Agnelli faz bico: em seu primeiro ano como presidente do clube, o projeto de reergeuer a Juventus não deu certo. De novo. (Getty Images) |
A campanha: 7ª colocação, 58 pontos. 15 vitórias, 13 empates, 10 derrotas
Ao fim de 2010: 4ª colocação
Fora da Serie A: Eliminada na fase de grupos da Liga Europa e nas quartas-de-final da Coppa Italia, pela Roma
O ataque: 57 gols
A defesa: 47 gols
Time-base: Storari (Buffon); Motta (SOrensen), Bonucci, Chiellini, Grosso (De Ceglie); Krasic, Felipe Melo (Sissoko), Aquilani, Pepe (Marchisio); Del Piero, Quagliarella (Matri)
Os artilheiros: Alessandro Matri (20 gols, 9 pela Juventus), Fabio Quagliarella (9), Alessandro Del Piero (8)
Os onipresentes: Leonardo Bonucci (34 jogos), Alberto Aquilani, Milos Krasic e Alessandro Del Piero (33)
O técnico: Luigi Delneri
O decisivo: Milos Krasic
A decepção: Jorge Martínez
A revelação: Frederik Sorensen
O sumido: Hasan Salihamidzic
Melhor contratação: Milos Krasic
Pior contratação: Armand Traoré
Nota da temporada: 0
Parecia impossível repetir o desastre que foi a temporada passada, quando os problemas internos tomaram conta do clube e os jogadores não renderam dentro de campo. Este ano, porém, a Juventus não só repetiu a péssima campanha, como conseguiu piorar a situação. A volta da família Agnelli à presidência, a reformulação na diretoria esportiva e os milhões gastos em novas contratações colocavam o time como candidato à vaga na Liga dos Campeões e, com um pouco de sorte, até ao título. Ao fim de dez meses de competição, no entanto, o resultado foi bem diferente: os bianconeri não conseguiram classificação para nenhuma competição europeia após 20 anos (excluindo da conta os dois primeiros anos pós-Calciopoli) e mais uma vez vão passar por uma revolução no banco de reservas.
O enésimo “novo projeto” do time já está em formação. Antonio Conte, ex-jogador e ídolo do clube, foi o escolhido para resgatar o espírito vencedor da equipe e recolocar a Velha Senhora entre os grandes do futebol italiano. Isso porque Delneri foi vítima de seu próprio esquema ao longo de toda a temporada e não soube reconhecer escolhas erradas, como insistir em deixar Del Piero no banco a maior parte do tempo, mesmo sendo nítida a melhora do time com o veterano em campo. O sérvio Krasic é um bom exemplo do que foi a temporada juventina: início animador e queda abrupta de rendimento na segunda parte. Ainda assim, ele foi o que de melhor aconteceu para o time nesta temporada. Com sete gols e seis assistências, foi o principal jogador da equipe e, com tempo para recuperar a forma física, deve ser um dos mais importantes na temporada que vem também. Quagliarella e Matri também merecem menções honrosas. Apesar das lesões que atrapalharam a boa série de gols, foram muito bem e devem ser peças-chave para a montagem do time de Conte.
No hall de decepções, Traoré e Martínez têm espaço garantido. O lateral chegou do Arsenal para ser uma boa opção no lado esquerdo, mas foi tão mal que ressucitou Fabio Grosso, já afastado do elenco. Ao seu lado, está o uruguaio Martínez, contratado especialmente para encaixar no 4-4-2 de Delneri, após boa passagem pelo Catania, mas que também não obteve sucesso. Marco Motta é outro que a torcida bianconera tenta esquecer. Com atuações apagadíssimas pela direita, o lateral perdeu seu lugar para o jovem dinamarquês Frederik Sorensen, uma das poucas boas notícias da Juventus nessa temporada. Agora, o que resta à torcida é observar as movimentações dos dirigentes e torcer, mais uma vez, para que tudo saia como o planejado, finalmente.