Serie A

9ª rodada: único a vencer no pelotão da frente, Milan se iguala ao Napoli na liderança

Repleta de confrontos diretos, a 9ª rodada da Serie A foi perfeita para o Milan. Sofrendo para bater um Bologna mesmo com dois jogadores a mais, a equipe de Pioli cumpriu suas obrigações e agora está empatada com o Napoli no topo da classificação. O último time que tinha 100% de aproveitamento nas principais ligas europeias não conseguiu sair do zero contra a Roma de Mourinho, mas segue na liderança pelos critérios de desempate.

Logo atrás da dupla invicta, a Inter – por pouco – não triunfou no Derby d’Italia, ficando assim mais distante do que gostaria das primeiras colocações. Carrasco bianconero, Dybala saiu do banco para garantir um pontinho para a Juve no San Siro e estendeu para seis partidas a série invicta da equipe de Allegri em território nacional. A Atalanta foi mais uma que deixou a vitória escapar no final, dividindo os pontos no Gewiss Stadium contra a Udinese, nos acréscimos da partida.

Correndo por fora na briga pelas competições europeias, a Fiorentina voltou a vencer – e com autoridade. Já a Lazio, sucumbiu a um excelente futebol do Verona de Tudor, que empolga e promete incomodar na parte de cima da tabela. Na parte de baixo, só a Sampdoria conseguiu um fôlego ao vencer o Spezia, contando novamente com contribuições decisivas do experiente Candreva. Confira tudo isso e o que de melhor aconteceu no resumo da rodada.

>>> Classificação e artilharia da Serie A

Bologna 2-4 Milan

Gols e assistências: Rafael Leão (Ibrahimovic), Calabria, Bennacer e Ibrahimovic (Bennacer); Ibrahimovic (contra) e Barrow (Soriano)
Tops: Barrow (Bologna) e Bennacer (Milan)
Flops: Soumaoro (Bologna) e Krunić (Milan)

Um dos melhores mandantes da Serie A, o Bologna jogou de forma exemplar contra o Milan, mas as adversidades foram demais para serem superadas. Em desvantagem numérica por 70 minutos, chegou a ter que se defender com dois jogadores a menos e, por muito pouco, não conseguiu faturar um pontinho no Renato Dall’Ara. O time de Pioli não conseguiu fazer uma boa exibição apesar da superioridade, mas garantiu o triunfo no finalzinho e segue invicto no Italiano, empatado com o Napoli na liderança.

Os comandados de Mihajlovic foram melhores no início da partida, com Soriano quase aproveitando uma saída estranha de Tatarusanu. Do outro lado, os rossoneri aproveitaram a chance que tiveram, com um pouquinho de sorte. Titular pela primeira vez desde maio, Ibrahimovic encontrou belo passe para Rafael Leão nas costas da zaga, aos 14 minutos. De esquerda, o português encheu o pé e contou com um desvio em Medel para vencer Skorupski.

Seis minutos depois, primeira grande frustração dos veltri: Krunic recebeu um lançamento longo de Kjaer, na medida, e, por pouco, não saiu na cara do goleiro. Soumaoro derrubou o bósnio na meia-lua ofensiva e o zagueiro foi expulso por Valeri por impedir uma chance clara de gol. Pouco antes do intervalo, o Milan aproveitou para ampliar: Calabria, em sobra de cruzamento, encheu o pé da entrada da área para fazer o segundo.

O jogo não era tão tranquilo para os visitantes. O Bologna, mesmo com a desvantagem numérica, conseguia oferecer dificuldades e voltou com a mesma disposição para o segundo tempo. Em um intervalo de três minutos, liderado pelo excelente Barrow, empatou: primeiro o atacante gambiano bateu um escanteio cheio de veneno e Ibrahimovic acabou desviando para a própria meta, fazendo o primeiro contra de sua carreira. Na sequência, Soriano achou um passe na medida para o companheiro que, na cara do gol, não desperdiçou.

