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Top 100 Serie A: 90-81

No início da semana, começamos a listar os 100 melhores jogadores dos últimos 50 anos de Serie A. É hora da segunda parte do nosso ranking, com mais 10 figurinhas. Confira!

>>> Parte 1: Top 100 Serie A – 100-91

90º – Paul Pogba

Posição: meio-campista
Clubes na Serie A: Juventus (2012-hoje)

A idade é pouca, mas o futebol é gigante. Um dos meio-campistas mais completos e classudos do futebol atual, o francês de 23 anos chegou de graça à Juventus (em jogada de mestre da diretoria) e não demorou para se tornar um dos donos do time. Do histórico pentacampeonato da Velha Senhora, Pogba só não participou do primeiro dos scudetti e foi fundamental na conquista dos últimos três, decidindo partidas com personalidade acima da média, gols e assistências. Embora ainda tenha muito a evoluir e tenha recém-saído da adolescência, o vice-campeão europeu (com a seleção e com a Juve) já entrou para a história da Serie A.

89º – Edinson Cavani

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Palermo (2007-10) e Napoli (2010-13)

O uruguaio chegou à Itália pelas mãos do diretor Rino Foschi, que fez de tudo para levá-lo ao Palermo. Estreou com um golaço contra a Fiorentina, mas começou a ser utilizado como ponta-esquerda, caiu de rendimento e quase foi embora. Quando voltou a atuar centralizado, desandou a marcar e foi negociado com o Napoli por 17 milhões de euros. Por lá, em ótima parceria com Ezequiel Lavezzi e Marek Hamsík, levou a equipe de volta à Liga dos Campeões. Confirmou-se artilheiro e viu até torcedores fundarem o “cavanismo”, uma religião para idolatrá-lo. Só ele e Diego Maradona, afinal, foram artilheiros da Serie A pelo time partenopeu. Cavani custou 64 milhões de euros ao Paris Saint-Germain. Pelo Palermo, foram 37 gols em 117 jogos; no Napoli, marcou 104 vezes em 138 partidas.

88º – Giuseppe Giannini

Posição: meio-campista
Clubes na Serie A: Roma (1981-96), Napoli (1997-98) e Lecce (1998-99)

É o ídolo de Francesco Totti, que, no início da carreira, sempre o citava como referência. Chamado de príncipe graças à elegância com a bola, Giannini substituiu Paulo Roberto Falcão no decorrer da temporada 1984-85 e enfrentou tempos difíceis, de poucos investimentos. Capitão e queridinho dos torcedores, fazia grandes jogadas e distribuía belas assistências, mas foi um dos responsáveis pelo péssimo ambiente do clube no início da década de 1990 e ficou conhecido pelas desavenças com Renato Gaúcho, que até hoje culpa Giannini por sua passagem ridícula pela Itália. Venceu a Copa da Itália três vezes e deixou a capital aos 32 anos, desmotivado por sempre ser ator principal num grupo de coadjuvantes. Disputou 436 partidas e marcou 75 gols pela Roma. Quando saiu, abriu espaço para o surgimento de outro camisa 10: justamente Francesco Totti.

87º – Giacomo Bulgarelli

Posição: meio-campista e líbero
Clube na Serie A: Bologna (1959-75)

Em 12 de fevereiro de 2009, quando morreu Giacomo Bulgarelli, a cidade de Bolonha declarou luto oficial pela primeira vez devido ao falecimento de um esportista. E isso resume perfeitamente o que significaram as 16 temporadas do meio-campista no time local, passagem que só não foi maior por causa do excesso de lesões no joelho no fim da carreira. No período, Bulgarelli recusou propostas do Milan e da Roma. Como capitão e principal jogador do Bologna, ele levantou duas Copas da Itália e uma Serie A, os últimos títulos do clube até hoje. Marcou 56 gols em 490 jogos. Fora de campo, ficou conhecido como um dos melhores amigos do cineasta Pier Paolo Pasolini.

86º – Roberto Donadoni

Posição: meio-campista
Clubes na Serie A: Atalanta (1983-86) e Milan (1986-96 e 1997-99)

Versátil, rápido, tático e cerebral, Donadoni fazia o papel do tal “jogador moderno” numa época em que o tema nem era discutido: sabia jogar como ponta-esquerda e volante criador de jogadas. Foi ele o maior fruto das categorias de base da Atalanta, que desde então ganhou fama de revelar craques. Quando jovem, Donadoni funcionou como coadjuvante de luxo para que jogadores como Gullit e van Basten brilhassem no Milan. No meio da carreira, foi fundamental na conquista da Liga dos Campeões de 1994. E, antes de tentar a vida nos Estados Unidos e na Arábia Saudita, honrou o papel de reserva de luxo. Em San Siro, somou 390 jogos, 18 títulos e os bilhetes para jogar duas Copas do Mundo.

