Não é de hoje que as jovens promessas do futebol italiano encontram dificuldades para se estabelecerem no elenco principal das equipes pelas quais atuam. Em janeiro de 2009, já comentávamos no Quattro Tratti que não adianta ter boas gerações de jovens se os clubes – e, consequentemente, a seleção – não rompam com a desconfiança com suas promessas e permitam que as promessas do país ganhem alguma rodagem. Anunciávamos que isto poderia trazer problemas para a Azzurra.
Deu no que deu: vexame na Copa do Mundo, com um grupo envelhecido, no qual apenas três jogadores que participaram do Europeu sub-21 em 2009 foram convocados por Marcello Lippi, enquanto um bom número de jogadores jovens e talentosos ficaram de fora. Só para comparar, Joachim Löw convocou para a seleção alemã seis jogadores que participaram do mesmo torneio: quatro são titulares, além de Thomas Müller, que não participou da campanha.
Na Itália, carência de qualidade técnica nos jovens que são formados não é um problema, apesar de muitos alegarem que o fato de 15% dos jovens contratados pelas equipes de base do país sejam estrangeiros. As últimas gerações reveladas pelos clubes do país disputaram campeonatos bastante parelhos, nos quais Atalanta, Sampdoria, Inter, Milan, Juventus, Roma, Palermo e Genoa tem ganhado destaque, com a construção frequente de boas equipes, que formam a base das seleções sub-21, sub-19 e sub-17. A Itália também é sede da Copa Viareggio, torneio internacional em que participam jogadores de até 20 anos (e mais dois de 21) e no qual existe supremacia dos clubes italianos.
Desta forma, o que falta é a ousadia dos clubes de optarem por assumir o risco de apostar em promessas, em lugar de apostarem em peças tão experientes. Quando este obstáculo foi rompido, os clubes colheram bons frutos: por exemplo, Andrea Poli fez ótima temporada de estreia na Serie A com a Sampdoria, enquanto Mario Balotelli – apesar das polemicas – já marcou mais gols na carreira do que Alessandro Del Piero e Francesco Totti marcaram, quando tinham sua idade.
A confirmação de Cesare Prandelli como técnico da seleção principal até 2014 favorece a utilização de jogadores mais novos, já que o lombardo não tem o mesmo receio de apostar na juventude como outros treinadores. Porém, a renovação não deve ter como base principal jogadores sub-23: deverão formar o cerne da nova Itália os mais jovens do grupo que Lippi levou à África do Sul – como Giorgio Chiellini, Claudio Marchisio, Domenico Criscito e Riccardo Montolivo. Também devem ser inseridos outros jogadores com idade entre 23 e 30 anos – como Salvatore Sirigu, Andrea Lazzari, Marco Biagianti, Alessandro Matri e Antonio Cassano -, pincelada com outros menos rodados, como Davide Santon, Poli e Balotelli.
Nota da seleção: 7,5 Necessidade de renovar: 5 O que deve melhorar na base: A desconfiança dos clubes do país quanto aos jovens e sua pouca utilização faz com que muitos cheguem “verdes” ao elenco principal. Outro problema é o fato de comunicação entre as categorias de base e a seleção principal, que raramente alça os melhores da base ao time principal. Retrospecto recente: Copa (eliminada na fase de grupos), Europeu Sub-21 (eliminada nas semifinais pela Alemanha), Mundial Sub-20 (eliminada nas quartas-de-final pela Hungria, Europeu Sub-19 (caiu na primeira fase de classificação para o torneio), Mundial Sub-17 (eliminada nas quartas-de-final pela Suíça) e Europeu Sub-17 (caiu nas semifinais para a Alemanha) Cinco promessas: Andrea Poli, Mario Balotelli, Davide Santon, Alberto Paloschi e Ezequiel Schelotto.
Realmente é lastimável a situação da seleção Italiana, envelhecida, sem nenhuma revelação. Certamente o problema está na falta de investimento e interesse na formação de atletas nas categorias de base, os dirigentes italianos preferem investir em jogadores estrangeiros famosos e que custam uma furtuna. Aliás, um investimento que nem sempre dá resultados positivos, quando o jogador não rende e não se adapta.
Tenho uma sugestão aos dirigentes: acredito seguramente que no Brasil ou na Argentina por exemplo, existam jovens talentosos entre 15 a 20 anos, descendentes de Italianos que poderiam ser aproveitados, antes mesmo de se tornarem famosos em clubes Brasileiros ou Argentinos, levados para a Italia com 15 a 20 anos, certamente se adaptariam ao Pais,ao seu Futebol, criando uma relação patriotica inclusive.O investimento seria pequeno e em medio a longo prazo.
Realmente é lastimável a situação da seleção Italiana, envelhecida, sem nenhuma revelação. Certamente o problema está na falta de investimento e interesse na formação de atletas nas categorias de base, os dirigentes italianos preferem investir em jogadores estrangeiros famosos e que custam uma furtuna. Aliás, um investimento que nem sempre dá resultados positivos, quando o jogador não rende e não se adapta.
Tenho uma sugestão aos dirigentes: acredito seguramente que no Brasil ou na Argentina por exemplo, existam jovens talentosos entre 15 a 20 anos, descendentes de Italianos que poderiam ser aproveitados, antes mesmo de se tornarem famosos em clubes Brasileiros ou Argentinos, levados para a Italia com 15 a 20 anos, certamente se adaptariam ao Pais,ao seu Futebol, criando uma relação patriotica inclusive.O investimento seria pequeno e em medio a longo prazo.