Serie A

Balanço de inverno, parte 1: a zona de rebaixamento e o meio da tabela da Serie A 2017-18

Demorou mais do que o habitual, mas o nosso tradicional balanço de inverno está de volta. O Campeonato Italiano não deu folga para as equipes e os torcedores nas festas de final de ano, mas fica parado por duas semanas, para que todos recuperem as energias.

Com a pausa nas atividades, trazemos um resumo sobre o que as 20 equipes produziram nas primeira metade da Serie A 2017-18 e uma projeção do que vem por aí. Nosso especial está dividido em duas partes, com 10 times cada uma: começamos com as equipes localizadas da 20ª à 11ª posição e, no próximo texto, falaremos sobre o restante. Boa leitura!

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Benevento

20ª posição. 20 jogos, 7 pontos. 2 vitórias, 1 empate, 17 derrotas. 13 gols marcados, 43 sofridos.
Maior sequência positiva: dois jogos sem perder
Maior sequência negativa: 18 jogos sem vencer
Time-base: Belec (Brignoli); Venuti, Djimsiti (Lucioni), Costa, Letizia (Di Chiara); Memushaj, Cataldi, Chibsah; Ciciretti, Coda (Puscas), D’Alessandro (Lombardi).
Treinadores: Marco Baroni (até a 9ª rodada) e Roberto De Zerbi (desde então)
Destaque: Amato Ciciretti, meia-atacante
Artilheiro: Massimo Coda, com 3 gols
Garçom: Danilo Cataldi, com 2 assistências
Decepção: Cristiano Lombardi, atacante
Expectativa: Não ser rebaixado

Começamos com o time que teve o pior desempenho em um primeiro turno na história do Campeonato Italiano. O estreante Benevento chegou à elite como se fosse um aluno tímido encarando uma turma de marmanjos territorialistas em sua nova escola: apanhou muito até entender quem manda de verdade e como as coisas funcionam. Resultados como goleadas clamorosas para Napoli, Roma e Lazio foram habituais no início da trajetória dos bruxos na Serie A e acarretaram em uma baixíssima pontuação: apenas quatro pontos após a 19ª rodada e sete até a pausa de inverno.

O despreparo do Benevento para a nova realidade fica claro quando se sabe que nenhum time utilizou mais atletas no campeonato do que os giallorossi – 30, até agora. As quedas do técnico Marco Baroni e do diretor esportivo Salvatore Di Somma também ajudam a entender o contexto, e é inegável que a chegada de Roberto De Zerbi melhorou o nível de atuações da equipe. O treinador tem conseguido fazer o Benevento ser menos dependente de Ciciretti, que encontra dificuldades em ter sequência por conta de problemas físicos, e o crescimento do time na reta final de 2017 ficou nítido. Embora as duas vitórias consecutivas sugiram uma reação, reverter o panorama atual do time demandará um esforço hercúleo e será um milagre. Algo tão improvável quanto empatar com o Milan com um gol de goleiro nos acréscimos do segundo tempo.

Verona

19ª posição. 20 jogos, 13 pontos. 3 vitórias, 4 empates, 13 derrotas. 18 gols marcados, 41 sofridos.
Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, duas vezes
Maior sequência negativa: sete jogos sem vencer
Time-base: Nícolas; Cáceres, Caracciolo, Heurtaux, Fares (Souprayen); Rômulo, B. Zuculini (Büchel), Daniel Bessa; Cerci, Pazzini (Kean), Verde.
Treinador: Fabio Pecchia
Destaque: Giampaolo Pazzini, atacante
Artilheiro: Giampaolo Pazzini, com 4 gols
Garçons: Rômulo e Daniele Verde, com 2 assistências
Decepção: Alessio Cerci, atacante
Expectativa: Não ser rebaixado

Vice-campeão da última Serie B, o Verona retornou à elite com um elenco melhor do que o dos outros caçulas e com qualidade equivalente até mesmo aos de outros times da primeira divisão. Apesar disso, a campanha dos scaligeri é parecida com a de seu rebaixamento mais recente, em 2016. Naquela ocasião, o Hellas caiu mesmo tendo um grupo de jogadores razoável, principalmente por não ter conseguido se acertar taticamente até mais da metade do campeonato – só venceu a primeira na 23ª rodada, por exemplo. O Verona 2017-18 também começou mal, levando sapatadas de Napoli, Fiorentina, Roma e Lazio, mas enxerga uma luz no fim do túnel.