85º – Luca Toni

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Vicenza (2000-01), Brescia (2001-03), Palermo (2004-05), Fiorentina (2005-07 e 2012-13), Roma (2010), Genoa (2010-11), Juventus (2011-12) e Verona (2013-16)

Provavelmente o jogador de técnica mais limitada na lista dos 100 maiores do último meio século de Serie A, o centroavante só estreou na primeira divisão aos 24 anos. Toni ainda passou um tempo na Alemanha e outro nos Emirados Árabes Unidos, mas, ainda assim, é o 18º maior artilheiro da história da liga – à frente de gente como Hernán Crespo, Pippo Inzaghi e Roberto Boninsegna nesta temporada. Seus 157 gols foram marcados com oito camisas diferentes e renderam o título de maior artilheiro do país em 2006 e em 2014 – além de maior goleador da história do Hellas Verona. Efetivo também na função de pivô, Toni acumulou assistências nos seus melhores anos. Nunca conseguiu vencer a Serie A, mas ao menos comemorou a Copa do Mundo de 2006, na qual jogou seis das sete partidas.

84º – Rui Costa

Posição: meio-campista
Clubes na Serie A: Fiorentina (1994-2001) e Milan (2001-06)

Aprovado em uma peneira por Eusébio, maior jogador português antes de Cristiano Ronaldo, Rui Costa brilhou pelo Benfica por três anos até ser vendido para a Fiorentina. Saiu a contragosto, para ajudar a sanar problemas financeiros do time lisboeta, mas logo se apegou ao papel de ídolo. Ao lado de Gabriel Batistuta, o meia deu show nas últimas taças violas, as Copas de 1996 e 2001. Por 35 milhões de euros, deixou Florença com 50 gols em 276 jogos para jogar no Milan, onde se destacou mais pelas assistências: foram 65 em cinco anos, mesmo eclipsado nos últimos dois pelo crescimento meteórico de Kaká e por uma sucessão de lesões. Em Milão, disputou 192 partidas, marcou 11 vezes e levantou cinco troféus como protagonista.

83º – Ciro Ferrara

Posição: zagueiro
Clubes na Serie A: Napoli (1984-94) e Juventus (1994-2005)

Torcedor do Napoli, Ferrara estreou no time profissional com apenas 18 anos, na mesma temporada em que Maradona chegava à equipe. Sorte dele, que se tornaria grande amigo de um dos maiores jogadores do mundo e ainda seria protagonista daquele Napoli vencedor no fim da década de 1980. No sul, foram dois títulos italianos e duas temporadas como capitão antes da polêmica transferência para a Juventus, onde, sob o comando de Marcello Lippi, logo se tornou pilar de um dos times mais vitoriosos da Itália, formando zaga com nomes como Paolo Montero, Pietro Vierchowod e Lilian Thuram. Somando as duas equipes, disputou 680 jogos oficiais, marcou 35 gols e conquistou 19 títulos.

82º – Daniele De Rossi

Posição: meio-campista
Clubes na Serie A: Roma (2001-hoje)

Hoje com 32 anos, o meia que se profissionalizou na Roma com a alcunha de “capitão futuro” ainda não herdou a faixa de Totti, mas já entrou em campo 488 vezes pelo time do coração, pelo qual marcou 51 gols. Em constante atrito com diretoria e técnicos durante boa parte da carreira, por causa de problemas pessoais, De Rossi só decidiu ficar de vez na capital em 2013, convencido por Rudi Garcia. Antes disso, teve propostas de gigantes como Real Madrid e Manchester United. Ele viveu os melhores momentos da carreira como cão de guarda e nesta função virou nome essencial da seleção italiana, a qual defendeu em 100 partidas. Jamais campeão da Serie A, foi vice em sete oportunidades.

81º – Carlos Tévez

Posição: atacante
Clube na Serie A: Juventus (2013-15)

Em apenas dois anos na Itália, Tévez colocou seu nome entre os principais jogadores a terem passado pelo campeonato local. O argentino foi contratado aos 29 anos para herdar a 10 de Alessandro Del Piero e fazer a Juventus brigar mais forte na Liga dos Campeões. Com muita habilidade, experiência, passes e gols decisivos, Carlitos foi, por duas temporadas, o principal craque da Serie A, e o grande responsável pelos dois últimos títulos do tetracampeonato consecutivo da Velha Senhora. Em solo europeu, fez a Juve voltar a disputar uma final de Champions após 11 anos e ajudou o futebol italiano a recuperar parte de seu prestígio internacional. O Apache se despediu para voltar ao Boca Juniors e encerrou sua passagem com 96 jogos e 50 gols pela Juve, uma média de mais de um gol a cada dois jogos.

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