Com direito a Derby d’Italia entre Inter e Juventus, as semifinais da Coppa Italia começaram quentes – e com os visitantes conseguindo melhores resultados nas partidas de ida. Na terça, o clássico entre os nerazzurri e os bianconeri teve todos os seus gols no primeiro tempo e, embora a Beneamata tenha jogado melhor, a Velha Senhora conseguiu triunfar de virada, por 2 a 1, e levou uma expressiva vantagem para Turim. No dia seguinte, Napoli e Atalanta empataram sem gols, mas a Dea mostrou futebol muito superior e parece favorita à vaga na decisão. Os duelos de volta ocorrem na semana que vem.
Inter 1-2 Juventus
Gols e assistências: Martínez (Barella); Ronaldo (pênalti) e Ronaldo
Meio caminho andado. No esperado confronto entre as duas maiores torcidas do país, que se enfrentaram pela vaga na final da Coppa Italia em um dérbi que leva o nome do país, a Velha Senhora se aproximou da decisão. Jogando fora de casa, a Juve saiu em desvantagem, mas contou com Cristiano Ronaldo: em menos 10 minutos, o português reverteu o marcador e anotou duas vezes para dar a vantagem aos bianconeri no confronto de volta.
Com alguns jogadores poupados – Szczesny, Danilo, Bonucci, Chiellini, Chisa e Morata –, a Juventus manteve força dentro das quatro linhas ante uma Inter que, à exceção dos suspensos Hakimi e Lukaku, foi a campo com o melhor que Conte tinha à disposição. Os donos da casa tiveram um bom início de jogo e abriram o placar logo aos 9 minutos, quando Barella cruzou, Lautaro se antecipou a De Ligt e, de primeira, venceu Buffon.
No entanto, os nerazzurri foram perdendo o controle da partida ao longo dos 45 minutos iniciais. A Juve passou a ter a posse de bola e golpeou duas vezes com Ronaldo, aproveitando erros individuais dos adversários. O primeiro dos dois tentos do português veio através de um pênalti sofrido por Cuadrado e assinalado pelo VAR, num contato com Young. Já o segundo surgiu após um erro de comunicação entre Bastoni e Handanovic: no desentendimento, que teve a saída em falso do goleiro para tentar cortar a bola na intermediária, a redonda ficou na medida para o camisa 7 empurrar para as redes.
A Inter tentou consertar os erros defensivos da primeira etapa e voltou melhor para o segundo tempo. Apesar disso, martelou sem conseguir furar a retaguarda juventina. Suas melhores chances ocorreram em roubos de bola em campo ofensivo – numa delas, Demiral tirou o gol de Sánchez em cima da linha. Buffon também fez uma grande defesa à queima-roupa num chute de Darmian e garantiu o triunfo. Com a vitória e os dois gols marcados fora de casa, a Juve receberá a Inter com a vantagem de poder empatar e até perder por 1 a 0 para se classificar para a final da Coppa Italia.
Rafael Toloi teve a grande chance do jogo, mas sua finalização errada manteve o duelo entre Napoli e Atalanta no zero (imago)
Napoli 0-0 Atalanta
Nesta quarta-feira, Napoli e Atalanta fizeram um jogo aquém das expectativas, mas bastante pegado. Pressionado, Gattuso optou por espelhar o esquema tático da adversária e, pela primeira vez no comando dos azzurri, optou por uma linha de três na defesa – o que funcionou até certo ponto. Ao contrário da experiência com dois alas (Di Lorenzo e Hysaj) e dois volantes sem poder de criação (Demme e Bakayoko) no 3-4-3, o que deixou o time engessado e dependente das individualidades de Insigne, Politano e Lozano.
Contando apenas com o desfalque de Hateboer, a Atalanta se valeu da falta de adaptação do Napoli ao novo esquema para dominar a partida. Perdido, o meio-campo mandante tentava parar Freuler e Pessina, mas raramente conseguia igualar o ritmo imposto pela dupla. Se serve de consolo para os partenopei, a Dea pisou em sua área com perigo apenas uma vez no primeiro tempo, quando Rafael Toloi tabelou com Pessina, mas finalizou para fora.
No segundo tempo, o nível técnico da partida diminuiu abruptamente. A não ser por duas defesas de Ospina ante os compatriotas Muriel e Zapata, poderíamos ter assistido a uma etapa sem qualquer finalização na direção dos gols. Gollini, por outro lado, continuou inoperante.
O mérito do Napoli em obrigar a Atalanta a cruzar muitas bolas à sua área – e não ter sucesso nesse intento – é inquestionável. Porém, o fraco futebol dos napolitanos não dá muitas esperanças à torcida. Pelo que jogou e pode jogar em Bérgamo, a equipe de Gasperini tem motivos para acreditar em mais uma classificação à final da Coppa Italia.