Quando parecia que o estádio viria abaixo, colocando fogo no jogo, veio mais um balde de água fria. Ballo-Touré chegou no fundo e Soriano tentou cortar o cruzamento, sem sucesso. Na hora em que tentou o desarme, pisou quase na altura da canela do lateral milanista. O juiz foi rever o lance no monitor e considerou que era passível de cartão vermelho. Com dois a menos no Bologna, o duelo praticamente se tornou ataque contra defesa.

Pioli tirou Krunic para colocar Giroud e deixou Ibra, mesmo mal na partida, em campo – ficando, assim, com dois centroavantes. Sofrendo muito para superar a barreira de nove jogadores do outro lado, o Milan encontrou a saída em chutes de longa distância. Faltando cinco minutos para o fim, Bennacer pegou uma sobra de cruzamento e anotou um belo gol, mandando de primeira no cantinho. Para fechar a conta, Ibrahimovic recebeu do argelino na entrada da área e chapou no lado da rede. O sueco se tornou o quarto quarentão a deixar sua marca na história da Serie A.

Inter 1-1 Juventus

Gols: Dzeko; Dybala (pênalti)
Tops: Brozovic (Inter) e Dybala (Juventus)
Flops: Dumfries (Inter) e Bentancur (Juventus)

Embalada pela sequência de vitórias, a Juventus foi até o San Siro e conseguiu escapar com um pontinho graças ao carrasco dos nerazzurri, Dybala. Mesmo não estando 100%, o camisa 10 entrou na segunda etapa e fez valer seu excelente retrospecto contra a Inter. Já a equipe de Simone Inzaghi fez um primeiro tempo melhor do que os visitantes e não conseguiu reter a vantagem mínima, ficando mais distante dos líderes Milan e Napoli. A terceira colocada está a sete pontos de distância da dupla – e três à frente da Velha Senhora, sexta.

Perto dos 13 minutos, Bernardeschi precisou deixar o Derby d’Italia após deslocar o ombro. Momentaneamente com um a mais, a Inter foi para cima e conseguiu abrir o marcador. Çalhanoglu, da entrada da área, quase marcou um golaço, acertando a trave em batida desviada em Locatelli. No rebote, Dzeko antecipou os defensores e só empurrou para as redes sem nenhuma dificuldade pela frente. O bósnio se igualou a Ronaldo e Milito, que também anotaram sete tentos em suas nove primeiras partidas de Serie A pela Beneamata.

A partida seguiu morna. Depois do intervalo, Allegri começou a gastar suas substituições e a Juve passou a ganhar uma cara nova. Entraram Chiesa e Dybala em um primeiro momento e, depois, os brasileiros Arthur e Kaio Jorge. Veio o resultado: em jogada pela esquerda, Dumfries derrubou Alex Sandro na área ao tentar afastar uma bola a meia altura.

Mariani precisou do VAR para ver o contato e assinalou o pênalti. Inzaghi reclamou bastante e foi expulso ainda antes da cobrança. Na marca da cal, Dybala só deslocou Handanovic, finalizando praticamente no meio do gol. Com o tento, alcançou um feito para se orgulhar: se tornou o primeiro jogador a marcar três vezes consecutivas contra a Inter pela Vecchia Signora na era dos três pontos.

Dzeko até balançou as redes, mas a Juventus de Chiellini ficou mais satisfeita com o empate no clássico com a Inter (Getty)

Roma 0-0 Napoli

Tops: Mancini (Roma) e Koulibaly (Napoli)
Flops: Pellegrini (Roma) e Zielinski (Napoli)

Quando falou que tinha jogadores no elenco inferiores ao time do Bodo/Glimt, Mourinho tomou atitudes para além das palavras. Após a pior derrota na história de sua carreira como treinador, barrou Mayoral, Villar, Kumbulla, Diawara e Reynolds: o quinteto sequer ficou no banco de reservas giallorosso. Nesse clima “amistoso”, a Roma recebeu o Napoli, até então com 100% de aproveitamento, e conseguiu ser suficientemente sólida na defesa, segurando o 0 a 0 no placar.

