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Top 100 Serie A: 30-21

Nosso especial já está chegando ao fim! Isto significa que falta muito pouco para completar o álbum das 100 estrelas que brilharam na Serie A nos últimos 50 anos. Veja quais jogadores escolhemos para a antepenúltima parte do ranking.

Top 100 Serie A

>>> 100-91 | 90-81 | 80-71 | 70-61 | 60-51 | 50-41 | 40-31

30º – Christian Vieri

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Torino (1991-92), Atalanta (1995-96, 2006-07 e 2008-09), Juventus (1996-97), Lazio (1998-99), Inter (1999-2005), Milan (2005-06) e Fiorentina (2007-08)

Vieri desbravou 13 clubes durante a carreira, metade deles na Serie A, e pelos quais marcou 265 gols em 522 partidas. O centroavante cigano foi eleito o melhor jogador da competição em 1999 e 2002. A primeira, na única temporada em que esteve na Lazio; a segunda, pela Inter, time no qual só não jogava quando estava lesionado. O scudetto, porém, ele só conquistou uma vez, com a Juventus, em 1997. Por onde rodou, Vieri ficou conhecido como um atacante capaz de decidir jogos com uma única oportunidade, com o letal pé esquerdo ou de cabeça.

29º – Cafu

Posição: lateral-direito
Clubes na Serie A: Roma (1997-2003) e Milan (2003-08)

O homem que ergueu a Copa do Mundo de 2002 era ídolo da Roma naquela época. Nos 11 anos italianos, o lateral levantou oito troféus, sendo dois da Serie A, um pela Roma e um pelo Milan. Na capital, graças ao esquema de três zagueiros de Fabio Capello, viu-se um Cafu extremamente ofensivo, puxando os ataques pela direita junto de Francesco Totti e Gabriel Batistuta. No norte italiano, cada vez mais recuado, passou a integrar o sistema defensivo mais forte do mundo e levantou o único título que lhe faltava no currículo, a Liga dos Campeões da Europa. Fato curioso: em 2003, antes de fechar com o Milan, Cafu chegou a assinar com o Yokohama Marinos, do Japão, mas a epidemia da gripe asiática o fez rever a escolha.

28º – Sandro Mazzola

Posição: meio-campista
Clube na Serie A: Inter (1960-77)

Sandro honrou o sobrenome do pai, o atacante Valentino Mazzola, morto no desastre de Superga quando ele tinha apenas seis anos. O herdeiro talvez tenha sido o jogador mais importante da Grande Inter, que nos anos 1960 ganhou três vezes o scudetto e duas a Copa dos Campeões. Nada mal para quem estreou na Serie A levando 9 a 1 da Juventus num dia em que a Internazionale escalou o time sub-20 no clássico como forma de protesto contra a federação – e o gol foi dele. Habilidoso, driblador e dono de ótima visão de jogo, Mazzola era o toque genial de um time que consagrou o catenaccio de Helenio Herrera. Aposentou-se depois de 160 gols em 565 partidas com a camisa nerazzurra.

27º – Giuseppe Bergomi

Posição: zagueiro e lateral-direito
Clube na Serie A: Inter (1979-99)

Com 20 anos de serviços prestados à Inter, Bergomi é um exemplo de fidelidade. Apelidado de “O Tio” pelo bigodão e as vastas sobrancelhas ostentadas no início de carreira, o zagueiro sempre mostrou classe dentro e fora dos gramados. Jogador de extrema precisão e bons posicionamento e antecipação, desarmava como poucos, com bastante lealdade e segurança – suas atuações, inclusive, foram fundamentais para a conquista de seu único Italiano, em 1989. Precoce, Bergomi estreou na Inter pela Serie A com apenas 17 anos e dois meses e, no ano seguinte, se sagraria campeão como titular em parte da campanha do tri mundial da Itália. O italiano só perde para Javier Zanetti no número de jogos pela Inter (O Tio tem 756) e presenças em dérbis de Milão (45 contra 44).

26º – Paulo Roberto Falcão

Posição: meio-campista
Clube na Serie A: Roma (1980-85)

O reinado de Paulo Roberto Falcão durou cinco anos, o mais curto entre os monarcas da Roma. Poderia ter sido maior não fosse a dificuldade que o presidente Dino Viola tinha para administrar suas principais estrelas após momentos de decepção. A demora na recuperação de uma lesão fez com que Falcão fosse praticamente dado de graça ao São Paulo, e a Roma ainda teve de indenizá-lo. Apesar da curta passagem, Falcão contribuiu para mudar o status da Roma: foi contratado para alavancar a equipe, assim o fez. Transformou um time inofensivo no principal adversário da Juventus em solo italiano, além de um rival a ser batido na Europa. Em cinco temporadas, ganhou três títulos (um nacional), um punhado de vices e fez a Roma conhecida mundialmente. O suficiente para figurar em qualquer lista dos maiores da história romana e da própria Serie A.

