Serie A

13ª rodada: Inter supera Napoli em final de semana marcado pela queda das invencibilidades

Não há mais nenhum time invicto na Serie A. Os últimos dois sobreviventes caíram para adversários de alto nível e a disputa do título começa a ficar mais embaralhada. Jogando em casa, a Inter de Simone Inzaghi demonstrou coesão e superou o Napoli de Luciano Spalletti, vencendo com autoridade. Outro trabalho além desses dois que chama atenção é o de Vincenzo Italiano, que depois de bater na trave em confrontos contra outros grandes da Itália, venceu o Milan em jogaço de sete gols. E o que não faltou nessa rodada foram bolas na rede: 36.

O jogo de abertura, entre Atalanta e Spezia, também contou com sete tentos, mas distribuídos com menos igualdade, ficando cinco para a Dea. Os comandados de Gian Piero Gasperini passaram o trator com show de Pasalic e seguem melhorando o retrospecto em casa para brigarem cada vez mais alto na tabela. Quem também quer chegar entre as quatro primeiras posições é a Juventus, que com um ataque mais modesto, teve seu zagueiro em dia de artilheiro para bater a irregular Lazio de Maurizio Sarri.

E se o lado biancoceleste da capital sentiu falta de Immobile como referência ofensiva, o giallorosso parece ter encontrado um novo diamante. Com apenas 18 anos, Felix Afena-Gyan roubou a cena no duelo contra o Genoa e anotou uma belíssima doppietta. O desempenho rendeu até um par de tênis de 800 euros bancado por José Mourinho – presentinho que veio de uma aposta cumprida pelo jovem talento.

De olho mais nos times da primeira metade de tabela, a sensação de Igor Tudor, o Verona, venceu mais uma em casa e segue embalada em uma bela sequência invicta. O Venezia também conseguiu um triunfo importantíssimo, seu segundo seguido, e se afastou um pouco da briga pelo rebaixamento. Além do Genoa, novo time do técnico Andriy Shevchenko, Cagliari e Salernitana compõem a zona de descenso após derrotas na rodada. Confira tudo isso e o que de melhor aconteceu no resumo da jornada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Inter 3-2 Napoli

Gols e assistências: Çalhanoglu (pênalti), Perisic (Çalhanoglu) e Martínez (Correa); Zielinski (Insigne) e Mertens (Koulibaly)
Tops: Çalhanoglu e Skriniar (Inter)
Flops: Ruiz e Lozano (Napoli)

O grande jogo da rodada, entre Inter e Napoli, foi um momento marcante para o novo trabalho de Simone Inzaghi. De forma inteligente, os nerazzurri concederam poucos espaços aos partenopei, até então invictos na Serie A, e só tiveram o resultado ameaçado perto do apito final. Melhor no conjunto da obra, a Beneamata controlou a vantagem a maior parte do tempo. Além disso, a quebra de invencibilidade do rival Milan também aproximou os atuais campeões da liga da briga pelo título: são agora quatro pontos que os separam do topo.

Quem saiu na frente foram os napolitanos. Com 16 minutos, Barella foi desarmado no meio-campo e Insigne puxou um contra-ataque veloz. Pela direita, Zielinski recebeu livre na entrada da área e bateu forte. Apesar de não ter ido muito longe de seu alcance, Handanovic não conseguiu defender a finalização e viu a bola passar.

Ainda no primeiro tempo, os donos da casa buscaram o empate e a virada. O primeiro gol veio em cobrança de pênalti. Depois de ter vacilado no tento adversário, Barella conseguiu um pênalti após seu chute parar na mão de Koulibaly. Na cobrança, Çalhanoglu chamou a responsabilidade e converteu. O turco apareceria de novo um pouco antes do intervalo, desta vez batendo um escanteio. Fechadinho, seu cruzamento encontrou a cabeça de Perisic na primeira trave. Ospina até conseguiu chegar na bola, mas apenas depois que ela ultrapassara a linha.