Em campo, os camisas 9 tiveram as melhores chances do Derby del Sole, porém, não converteram. Abraham, aos 27 minutos, recebeu um lançamento de Cristante na medida e saiu na cara do gol. Na perna boa e equilibrado, tirou demais da meta e viu a bola sair pela linha de fundo. Na segunda etapa, Osimhen chegou a carimbar a trave, num lance curioso: Mancini e Viña esbarraram com força no poste, mas ficaram bem. O centroavante partenopeo chegou a balançar as redes de cabeça, mas estava impedido – como em outras quatro oportunidades durante a partida.

O confronto, em si, foi bem amarrado. Fora das quatro linhas, Mourinho foi expulso depois de uma reclamação um tanto quanto efusiva por uma falta não marcada. E, depois do apito final, Spalletti levou vermelho por aplaudir ironicamente Massa. O árbitro, aliás, não teve bom desempenho: picou a partida com paradas e conversas excessivas. Com o resultado, o Napoli manteve a liderança e a Roma seguiu na quarta posição.

Verona 4-1 Lazio

Gols e assistências: Simeone (Caprari), Simeone (Veloso), Simeone (Caprari) e Simeone (Faraoni); Immobile (Milinkovic-Savic)
Tops: Simeone e Caprari (Verona)
Flops: Pedro e Radu (Lazio)

Giovanni Simeone terá uma tarde para recordar com carinho. Anotando um poker, se tornou o segundo da história do Verona a marcar quatro tentos na mesma partida de Serie A, repetindo o brasileiro Del Vecchio, que obtivera o feito em 1958. Fazendo excelente dupla com o endiabrado Caprari, Cholito liderou o consistente Hellas de Tudor a uma vitória acachapante sobre a Lazio de Sarri, que chega a sete gols sofridos nas últimas duas derrotas. Os aquilotti foram vazados em todas as rodadas do campeonato.

Com o Verona muito superior na primeira etapa, Pepe Reina salvou os visitantes algumas vezes antes de Cholito começar sua farra no Bentegodi. Aos 30 minutos, depois de o Hellas tanto martelar, saiu o primeiro tento: Caprari, tendo bastante liberdade, deu passe na medida para Simone sair na cara do gol. Mortal, só tirou de Reina e correu para o abraço. Seis minutos mais tarde, o arqueiro espanhol vacilou ao sair jogando com os pés e deu a posse de graça. O argentino, cheio de estilo, acertou um balaço de fora da área para anotar o segundo.

A Lazio foi atrás do prejuízo e equilibrou um pouco mais a partida. No primeiro ataque da segunda etapa, Milinkovic-Savic lançou do meio-campo para Immobile. Um pouco sem ângulo, bateu de esquerda, já de dentro da área, e teve contribuição de Montipò para diminuir a desvantagem. Os biancocelestes até ensaiaram uma pressão, mas o dia era de mesmo de Giovanni.

Simeone recebeu de novo de Caprari, saiu na frente de Reina e só tirou do goleiro para fazer seu terceiro na partida. O poker viria pelo alto. Nos acréscimos, Faraoni chegou no fundo e cruzou na cabeça do argentino. Sem nem precisar sair do chão, Cholito testou com firmeza e fechou o placar em 4 a 1. Curiosamente, o camisa 9 já havia sido carrasco de um time de Sarri: em 2018, anotou uma tripletta na vitória da Fiorentina por 3 a 0 sobre o Napoli e praticamente pôs fim ao sonho de scudetto azzurro. No campeonato atual, enquanto o Verona é o 11º colocado, com 11 pontos, a Lazio é a oitava, com 14.