Alternando entre os esquemas 4-4-2 e 4-3-3, a equipe de Pecchia tem crescido no campeonato, embora raramente tenha obtido resultados favoráveis. O Verona dificultou partidas contra Inter e Juventus, por exemplo, mas ainda tem vencido pouco e não emenda sequências positivas – o ponto alto da campanha foi a vitória tranquila sobre o Milan, na 17ª rodada. Os mastini contam com bons valores, como Nícolas, Heurtaux, Fares, Bessa, Rômulo, Verde, Kean e Pazzini, mas precisarão contornar a saída do polivalente Cáceres – negociado com a Lazio – e ainda aguardam um melhor futebol apresentado por Cerci. Escapar da segundona é um objetivo factível.

Crotone

18ª posição. 20 jogos, 15 pontos. 4 vitórias, 3 empates, 13 derrotas. 13 gols marcados, 38 sofridos.
Maior sequência positiva: três jogos sem perder
Maior sequência negativa: cinco jogos sem vencer
Time-base: Cordaz; Sampirisi, Ajeti, Ceccherini, Martella; Rohdén, Barberis, Mandragora, Stoian; Budimir, Trotta.
Treinadores: Davide Nicola (até a 15ª rodada) e Walter Zenga (desde então)
Destaque: Alex Cordaz, goleiro
Artilheiro: Ante Budimir, com 4 gols
Garçons: Adrian Stoian e Marcello Trotta, com 2 assistências
Decepção: Mariano Izco, meia
Expectativa: Não ser rebaixado

Por incrível que pareça, o Crotone tem um aproveitamento melhor nesta temporada no que na de sua campanha de estreia na Serie A. Enquanto a equipe rossoblù tinha média de apenas 0,53 ponto por jogo na pausa invernal de 2016-17, agora tem desempenho levemente superior, com 0,75 por partida. Para escaparem do rebaixamento, porém, os pitagóricos precisarão fazer os números dizerem outra coisa de agora em diante: assim como na última edição do Campeonato Italiano, apenas um ótimo segundo turno salvará os comandados de Zenga da degola.

O Crotone tem o pior ataque da Serie A, ao lado de Benevento e Sassuolo, e a terceira pior defesa da competição. Se o goleiro Cordaz tem feito ótimas exibições para manter a equipe viva, o baixo nível técnico do elenco se faz sentir: o Crotone é o time que menos troca passes em toda a Itália e também é o que mais erra – o aproveitamento é inferior a 70%. Mandragora é um oásis no meio-campo da equipe calabresa e fica complicado somar pontos se a bola chega quadrada em Budimir e Trotta, dois jogadores que não tem um histórico tão marcante como goleadores. Os tubarões permaneceram na elite em 2016-17 principalmente por causa dos 13 gols de Falcinelli, mas é improvável que seus atacantes consigam ser tão decisivos neste segundo turno.

Spal

17ª posição. 20 jogos, 15 pontos. 3 vitórias, 6 empates, 11 derrotas. 21 gols marcados, 38 sofridos.
Maior sequência positiva: três jogos sem perder, duas vezes
Maior sequência negativa: oito jogos sem vencer
Time-base: Gomis; Salamon, Vicari, Felipe; Lazzari, Schiattarella, Viviani, Mora (Grassi), Mattiello; Paloschi, Antenucci (Borriello).
Treinador: Leonardo Semplici
Destaque: Mirco Antenucci, atacante
Artilheiro: Mirco Antenucci, com 6 gols
Garçom: Mirco Antenucci, com 3 assistências
Decepção: Marco Borriello, atacante
Expectativa: Não ser rebaixada

Entre as equipes que vieram da Serie B, é a campeã que tem feito as melhores exibições. A Spal não se mostrou intimidada pelas cinco décadas de ausência e estreou arrancando um pontinho da Lazio em pleno Olímpico. Desde então, o caminho dos spallini tem sido tortuoso, mas pincelado por algumas boas exibições coletivas e individuais: se a equipe não conseguiu nenhum resultado marcante, impôs dificuldades aos times do topo da tabela e tem contado com a boa forma do goleiro Gomis, do regista Viviani e do veterano atacante Antenucci.