Pela décima vez desde que chegou no futebol italiano, Çalhanoglu contribuiu, em uma partida, com um gol e uma assistência – e nenhum meio-campista tem números melhores do que ele nesse no período. Na segunda etapa, o camisa 20 foi mais discreto, mas nem por isso a Inter diminuiu o ritmo. Se a situação do Napoli já não estava boa, devido à superioridade do time de Milão e à lesão facial de Osimhen, o terceiro tento do jogo chegou para completar o péssimo momento. Aos 60 minutos, Correa arrancou pela faixa central com liberdade e encontrou Lautaro, na direita. El Toro não desperdiçou a oportunidade dessa vez e bateu forte cruzado, no lado da rede.

Indo para o tudo ou nada, Spalletti colocou Mertens e Elmas em campo, e as alterações deram resultado. Em vacilada de Dzeko, que também saiu do banco, o maior artilheiro da história do Napoli na Serie A assumiu o posto de forma isolada. Koulibaly desarmou o atacante adversário, e a bola sobrou para o belga, que, de muito longe, acertou um foguete no ângulo esquerdo.

No abafa, os partenopei seguiam em cima, porém, desperdiçaram chances incríveis de empatar. Primeiro com Mário Rui, que cabeceou na segunda trave, como manda o manual, mas parou em uma defesa incrível de Handanovic e, na sequência, num toque sutil no travessão. Nos acréscimos, Mertens teve o gol do empate na sua frente. A bola veio alta, para pegar de primeira no ar, e o belga mandou por cima da meta. Ao desabar no gramado após o lance, Spalletti ilustrou bem o sentimento dos napolitanos naquele momento.

Fiorentina 4-3 Milan

Gols e assistências: Duncan, Saponara (Vlahovic), Vlahovic (Duncan) e Vlahovic (González): Ibrahimovic, Ibrahimovic (Hernandez) e Venuti (contra)
Tops: Vlahovic (Fiorentina) e Ibrahimovic (Milan)
Flops: Tatarusanu e Gabbia (Milan)

Num dos jogos com maior expectativa nessa rodada da Serie A, Fiorentina e Milan entregaram até mais do que esperado em um duelo recheado de gols – e falhas individuais pelo lado rossonero. Sempre equilibrada, a equipe de Italiano segue jogando no máximo que seu elenco oferece. Aproveitando-se dos erros, marcou praticamente um terço dos gols que o vice-líder sofreu no campeonato. Pioli, por sua vez, volta a se preocupar com a falta de um goleiro de alto nível.

Não é surpresa para ninguém que Tatarusanu não é uma unanimidade e sempre causa certa desconfiança quando está em campo. Contra a Viola, mostrou o porquê disso. Em cobrança de escanteio aos 14 minutos, o goleirão saiu para segurar a bola e a soltou no pé de Duncan, que não desperdiçou a oportunidade. Atrás do placar, o Milan ficou em cima, mas em um corte mal feito por Tonali, viu a desvantagem aumentar.

Da entrada da área, Vlahovic aproveitou a furada do volante milanista e serviu Saponara, ex-rossonero, à esquerda da meia-lua. Cheio de categoria, o camisa 8 colocou no ângulo, desta vez sem nenhuma culpa para o arqueiro romeno. Entre chances desperdiçadas do adversário, veio o terceiro. Desta vez sendo servido. Vlahovic aproveitou o lançamento de Duncan, fintou Tatarusanu e bateu forte para estufar as redes. No entanto, ainda tinha muito jogo pela frente.

Ibrahimovic, que já havia tido um gol anulado por impedimento e desperdiçado uma ótima chance de cabeça, colocou os rossoneri de volta na partida. Faltando meia hora para o fim dos 90 minutos, Bonaventura, de forma inexplicável, tocou para o centroavante sueco dentro da área de Terracciano. Do lado esquerdo, Ibra puxou para a perna direita e chapou no canto. Cinco minutos depois, o quarentão apareceu de novo e finalizou com esquerda o cruzamento de Hernandez, fazendo seu segundo. Com isso, tornou-se o mais velho a marcar uma doppietta na Serie A.