Mancini levou a melhor sobre Osimhen no empate sem gols entre Roma e Napoli (Getty)

Fiorentina 3-0 Cagliari

Gols e assistências: Biraghi (pênalti), González (Saponara) e Vlahovic
Tops: Vlahovic e Saponara (Fiorentina)
Flops: Keita e Carboni (Cagliari)

Muito diferente de como se apresentou no revés para o Venezia, a Fiorentina de Italiano voltou a demonstrar a força de seu elenco. Excedendo as expectativas na Serie A, a Viola ganhou com autoridade do vice-lanterna Cagliari e está a apenas um ponto da zona de Champions League. Em campo, o nível de exibição reflete o desempenho na liga: mais uma vez a equipe foi dominante e conseguiu ser criativa na frente.

Com Sottil suspenso, Saponara foi escolhido para compor o trio de frente com Vlahovic e Nico González. Os três demonstraram ótima sintonia e foram construindo, aos poucos, o resultado. Superior, o time do Artemio Franchi saiu na frente após pênalti assinalado por toque de mão de Keita. Insultado pela própria torcida, devido ao impasse na renovação do contrato, Vlahovic optou por não cobrar e cedeu a bola ao capitão Biraghi. Sem faltar tranquilidade, só deslocou Cragno.

O tridente da Viola funcionou primorosamente pouco antes do intervalo. Aos 42 minutos, Vlahovic fez ótimo pivô, encontrando Saponara em velocidade. Cara a cara com o goleiro, o carequinha optou por tocar para o lado e deixar González, sem nenhum obstáculo, completar para as redes. O camisa 9 sérvio coroou sua boa exibição com um golaço de falta, na etapa complementar. Batida chapada e forte, por cima da barreira e um grande abraço em Italiano na comemoração. Em grande momento, o artilheiro voltou a tentar na bola parada e quase anotou outro – a redonda raspou a trave.

Atalanta 1-1 Udinese

Gols e assistências: Malinovskyi (Pasalic); Beto (Samardzic)
Tops: Palomino (Atalanta) e Nuytinck (Udinese)
Flops: Muriel (Atalanta) e Stryger Larsen (Udinese)

Gasperini segue enfrentando diversos problemas com lesões e vários jogadores estão fazendo falta, principalmente na defesa. Se contra o Manchester United a vantagem desandou após a saída de Demiral, contra a Udinese faltou deixá-la mais confortável. Do outro lado, o português Beto demonstrou mais uma vez sua veia artilheira, chegando a três jogos consecutivos balançando as redes e sendo crucial para os três pontos obtidos em três empates nesse período.

O trio de frente da Dea, com Malinovskyi, Ilicic e Zapata, era o que conseguia produzir algo de diferente na partida. O melhor momento dos mandantes coincidiu com o gol: já na segunda etapa, aos 57 minutos, o ucraniano recebeu de Pasalic na entrada da área e fez um dos seus já tradicionais golaços. Uma pedrada seca, cruzada, sem chances para Silvestri.

Perto do fim, a Udinese começou a ameaçar. Lovato quase fez contra, com Musso salvando sua pele. Nos acréscimos, o goleiro argentino foi mal. Na bola cruzada em batida de escanteio, Beto subiu mais alto que todo mundo e testou para o fundo das redes. Vale destacar que Gasperini foi expulso entre as duas jogadas, que aconteceram em sequência.

Simeone voltou a castigar um time de Sarri: com quatro gols, fez o Verona golear a Lazio (Getty)

Torino 3-2 Genoa

Gols e assistências: Sanabria (Ansaldi), Pobega (Sanabria) e Brekalo (Praet); Destro (Caicedo) e Caicedo (Kallon)
Tops: Sanabria (Torino) e Caicedo (Genoa)
Flops: Milinkovic-Savic (Torino) e Touré (Genoa)

Depois da dura sequência contra Juventus e Napoli, o Torino de Juric reencontrou o caminho das vitórias e bateu o Genoa após uma excelente primeira etapa. Enquanto a equipe de Turim desenha uma temporada mais tranquila em relação à luta contra o rebaixamento, nem um inspirado Destro está conseguindo trazer tranquilidade para os rossoblù.

