Balotelli desabafa após marcar o gol que classificou a Itália ao Mundial e “matou” sua urucubaca (Reuters)
O pênalti controverso dado em Balotelli deu a vitória, de virada, ao time italiano por 2 a 1 sobre a República Tcheca, em Turim. No mais, a Itália atingiu seu objetivo: se classificar à próxima Copa do Mundo, a de 2014 – e de forma antecipada.
Prandelli optou pelo 3-4-2-1 para reduzir a vulnerabilidade da equipe nos contra-ataques. O ex-laziale Kozák, contudo, já havia marcado o 1 a 0 para a equipe visitante. Os tchecos pressionavam com vigor, uma vez que queriam bloquear as funções dos criadores de jogo da Itália, mais recuados – Bonucci, De Rossi e Pirlo.
A Squadra Azzurra foi melhor desde o primeiro minuto de jogo, mas perdeu um caminhão de gols. Balotelli errou as três primeiras: pra fora, após presente da zaga rival; na trave, após passe de Giaccherini; e novamente pra fora, depois de rebote de Cech. A Itália só chegou ao empate após a virada de tempo, com Chiellini, de cabeça.
Balotelli, ao menos, se redimiu dos fáceis gols perdidos e foi o responsável pela virada. Ele foi derrubado por Gebre Selassie e o árbitro marcou a penalidade – bem discutível, diga-se. Mas Balotelli na marca da gol é igual a Roberto Baggio: gol (menos na final da Copa de 1994, claro).
A partida realizada no Juventus Stadium, a primeira realizada pela seleção italiana no maior estádio de Turim, deu a classificação à equipe – no ano seguinte ao avanço de forma também antecipada ao torneio europeu de seleções – e colocou o goleiro Buffon ao lado de Cannavaro como os dois jogadores com a maior quantidade de aparições pela Itália em jogos internacionais. Eles têm 136 partidas; e Gigi, certamente, vai passar esta marca.
O único momento desagradável do jogo foi a lesão de Pasqual. O ala da Fiorentina, que retornou à seleção após a convocação feita em 2006, foi atingido por Kozák, com o cotovelo, e precisou ser levado ao hospital para fazer exames. Ele sofreu um corte profundo na testa.
Bulgária, Dinamarca e a própria República Tcheca decidem quem irá disputar a repescagem. Ou melhor, tentarão. Como o pior dos nove segundo-colocados nos grupos será eliminado, e hoje essa posição pertence aos búlgaros, com 4 pontos a menos que a Hungria, as chances de alguma das seleções do grupo B jogarem a repescagem é quase nula.
Ficha do jogo
Itália 2-1 República Tcheca
Itália (3-4-2-1): Buffon, Bonucci, De Rossi e Chiellini; Maggio, Pirlo, Montolivo (Thiago Motta, 86′) e Pasqual (Ogbonna, 78′); Candreva e Giaccherini (Osvaldo, 46′); Balotelli. T: Cesare Prandelli
República Tcheca (4-1-4-1): Cech, Gebre Selassie (Rabusic, 77′), Sivok, Suchý e Limbersky; Prochazka; Plasil, Rosicky (Kolár, 38′), Jiracek e Darida (Vanek, 55′); Kozák. T: Michal Bilek
Árbitro: Jonas Eriksson (SWE)
Gols: Kozák (19′), Chiellini (51′) e Balotelli (54′) – veja os gols aqui