O time de Pioli ficou no quase. Do outro lado, havia também um atacante interessado em quebrar marcas. Em mais um erro individual, desta vez de Hernandez, Nico González roubou a bola do lateral e o desarme acabou se transformando em uma assistência. De primeira, de esquerda, Vlahovic bateu com categoria no cantinho, fechando a conta e garantindo a vitória para a Viola. Os dois tentos marcados pelo sérvio o igualaram a Immobile na artilharia da Serie A e a Hamrin, ex-jogador da Fiorentina, que detinha o recorde de maior número de gols pelo clube em um Campeonato Italiano no período de um ano.

Em mais uma grande noite, Vlahovic detonou o Milan e se tornou um dos artilheiros da Serie A (Getty)

Lazio 0-2 Juventus

Gols: Bonucci (pênalti) e Bonucci (pênalti)
Tops: Bonucci e Cuadrado (Juventus)
Flops: Luis Alberto e Reina (Lazio)

Apesar da inconsistência, a Juventus de Max Allegri ainda é a Juventus de Max Allegri. Sem passar sufoco, os bianconeri venceram no Olímpico, fazendo um jogo correto. Diferentemente da partida contra a Fiorentina, não foi preciso ser uma equipe propositiva em campo. A estratégia de aguardar o adversário e jogar em cima dos seus erros funcionou. E os gols saírem com certa naturalidade.

Sarri certamente não gostou de perder para seu ex-clube de “intreináveis”, mas a maior preocupação fica pela forma como os titulares atuaram sem Immobile. Homenageado antes de a bola rolar por se tornar o maior artilheiro da história do clube, sua falta acendeu um alerta pela dependência do ídolo para o time balançar as redes.

A artilharia do duelo ficou toda para um zagueiro. Aos 21 minutos, Morata dominou dentro da área e foi derrubado por Cataldi. Di Bello precisou do VAR para assinalar o pênalti. Sem Dybala, quem assumiu a responsabilidade da cobrança foi Bonucci, que bateu no alto, fora do alcance de Reina. O goleiro espanhol viria a aparecer de novo, por maus motivos. Ao tentar sair do gol, foi driblado por Chiesa, e ao tentar se recuperar, derrubou o ponta bianconero dentro da área. Baita lambança. Bonucci, de novo, não tinha nada a ver com isso e fechou o placar em 2 a 0.

Genoa 0-2 Roma

Gols e assistências: Afena-Gyan (Mkhitaryan) e Afena-Gyan
Tops: Mkhitaryan e Afena-Gyan (Roma)
Flops: Pandev (Genoa) e Shomurodov (Roma)

Se você perguntasse para qualquer torcedor romanista quem ele achava que poderia decidir o jogo no Luigi Ferraris, certamente a sugestão de Afena-Gyan seria uma das mais impopulares. O garoto de 18 anos roubou a cena em um ataque que cansou de perder gols contra o novo time de Andriy Shevchenko. E vale destacar: foi apenas o terceiro jogo como profissional do centroavante promissor.

A Roma teve diversas chances na partida, quase sempre com Mkhitaryan, mas o armeno finalizou quase todas para fora – uma delas até entrou, mas o toque na mão de Abraham invalidou o lance. Dessa forma, o primeiro tento saiu só aos 82 minutos de bola rolando. O próprio camisa 77 puxou contra-ataque em velocidade, começou a conduzir em diagonal para a direita e tocou para Afena-Gyan dentro da área. Com muita categoria, o ganês bateu de chapa, de primeira, e pulou para os braços dos colegas no banco de reservas. O super sub fez o segundo já nos acréscimos, e foi uma pintura: de muito longe, colocou no ângulo esquerdo de Sirigu, que até se esticou, mas não chegou nem perto de fazer a defesa. Grande dia para Felix: somente Pato e Bojinov foram capazes de marcar uma doppietta com idade inferior à do ganês.