25º – Gabriel Batistuta

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Fiorentina (1991-2000), Roma (2000-03) e Inter (2003)

Poucos atacantes foram tão letais quanto Batigol. Ele era uma máquina completa, que balançava as redes de qualquer maneira: com oportunismo, chutes potentes com as duas pernas, cabeçadas precisas e cobranças de falta milimétricas. Não à toa, o argentino se consolidou como um dos maiores ídolos da Fiorentina e também muito querido pela torcida da Roma – até mesmo pela da Inter, que teve o privilégio de tê-lo em Milão por menos de seis meses. Campeão italiano com a equipe romana, Batistuta foi o artilheiro da equipe na campanha que resultou em scudetto, em 2001, mas foi mesmo em Florença que foi rei. Jogou até mesmo a Serie B pela Fiorentina, equipe que fez brigar por títulos em solo italiano durante quase toda sua estadia – concluída apenas porque o clube precisava amortizar dívidas. O argentino é o segundo maior artilheiro da história viola, com 152 gols na Serie A e 207 no total.

24º – José Altafini

Posição: atacante
Clubes na Serie A: Milan (1958-65), Napoli (1965-72) e Juventus (1972-76)

Nenhum jogador brasileiro teve mais sucesso na Itália que José Altafini, o nosso Mazola. O atacante chegou à Itália logo depois da Copa de 1958 e por quase 20 anos jogou no mais alto nível – tanto é que até hoje é o quarto maior artilheiro do campeonato, com 216 gols marcados. Suas melhores atuações foram com a camisa do Milan, clube pelo qual levantou duas vezes a Serie A, uma vez a Copa dos Campeões e pelo qual foi artilheiro do Italiano. Altafini ainda foi vital para alçar o Napoli de patamar, dando à equipe do sul dois inéditos vice-campeonatos nacionais e outras ótimas colocações na competição. Aos 34 anos ainda estava em alto nível e se transferiu para a Juve, clube pelo qual conquistou mais duas vezes a Serie A.

23º – Roberto Bettega

Posição: atacante
Clube na Serie A: Juventus (1970-1983)

Se uma lista de maiores ídolos da Juventus não contar com Bettega, esqueça: ela não é confiável. Um dos mais representativos exemplos do que é ser bianconero, o atacante (que também foi diretor do clube) conquistou sete scudetti após 481 jogos oficiais pela Juve. Somente três jogadores na história conquistaram mais títulos: Giovanni Ferrari, Virginio Rosetta e Giuseppe Furino, com oito. Bobby Gol ainda marcou 178 gols durante 13 anos com a camisa bianconera – 129 deles na Serie A. Com vasto repertório, podia jogar como centroavante ou meia ofensivo, e até hoje é considerado como um dos mais completos atacantes italianos. A principal temporada do Penna Bianca foi a 1975-76 quando participou de todas as partidas da campanha e ainda balançou as redes 17 vezes para ajudar a Velha Senhora a levantar o caneco.

22º – Frank Rijkaard

Posição: meio-campista
Clube na Serie A: Milan (1988-93)

Último do histórico trio holandês a chegar e o primeiro a sair: porém, a participação de Rijkaard no Milan é tão lembrada quanto de seus conterrâneos com a camisa rossonera. Vencedor dos principais títulos dessa geração, Rijkaard foi um dos pilares do meio-campo – mesmo com o início como zagueiro – das equipes de Arrigo Sacchi e de Fabio Capello. Inclusive, pode-se afirmar que o craque de Amsterdam era o jogador mais importante para o equilíbrio tático neste período da história milanista, graças à sua enorme inteligência, técnica e poder de marcação. Nas cinco temporadas em que teve o San Siro como casa, o holandês jogou 201 vezes, marcou 26 gols, concorreu ao prêmio Bola de Ouro e também levantou 10 taças – duas da Serie A, duas da Copa dos Campeões e mais duas do Mundial Interclubes.

21º – Fabio Cannavaro

Posição: zagueiro
Clubes na Serie A: Napoli (1992-95), Parma (1995-2002), Inter (2002-04) e Juventus (2004-06 e 2009-10)

Cannavaro foi o cara que ergueu a taça do tetracampeonato da Itália e só isto já o colocaria em lugar de destaque de qualquer lista sobre o futebol italiano. Mas, para utilizar a braçadeira de capitão da Nazionale, o jogador precisa ser líder em técnica e líder em campo. O único zagueiro a ser eleito melhor jogador do mundo (2006) era exatamente isso: um dos mais habilidosos defensores da história, Cannavaro era muito ágil, rápido e forte em roubadas de bola e antecipações. Apesar de baixinho (1,78m), ainda tinha uma impulsão fenomenal. Por onde passou, chamou a atenção, embora tenha tido mais destaque no endinheirado Parma da Parmalat e na Juventus. Curiosamente, não tem títulos da Serie A no currículo – os dois que faturou com a Velha Senhora foram revogados pela FIGC devido ao Calciocaos. Não importa: a história do Campeonato Italiano não se escreve sem o craque napolitano.

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