O começo dos donos da casa foi arrasador. Em aproximadamente meia hora de bola rolando, foram mais de 60% de posse de bola e oito finalizações, sendo duas delas convertidas em gols. O primeiro veio aos 13 minutos, após excelente cruzamento de Ansaldi. Sanabria subiu bem e testou cruzado para marcar. O paraguaio viria aparecer de garçom no segundo tento. Conduzindo entre três defensores, conseguiu tocar para Pobega, que tirou de Sirigu com finalização no seu contrapé.

O time granata quase fechou a conta com Linetty, mas uma falta na jogada anulou o gol do meia. Sorte do Genoa, que começou a melhorar na partida na volta do intervalo e se aproximou no placar. A 20 minutos do fim, Destro recebeu um toque primoroso de primeira de Caicedo e bateu cruzado para vencer Milinkovic-Savic. Quinto gol em quatro jogos para o artilheiro, que tem seis na competição.

A empolgação para a virada durou pouco. Seis minutos depois, Praet avançou rumo à linha de fundo após boa troca de passes e cruzou rasteiro. Na primeira trave, Brekalo foi mais rápido que todos e completou para as redes. Caicedo reduziu a desvantagem mais uma vez em ótima jogada individual de Kallon, mas o empate não se concretizou. O Genoa segue na zona de rebaixamento, enquanto o Torino está no meio da tabela.

Sampdoria 2-1 Spezia

Gols e assistências: Gyasi (contra) e Candreva (Gabbiadini); Verde
Tops: Candreva e Audero (Sampdoria)
Flops: Gyasi e Antiste (Spezia)

No confronto direto na luta contra o descenso, a Sampdoria colocou um fim em sua sequência de quatro jogos sem vencer e precisou contar, mais uma vez, com um Candreva inspirado para bater o Spezia. O ponta segue sendo a principal opção de criatividade no experiente ataque da equipe do bastante questionado D’Aversa. A Samp terminou o jogo com sete defensores em campo, mas mesmo assim foi vazada novamente.

O time de Thiago Motta ficou com a bola praticamente todo o tempo. Rodava de um lado para o outro, mas tinha dificuldades em conseguir criar chances de maior perigo. A Samp, por sua vez, conseguiu sair na frente graças ao seu homem da bola parada. Em cobrança venenosa para o meio da área, Candreva contou com a sorte de um leve desvio de Gyasi, que matou o goleiro Provedel.

De forma inteligente, os blucerchiati baixaram a marcação e passaram a aproveitar as fragilidades defensivas do adversário nos contra-ataques, desperdiçando inclusive algumas grandes chances. Caputo quase ampliou com 32 minutos e boa parte do estádio achou que sua finalização, triscando a trave, havia entrado. Não fez falta: aparecendo de novo, Candreva recebeu na grande área de Gabbiadini e bateu forte para fazer o segundo. Na etapa complementar, Bereszynski ainda acertou o travessão, ao tentar encobrir Provedel, e no fim da partida, Verde ainda diminuiu para a equipe bianconera com um belo remate de fora da área.

Vlahovic e González jogaram bem e foram alguns dos principais nomes na vitória da Fiorentina sobre o Cagliari (Getty)

Sassuolo 3-1 Venezia

Gols e assistências: Berardi (Traorè), Henry (contra) e Frattesi (Raspadori); Okereke (Ampadu)
Tops: Berardi e Frattesi (Sassuolo)
Flops: Henry e Ebuehi (Venezia)

Em jogo importante para o transcorrer de sua temporada, o Sassuolo ganhou distância das últimas colocações ao bater o Venezia, conseguindo uma vitória imprescindível. O time do Vêneto até começou melhor, mas depois de saírem em desvantagem, os neroverdi acordaram de vez para a partida e dominaram até o fim. A equipe de Dionisi superou um início complicado e chegou à 13ª colocação, enquanto os comandados de Zanetti seguem próximos da zona de descenso.

