Seleção italiana

Em preparação para a Euro, Itália teve show de Bernardeschi em goleada sobre San Marino

Às vésperas da Eurocopa, a Itália enfrentou San Marino na tarde de sexta-feira (28) em partida amistosa realizada na Sardegna Arena, em Cagliari. Obviamente, uma vitória por goleada era esperada contra a seleção da pequena república encravada entre a Emília-Romanha e as Marcas – e ela veio, por 7 a 0. Mas, mais importante do que o triunfo, o técnico Roberto Mancini aproveitou o jogo para observar atletas que receberam menos oportunidades ao longo do ciclo para a competição continental e fechar o grupo de convocados.

O jogo começou com a Itália controlando totalmente a posse de bola, estabelecendo seu estilo de jogo e, com muita calma, buscando abrir o placar. San Marino, por sua vez, fazia um bom trabalho defensivo, dentro das suas possibilidades, e o jogo se desenvolveu dessa maneira nos primeiros 20 minutos. Rafael Toloi se mostrou confortável como lateral pela direita, sustentando o jogo quando a equipe italiana tinha a bola e acompanhando o ponta ou lateral adversário no momento que a posse troca de lado – algo que está acostumado a fazer pelo estilo de jogo da Atalanta.

Era esperado que Kean ocupasse o comando do ataque da Nazionale, o que não aconteceu. O jovem atacante do Paris Saint-Germain trabalhou pela direita, com Bernardeschi e Grifo alternando para ver quem se posicionava pelo meio. Mais atrás, Castrovilli e Pessina trabalhavam bem por dentro, com boa qualidade no passe, mas agregando também capacidade de infiltração e finalização, algo que Jorginho e Verratti não entregam, por exemplo.

Aos 31, o gol finalmente saiu. Bernardeschi se desgarrou da marcação e finalizou para o fundo da rede, contando com uma leve contribuição do goleiro Benedettini. Apenas três minutos depois, o mesmo Bernardeschi cobrou escanteio pela direita, o arqueiro errou na saída e a bola sobrou para o zagueiro Ferrari, que completou para a rede, marcando em sua estreia pela seleção.

Na goleada sobre San Marino, Pessina e Politano marcaram duas vezes cada um (LaPresse)

Na volta do intervalo, Mancini trocou Kean por Politano e o jogador do Napoli logo recebeu um presente da zaga de San Marino: Palazzi e Grandoni se enrolaram e deixaram o ponta na boa para marcar o terceiro gol italiano. Com o desgaste físico se acentuando e o placar já elástico, o time samarinês foi perdendo a pouca competitividade que tinha e o jogo se tornou um treino muito fácil para a Itália.

Sem forçar muito, a equipe de Mancini marcou mais quatro vezes. Belotti anotou o seu, enquanto Pessina e Politano guardaram uma doppietta cada. Bernardeschi participou de seis dos sete gols, completando mais uma boa exibição com a camisa da seleção, ainda que a temporada na Juventus tenha sido apagada. Ao fim da partida, o treinador confirmou o nome do bianconero na lista para a Euro.

O 7 a 0 muito tranquilo na Sardenha não permitiu muita observação em termos defensivos, mas serviu para Mancini tirar algumas conclusões sobre quais peças podem lhe entregar diferentes possibilidades na Eurocopa. Além de Bernardeschi, Toloi, Pessina, Castrovilli e Politano também ganharam pontos importantes com o professor azzurro.

Com a vitória sobre San Marino, a Nazionale alcançou a marca de 26 jogos de invencibilidade, a segunda maior de sua história. O time de Mancini tem sequência inferior apenas à de 30 partidas estabelecida pelo bicampeão mundial Vittorio Pozzo entre 1935 e 1939. Se a Itália volta a ter números comparáveis aos tempos em que foi comandada por alguém da estatura de Pozzo, isso só pode emanar sinais positivos para a Euro.

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