O arqueiro senegalês estreou na Serie A apenas porque Meret, antigo titular e convocado para a seleção italiana, não estava bem fisicamente. Conseguiu tomar a posição e tem atuado com solidez, ainda que o  esquema 3-5-2 de Semplici não esteja sendo tão eficiente quanto na segundona. Viviani e Mora dão o ritmo do jogo dos estensi, que (embora estejam na 17ª posição) têm o terceiro melhor ataque da parte da baixa da tabela. Enquanto o experiente Antenucci faz sua melhor temporada na primeira divisão, Paloschi vai recuperando parte da boa forma e apenas Borriello decepciona: autor de 16 gols pelo Cagliari no último campeonato, só anotou um até agora. Se o ataque continuar rendendo bem e a equipe melhorar seu desempenho fora de casa, a Spal sai na frente na disputa com Verona e Crotone, que já está acirrada.

Cagliari

16ª posição. 20 jogos, 20 pontos. 6 vitórias, 2 empates, 12 derrotas. 18 gols marcados, 31 sofridos.
Maior sequência positiva: dois jogos sem perder, três vezes
Maior sequência negativa: cinco jogos sem vencer, duas vezes
Time-base: Cragno (Rafael); Romagna, Andreolli, Pisacane; Faragò, Ionita, Cigarini, Barella, Padoin; Pavoletti, João Pedro (Diego Farias).
Treinadores: Massimo Rastelli (até a 8ª rodada) e Diego López (desde então)
Destaque: Nicolò Barella, meio-campista
Artilheiros: João Pedro e Leonardo Pavoletti, com 5 gols
Garçons: Paolo Faragò e Diego Farias, com 3 assistências
Decepção: Marco Sau, atacante
Expectativa: Meio da tabela

Desde que Tommaso Giulini adquiriu o Cagliari, em 2014, a equipe vive certa crise de identidade. Contrata relativamente bem, tem jogadores talentosos em seu plantel, mas nunca tem um treinador à altura e acaba flertando com a segunda metade da tabela. Assim como em outros anos, dificilmente a equipe sarda vai brigar contra o rebaixamento, mas também não ameaçará as equipes em melhor posição.

A equipe da Sardenha começou esta Serie A rendendo bem menos do que o esperado, mas a troca do desgastado Rastelli por Diego López surtiu efeito. O uruguaio consertou a defesa e apostou em um 3-5-2 mais conservador, que deve ser suficiente para que a equipe não corra mais riscos neste campeonato. Como mostram as estatísticas acima, a equipe tem uma boa distribuição de responsabilidades, mas dois jogadores se destacam mais e devem chegar mais valorizados à próxima janela de transferências: o goleiro Cragno e o meia central Barella. O jogador de linha, em especial, é o grande pensador da equipe e pode crescer em condições mais favoráveis.

Sassuolo

15ª posição. 20 jogos, 21 pontos. 6 vitórias, 3 empates, 11 derrotas. 13 gols marcados, 30 sofridos.
Maior sequência positiva: quatro jogos sem perder
Maior sequência negativa: quatro jogos sem vencer
Time-base: Consigli; Lirola, Cannavaro, Acerbi, Peluso; Duncan (Sensi), Magnanelli, Missiroli; Berardi, Falcinelli (Matri), Politano.
Treinadores: Cristian Bucchi (até a 14ª rodada) e Giuseppe Iachini (desde então)
Destaque: Francesco Acerbi, zagueiro
Artilheiros: Alessandro Matri e Matteo Politano, com 3 gols
Garçom: Matteo Politano, com 3 assistências
Decepção: Domenico Berardi, atacante
Expectativa: Não ser rebaixado

A pequena torcida do Sassuolo já estava preparada para enfrentar uma temporada de dificuldades, mas sofreu mais do que o esperado no primeiro turno da Serie A. A saída de Di Francesco seria problemática por si só, mas a diretoria fez uma aposta arriscada e que acabou por não dar certo: inexperiente e protagonista de apenas um trabalho razoável pelo Perugia, Bucchi não resistiu aos maus resultados e foi demitido na 14ª rodada. Longe de ser brilhante, Iachini chegou e melhorou muito a forma da equipe, que se afastou da zona de rebaixamento.

Iachini, porém, ainda não teve tempo de corrigir os maiores problemas dos neroverdi desde as saídas de Di Francesco e com Pellegrini e Defrel – todos contratados pela Roma. Sem o trio, o Sassuolo é vítima da grande queda no número de passes, de finalizações certas e gols marcados, e ficou muito mais dependente das individualidades. Nesta temporada, o time sente a má fase de Berardi e Falcinelli: apenas Politano tem atuado bem, mas a equipe emiliana continua com o pior ataque da Serie A, juntamente a Crotone e Benevento. A defesa, por sua vez, tem se portado bem, graças aos intocáveis Consigli e Acerbi, mas terá de superar a aposentadoria de Paolo Cannavaro, titular em todo o primeiro turno.