Principal alternativa pelas pontas para os visitantes na ausência de Johnsen, Okereke acumulou responsabilidades na parte ofensiva e respondeu bem. Em lançamento de Ampadu para Henry, aos 30 minutos, o nigeriano chegou antes na bola e partiu para cima de Chiriches. Depois de fintar o zagueiro, acertou um belo chute no ângulo, inaugurando o marcador.

A liderança dos visitantes durou pouco tempo. Berardi, após cinco minutos, empatou o confronto. Recebendo na entrada da área, o camisa 25 foi cortando para a esquerda até conseguir espaço para a finalização e bateu forte para vencer Romero. Já no segundo tempo, veio a virada: Traorè cobrou um escanteio bem fechado e Henry desviou, meio de peixinho, marcando contra. Frattesi fechou o placar, batendo entre as pernas do goleiro após boa jogada individual de Raspadori, e fez o seu primeiro gol na Serie A e pelo Sassuolo.

Salernitana 2-4 Empoli

Gols e assistências: Pinamonti (Bandinelli), Cutrone (Haas), Strandberg (contra) e Pinamonti (pênalti); Ranieri (Ribéry) e Ismajli (contra)
Tops: Pinamonti (Empoli) e Ribéry (Salernitana)
Flops: Aya e Belec (Salernitana)

Novo técnico da Salernitana, Colantuono voltou a comandar uma equipe de Serie A após cinco anos, ocupando o lugar do recém-demitido Castori. A mudança não pareceu render efeitos imediatos – pelo menos não positivos. Em 15 minutos, o Empoli, no meio da tabela, enfileirou gols e matou a partida contra a lanterna da competição, podendo ter aberto uma diferença ainda maior antes do intervalo.

Em dia inspirado, Pinamonti abriu o placar com dois minutos de bola rolando. Bandinelli encontrou o centroavante com facilidade nas costas da defesa e Andrea não desperdiçou, colocando força o suficiente apenas para tirar de Belec. Dez minutos depois, outra jogada parecida. Desta vez Cutrone fez a diagonal e, recebendo de Haas, bateu meio desajeitado, mas colocou no fundo das redes, marcando o seu primeiro gol pelos azzurri.

A festa continuou na bagunçada defesa da Salernitana. Com imenso espaço, Henderson avançou pelo canto direito da área e bateu forte cruzado. Strandberg não se entendeu com o goleiro e acabou completando contra a própria pátria. De pênalti, Pinamonti marcou o quarto da sua equipe e ainda deixou Belec irritado por ter feito de cavadinha.

Em busca de um milagre, a Salernitana fez três alterações e tentou ir para cima da maneira possível. Ribéry, mais uma vez sendo referência criativa, ajudou diretamente nos dois tentos dos mandantes. No primeiro, deu o passe para Ranieri completar para o gol. No segundo, Kastanos tabelou com o francês para bater na trave e, no rebote, Ismajli fazer contra. Quase teve o terceiro: Djuric cabeceou após cruzamento do camisa 7, mas Vicario fez excelente defesa, quase dentro de sua meta. Um pedacinho da bola ainda ficou sobre a linha.

Seleção da rodada

Audero (Sampdoria); Mancini (Roma), Nuytinck (Udinese), Koulibaly (Napoli); Candreva (Sampdoria), Bennacer (Milan), Pobega (Torino), Saponara (Fiorentina); Caprari (Verona); Vlahovic (Fiorentina), Simeone (Verona). Técnico: Igor Tudor (Verona).

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