Em versão artilheira, Bonucci decidiu para a Juventus contra a Lazio (Getty)

Atalanta 5-2 Spezia

Gols e assistências: Pasalic (Zappacosta), Zapata (pênalti), Pasalic (Zapata), Muriel (Pasalic) e Malinovskyi (Muriel); Nzola e Nzola (Bastoni)
Tops: Pasalic e Zapata (Atalanta)
Flops: Hristov e Provedel (Spezia)

Conseguindo a terceira vitória em quatro jogos, a Atalanta nem tomou conhecimento do Spezia e atropelou com show de Pasalic. Dentro de um sistema ofensivo que está funcionando com primor, o croata é o meio-campista que mais participou diretamente de gols desde outubro – isso dentro das cinco grandes ligas europeias. São três tentos e três assistências no período. E seu time também alcançou uma marca relevante. Pela segunda vez na história, a Dea chegou a 25 pontos nas 13 primeiras partidas da Serie A. A primeira foi em 2016-17, também sob o comando de Gasperini.

Assim como na temporada, o time de Bérgamo não começou bem. Quem saiu na frente foram os visitantes. Aos 11 minutos, Nzola aproveitou o rebote estranho de Musso e chutou entre as pernas do goleiro. Mas a alegria durou pouco. Pasalic marcou seu primeiro do dia completando cruzamento de Zappacosta, que fez ótima jogada individual. Antes do intervalo ainda deu para virar e ampliar a vantagem: primeiro Zapata, que teve de cobrar pênalti duas vezes para punir o toque de mão de Sala. Pasalic, aparecendo de novo, fez o terceiro depois de o companheiro colombiano o deixar na cara de Provedel.

Na volta para a segunda etapa, o jogo ficou morno até a entrada de Muriel. O camisa 9, muito participativo, incendiou o ataque da Atalanta e contribuiu diretamente para mais dois tentos. No primeiro, aproveitou a assistência do cara do dia, Pasalic, e emendou um bonito voleio de esquerda. Na sua segunda participação, rolou para Malinovskyi bater de longe e contar com uma ajudinha do goleiro, fazendo o quinto tento da equipe na partida. O time de Thiago Motta ainda diminuiu a goleada. Bastoni lançou um balão em cobrança de escanteio e Nzola, com pouca pressão, dominou de dentro da área e finalizou rasteiro, fechando o placar em 5 a 2.

Verona 2-1 Empoli

Gols e assistências: Barák (Lazovic) e Tameze (Barák); Romagnoli (Pinamonti)
Tops: Barák e Tameze (Verona)
Flops: Günter (Verona) e Mancuso (Empoli)

O Verona garantiu sua quinta vitória consecutiva em casa e também manteve a invencibilidade de cinco jogos no Campeonato Italiano. A vítima foi o bom Empoli de Andreazzoli, que não jogou tudo que poderia no Bentegodi. A dupla formada por Simeone e Caprari desta vez foi discreta, dando espaço a outros protagonistas. Desde a chegada de Tudor, em outubro, somente o Milan fez mais pontos do que o Hellas na Serie A: os mastini somaram 14 de 21 possíveis, dois a menos que os rossoneri.

O lado toscano até pode reclamar de uma mão dentro da área, não considerada faltosa pelo árbitro Gariglio, ou lamentar pelo chutaço de Henderson que carimbou a forquilha. Mas fora isso, não fez muito para merecer um resultado melhor. O gol dos mandantes saiu graças à volta de um titular. Lazovic, que saiu do banco após o intervalo, impactou de forma imediata. No primeiro lance pela esquerda, cruzou na medida para Barák testar para as redes.

Na bola parada, veio o empate do Empoli. Após escanteio, Pinamonti finalizou torto na segunda trave e viu seu chute acabar virando um passe. Günter tentou afastar e furou. Atrás dele, Romagnoli completou para dentro, sem nenhum obstáculo à sua frente. O Verona quase viu os três pontos escaparem de sua mão, mas conseguiu se salvar nos acréscimos.