Genoa

14ª posição. 20 jogos, 21 pontos. 5 vitórias, 6 empates, 9 derrotas. 16 gols marcados, 22 sofridos.
Maior sequência positiva: quatro jogos sem perder
Maior sequência negativa: sete jogos sem vencer
Time-base: Perin; Izzo (Spolli), Rossettini, Zukanovic; Rosi, Rigoni, Miguel Veloso, Bertolacci, Laxalt; Taarabt, Pandev (Lapadula, Galabinov).
Treinadores: Ivan Juric (até a 12ª rodada) e Davide Ballardini (desde então)
Destaque: Mattia Perin, goleiro
Artilheiro: Andrey Galabinov, com 3 gols
Garçons: Adel Taarabt e Luca Rigoni, com 2 assistências
Decepção: Ricardo Centurión, atacante
Expectativa: Não ser rebaixado

A temporada do Genoa se divide entre antes e depois de Ballardini, que vive sua terceira passagem pelo clube. O atual técnico genovês não enche os olhos de ninguém, mas transformou uma equipe perdida e frágil em uma verdadeira fortaleza: em oito jogos no comando, conseguiu fazer os grifoni não serem vazados em seis. Além disso, o Genoa não sofre gols há quatro jogos – o que não lhe acontecia desde 1964. Grande parte dos méritos ficam para o treinador, que transformou um setor de peças contestáveis, como Rossettini e Zukanovic, em um muro, mas há de se destacar também o goleiro Perin, capitão da equipe e um dos melhores na posição em toda a Serie A.

O pior pode até já ter ficado para trás, mas ainda há pontos importantes a serem corrigido no Genoa. A defesa funciona bem, mas o ataque é extremamente improdutivo. Ballardini tem apostado em jogadores de movimentação, como Taarabt e Pandev, mas não dá para contar sempre com contra-ataques, esperando que todas as partidas terminem em 0 a 0 ou 1 a 0. O elenco conta com Lapadula como uma opção de mais presença na área e, no segundo turno, Pepito Rossi, de volta à forma física, deve ganhar mais minutos em campo. Cabe ao treinador inclui-los no time de uma forma inteligente, pois a dupla tem qualidade para fazer a diferença.

Chievo

13ª posição. 20 jogos, 22 pontos. 5 vitórias, 7 empates, 8 derrotas. 20 gols marcados, 32 sofridos.
Maior sequência positiva: seis jogos sem perder
Maior sequência negativa: seis jogos sem vencer
Time-base: Sorrentino; Cacciatore, Tomovic (Daineli), Gamberini, Gobbi; Castro (Bastien), Radovanovic, Hetemaj; Birsa; Pucciarelli (Pellissier, Meggiorini), Inglese.
Treinador: Rolando Maran
Destaque: Roberto Inglese, atacante
Artilheiro: Roberto Inglese, com 7 gols
Garçons: Fabrizio Cacciatore e Perparim Hetemaj, com 2 assistências
Decepção: Valter Birsa, meia
Expectativa: Meio da tabela

No campeonato da irrelevância, o Chievo continua líder. Sempre no meio da tabela, a equipe vêneta continua fazendo um campeonato à parte, em que raramente ameaça quem está em cima e não se incomoda muito com a parte de baixo da tabela. Dessa vez, porém, embora o seu lugar na tabela permaneça inalterado, a equipe de Maran apresenta resultados mais irregulares: leva 5 a 0 da Inter e perde do Benevento, mas consegue segurar Napoli e Roma e vence o dérbi com o Verona. Esta discrepância é incomum para os clivensi.

O Chievo chegou à pausa de inverno em fase negativa, com um jejum de seis jogos sem vitórias e baixo número de gols marcados. Artilheiro do time, Inglese continua colocando suas bolas na rede, mas está mais isolado, já que Meggiorini, Pucciarelli e até o veterano Pellissier (que decidiu o clássico contra o Verona) estão contribuindo pouco. Até mesmo o sempre constante Birsa está menos produtivo: só tem uma assistência e dois gols na temporada. Se o esloveno não tem se valido da regularidade na criação, os experientes Sorrentino e Cacciatore mantêm a forma e seguram a barra na defesa.

