênalti. Na segunda etapa, a mesma história: Milan improdutivo com a bola e Udinese contra-atacando. Assim surgiu o gol da virada, em jogada que começou com roubada de bola e passou pela individualidade de Nico López, que limpou os marcadores e chutou no canto. O Milan mexeu e tentou reagir, mas já era tarde para evitar o fracasso.

Milan (4-2-3-1): Abbiati; De Sciglio, Zapata (Mexès 36′), Rami, Emanuelson (Abate 87′); Nocerino (Honda 82′), De Jong; Birsa, Kaká, Robinho; Balotelli. T: Seedorf

Udinese (3-5-1-1): Brkic; Heurtaux, Danilo, Domizzi; Widmer, Badu, Allan, Lazzarri (Pinzi 94′), Gabriel Silva; Bruno Fernandes (Pereyra 69′); Muriel (Nico López 74′). T: Guidolin

Árbitro: Marco Guida

Fiorentina 2-1 Siena

Ilicic 20′, Giacomazzi 59′, Compper 75′

Se o dérbi toscano não foi possível na Serie A, ao menos os rivais Fiorentina e Siena se enfrentaram na Coppa Italia. Melhor para os florentinos, amplamente superiores nos 90 minutos, com larga vantagem na posse de bola e mais chances criadas. Apesar disso, o time de Montella não apresentou muito volume de jogo e pouco forçou durante a partida. A baixa foram as lesões de Borja Valero e Ilicic, este destaque no jogo, com um gol e uma assistência.

No Artemio Franchi de Florença, os viola mostraram superioridade desde os primeiros minutos e abriram o placar aos 19. Ilicic aproveitou a lentidão de Giacomazzi e o erro bizarro de Dellafiore para ajeitar e vencer Farelli. Tímido no ataque, o Siena não conseguiu repetir as últimas atuações na Coppa, quando já eliminara Livorno, Bologna e Catania, e apenas o jovem Giannetti, destaque na Serie B, levou algum perigo, criando boas jogadas, especialmente no segundo tempo. Na segunda etapa, mais do mesmo, até o Siena empatar em bola aérea, com Giacomazzi aproveitando cruzamento de Valiani no primeiro pau. Mas também na bola aérea veio o gol da vitória da Fiorentina e Compper cabeceou firme em escanteio de Ilicic. Pizarro e Joaquín ainda acertaram a trave e Rosina obrigou Neto a fazer grande defesa, porém o placar não se mexeu. A atuação senese, porém, deve servir de incentivo para a continuidade na Serie B, competição da qual o time luta para sair.

Fiorentina (4-3-3): Neto; Roncaglia, Gonzalo Rodríguez, Compper, Pasqual (Vargas 71′); Matías Fernández, Aquilani, Borja Valero (Pizarro 55′); Cuadrado, Ilicic (Ryder 79′), Joaquín. T: Montella

Siena (3-4-2-1): Farelli; Matheu (Belmonte 82′), Giacomazzi, Dellafiore; Ângelo, Pulzetti, Valiani, Feddal; Rosina, Giannetti (Plasmati 74′); Paolucci (Rossetti 59′). T: Beretta

Árbitro: Piero Giacomelli

Semifinais (ida: 4 e 5/2; volta: 11 e 12/2)

Udinese x Fiorentina

Roma x Napoli

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