Tameze, que vinha fazendo ótima exibição, teve o excelente desempenho coroado com o gol no final. Recebendo passe de Barák dentro da área, o meio-campista bateu forte e cruzado. O chute foi desviado e Vicario não conseguiu salvar. Nona posição para o time gialloblù, que está apenas dois pontos abaixo da zona de classificação para competições europeias.

Com dois gols, o jovem Afena-Gyan foi o grande destaque no triunfo da Roma sobre o Genoa (Getty)

Torino 2-1 Udinese

Gols e assistências: Brekalo (Belotti) e Bremer (Pobega); Forestieri
Tops: Belotti e Bremer (Torino)
Flops: Pereyra e Molina (Udinese)

Fechando a rodada, o Torino de Ivan Juric fez ótima partida contra Udinese e só precisou de um pouco mais de capricho na finalização das jogadas para conseguir um placar mais confortável. Belotti, como há tempos não se via, comandou o ataque grená e até poderia ter saído com uma doppietta. Do lado comandado por Luca Gotti, Beto foi quem mais tentou, mas pouco pode fazer, considerando o domínio dos donos da casa.

O primeiro gol foi uma pintura. Aos 8 minutos, Milinkovic-Savic soltou um balão para frente e Belotti conseguiu arredondar para Brekalo, vencendo a defesa adversária no alto. O croata, cheio de confiança, chegou batendo de primeira. Mesmo sendo um chute de longe, Silvestri não saiu do lugar, vendo a pancada entrar seca no cantinho. E, se esse foi um golaço, o segundo foi bizarro.

Em cobrança de escanteio no comecinho da segunda etapa, mais uma vez Belotti apareceu e desta vez cabeceou no travessão. Na sobra, um bate-rebate horripilante de alguns segundos terminou com Bremer fuzilando a bola na rede. Para diminuir a conta, Forestieri bateu falta com categoria, aproveitando barreira mal montada pelo goleiro do Torino, e fez o de honra para o time de Údine.

Salernitana 0-2 Sampdoria

Gols e assistências: Di Tacchio (contra) e Candreva (Quagliarella)
Tops: Audero e Candreva (Sampdoria)
Flops: Di Tacchio e Zortea (Salernitana)

Tanto para Salernitana quanto para Sampdoria, uma vitória seria crucial na luta contra o rebaixamento. Para o lado da equipe campana, frustração. O sentimento de que dava para tirar algo a mais ficou latente após o fim dos 90 minutos, já que Belec fez boas defesas e os jogadores de frente ainda incomodaram o arqueiro Audero. Os grenás já somam 10 derrotas em 13 jogos e têm um grande favoritismo para o descenso: além disso, contam com o pior ataque da competição, e muitas vezes dependem da criatividade de um já veterano Ribéry, que não esteve bem.

Pelo lado dos visitantes, D’Aversa, ao mesmo tempo que suspira, comemora, já que ultrapassou os rivais de Gênova. E, mais uma vez, precisa agradecer a Candreva e Audero pelos três pontos conquistados. Em cobrança de escanteio aos 40 minutos, o camisa 87 cruzou na área após jogada ensaiada e contou com desvio contra de Di Tacchio para ver os blucerchiati saírem na frente. O segundo veio logo na sequência: em contra-ataque veloz, Quagliarella conduziu a bola até o ataque e deixou Candreva em ótima condição para finalizar. Na direita, estufou as redes, marcando seu quinto gol na Serie A, chegando a seu início mais prolífico na competição. Antes dos tentos, se Belec tinha se desdobrado para manter a Salernitana viva, na etapa complementar foi a vez de Audero aparecer. O goleiro da Sampdoria fez pelo menos três defesas importantes para manter as suas redes intactas.