Bologna

12ª posição. 20 jogos, 24 pontos. 7 vitórias, 3 empates, 10 derrotas. 23 gols marcados, 30 sofridos.
Maior sequência positiva: quatro jogos sem perder
Maior sequência negativa: quatro jogos sem vencer
Time-base: Mirante; Mbaye (Krafth), Helander, González, Masina; Poli, Pulgar, Donsah; Verdi, Destro, Palacio (Di Francesco).
Treinador: Roberto Donadoni
Destaque: Simone Verdi, atacante
Artilheiro: Simone Verdi, com 6 gols
Garçom: Simone Verdi, com 3 assistências
Decepção: Felipe Avenatti, atacante
Expectativa: Meio da tabela

Assim como Chievo e Cagliari, o Bologna é um dos times que começam a temporada destinados ao meio da tabela. Sob o comando de Donadoni, o time rossoblù teve o melhor início de campeonato desde 2001-02, mas depois acabou caindo de produção. Entre os 20 primeiros jogos da temporada felsinea, destacam-se o empate por 1 a 1 com a Inter e a ótima vitória por 3 a 0 sobre a Sampdoria.

Em seus dois primeiros anos de Bologna, Donadoni costumava mexer bastante na escalação do time, mas dessa vez apostou em uma base mais fixa: o trio de meio-campistas, por exemplo, é praticamente intocável, o que não acontecia antes em seu trabalho. Se Mirante é o grande destaque do setor defensivo, o ataque tem funcionado bem, embora Krejci não renda como em 2016-17 e Di Francesco tenha passado meses lesionado. Palacio foi um bom reforço para o time e Destro está atuando com menos pressão, mas o principal nome do time é Verdi. O jovem ambidestro criado na base do Milan e aperfeiçoado por Sarri é um dos grandes meia-atacantes do campeonato e deve acabar deixando a Emília-Romanha em janeiro. Um baque para a equipe, mas que não deve ameaçar sua permanência na elite.

Milan

11ª posição. 20 jogos, 28 pontos. 8 vitórias, 4 empates, 8 derrotas. 25 gols marcados, 27 sofridos.
Maior sequência positiva: três jogos sem perder
Maior sequência negativa: quatro jogos sem vencer
Time-base: Donnarumma; Calabria (Abate, Musacchio), Bonucci, Romagnoli, Rodríguez; Kessié, Biglia (Montolivo), Bonaventura (Çalhanoglu); Suso, Kalinic, Borini.
Treinadores: Vincenzo Montella (até a 14ª rodada) e Gennaro Gattuso (desde então)
Destaque: Suso, atacante
Artilheiro: Suso, com 5 gols
Garçom: Suso, com 3 assistências
Decepção: Leonardo Bonucci, zagueiro
Expectativa: Vaga em competição europeia

Com 28 pontos, o Milan está empatado com outras quatro equipes, mas aparece em 11º pelos critérios de desempate: tem saldo de gols pior do que os de Udinese, Fiorentina e Torino. Este, aliás, é um bom indicativo do quão frustrante é a temporada milanista na Serie A. Imaginar que os milhões de euros investidos por Yonghong Li mudariam o patamar da equipe instantaneamente não seria razoável, mas ainda mais insólita é a situação atual da equipe, que chega em 2018 na metade da tabela, 12 pontos distante da zona Champions League e com saldo negativo. Principalmente depois que a diretoria manteve Donnarumma e contratou Bonucci, Kalinic e André Silva: enquanto o goleiro segue envolto em uma situação contratual conflituosa, que atrapalha seu rendimento, o trio de reforços decepciona.

A confusão societária atinge diretamente a equipe, que não encantou com Montella e também não decolou com a garra de Gattuso. A equipe eliminou a Inter nas quartas de final da Coppa Italia e avançou na Liga Europa, mas também cedeu empate para o Benevento, perdeu para o Rijeka e só venceu duas vezes em casa pela Serie A desde a troca no comando. Dessa forma, o Milan entra na segunda parte da temporada com os mesmos problemas de anos anteriores e tendo como destaques dois jogadores que já estavam no time antes da chegada do mundaréu de reforços: Suso e Bonaventura. A torcida espera que um maior aproveitamento do jovem Cutrone e a volta de Conti, que se lesionou gravemente no início de 2017-18, façam a equipe ser mais competitiva, pelo menos.

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