Fulminantes, Zapata e Pasalic mantiveram a Atalanta na zona de classificação à Champions League (Getty)

Bologna 0-1 Venezia

Gol e assistência: Okereke (Busio)
Tops: Caldara e Ceccaroni (Venezia)
Flops: Arnautovic e Soumaoro (Bologna)

Dando continuidade à boa fase, o Venezia segue se desprendendo do pelotão da parte de baixo da tabela. A mudança para um ataque mais móvel, com jogadores de velocidade municiados por Aramu, junto da contratação do goleiro Romero, trouxeram melhoras significativas, pelo menos em termos de resultados. Apesar de ter protagonizado algumas saídas em falso, o arqueiro argentino foi crucial no jogo, até porque o domínio foi praticamente da equipe de Mihajlovic, que agora se distancia da briga pelas vagas nas competições europeias.

O único gol da partida saiu no começo do segundo tempo, aos 61 minutos. Artilheiro do time de Vêneto na temporada, Okereke recebeu uma assistência quase que sem querer. Primeiro, Johnsen recebeu bom pivô de Henry e partiu para cima. Pelo meio, encontrou o jovem Busio, que se embananou com a bola mas acabou conseguindo tocar para frente, na área. Lá estava o centroavante nigeriano, na cara de Skorupski, que só tirou do goleiro, garantindo o placar magro em um jogo sofrido. No restante da partida, antes e depois do gol, Caldara e Ceccaroni conseguiram neutralizar Arnautovic e, nas chances que os bolonheses criaram, Romero esteve atento.

Sassuolo 2-2 Cagliari

Gols e assistências: Scamacca (Berardi) e Berardi (pênalti); Keita (Nández) e João Pedro (pênalti)
Tops: Berardi (Sassuolo) e João Pedro (Cagliari)
Flops: Raspadori (Sassuolo) e Lykogiannis (Cagliari)

Chegando ao terceiro jogo sem vitória, o Sassuolo fez uma boa partida contra o Cagliari, porém, não soube aproveitar as chances que teve. Se expondo consideravelmente, ofereceu espaços ao até então lanterna da Serie A, que subiu uma posição com o empate. E, para o lado sardo, os gols marcados fora de casa encerraram uma sequência de 338 minutos sem balançar as redes em domínios adversários. Apesar de não ter faturado três pontos, certamente Mazzarri não pode reclamar da recompensa que levou do Mapei Stadium.

Enfileirando chances perdidas, Scamacca conseguiu aproveitar uma e abrir o placar aos 37 minutos. Colocado na velocidade por Berardi, venceu Ceppitelli na corrida e bateu forte rasteiro. A vantagem durou pouquíssimo. Três minutos depois, Keita marcou um golaço: em cruzamento de Nández, o senegalês emendou uma linda bicicleta e viu a bola bater no travessão antes de entrar. Consigli mal conseguiu pular no lance.

Na segunda etapa, o roteiro foi o mesmo. O Sassuolo saiu de novo na frente, desta vez com um pênalti. Frattesi foi lançado e Lykogiannis acertou o meio-campista com um carrinho imprudente. Na cobrança, Berardi não desperdiçou, deslocando Cragno. De novo, pouquíssimo tempo depois, veio empate na mesma moeda. João Pedro foi derrubado na área, chamou a responsabilidade e também converteu a penalidade. O camisa 10 rossoblù igualou Adriano como brasileiro que marcou mais gols nas primeiras 13 rodadas de Serie A, com oito. Antes de a partida terminar, o goleiro do Cagliari garantiu o empate com defesa importantíssima no petardo de Defrel.

Seleção da rodada

Audero (Sampdoria); Skriniar (Inter), Bonucci (Juventus), Caldara (Venezia); Barák (Verona), Duncan (Fiorentina), Çalhanoglu (Inter), Mkhitaryan (Roma); Afena-Gyan (Roma), Vlahovic (Fiorentina), Zapata (Atalanta). Técnico: Vincenzo Italiano (Fiorentina).

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