Nesta semana, o Brasil perdeu irmãos e sonhos na Colômbia, mas ganhou para sempre a eterna amizade dos nossos vizinhos, que se solidarizaram com uma dor intangível. O espírito de fraternidade que uniu as duas nações e o continente sul-americano, através dos gestos de empatia da cidade de Medellín e do Atlético Nacional para com a Chapecoense e o nosso país ficarão para sempre guardados na memória de todos nós. Foram atos dignos de um Nobel da Paz e que honram os mais tenros personagens do realismo fantástico de Gabriel García Márquez – o maior escritor do país.
Nós, do Quattro Tratti, temos uma forma tímida, ínfima, que nem mesmo se aproxima ao que nos proporcionou o público do Atanasio Girardot e de seus arredores, de homenagear as atitudes espontâneas dos cafeteros: lembrar dos principais atletas da Colômbia que atuaram no futebol da Itália. A chegada dos colombianos na Serie A é relativamente recente e, hoje, alguns representantes de La Tricolor são estrelas no campeonato.
Tão tradicional no futebol, desde a criação da Liga Pirata nos anos 1940 e 1950, o futebol da Colômbia foi um dos últimos da América do Sul a ter jogadores na Itália – depois dos campeões mundiais Argentina, Brasil e Uruguai, mas atrás também de Chile, Paraguai, Peru e Venezuela. Os primeiros colombianos que chegaram à Serie A foram os atacantes Faustino Asprilla e Iván Valenciano, que acertaram com Parma e Atalanta, respectivamente, na temporada 1992-93.
Da primeira geração de ouro da Colômbia (1990-98), somente Tino Asprilla e Freddy Rincón atuaram na Itália, que tinha o maior campeonato àquela época – uma pena. No entanto, não obstante este fato insólito, foram os dois que abriram portas para que mais 32 compatriotas tivessem a oportunidade de defender um time da primeira divisão italiana. A equipe que mais teve colombianos em seu quadro de atletas é a Udinese, com oito jogadores, seguida por Inter, Milan, Napoli e Parma, que contam com quatro.
Critérios
Para montar as listas, o Quattro Tratti levou em consideração a importância de determinado jogador na história dos clubes que defendeu, qualidade técnica do atleta versus expectativa, identificação com as torcidas e o dia a dia do clube (mesmo após o fim da carreira), grau de participação nas conquistas, respaldo atingido através da equipe, desempenho por seleções nacionais e prêmios individuais.
Top 15 Colombianos na Itália
11. Carlos Bacca; 12. Freddy Rincón; 13. Jeison Murillo; 14. Óscar Córdoba; 15. Carlos Carbonero.
10º – Luis Muriel
Posição: atacante
Clubes em que atuou: Lecce (2011-12), Udinese (2012-15) e Sampdoria (2015-hoje)
Muriel ainda não chegou a honrar as comparações a Ronaldo, que lhe conferiram muito frisson no início da carreira, mas tem tido desempenho positivo em seus anos de Serie A. Formado pelo Junior de Barranquilla, o veloz e ambidestro atacante apareceu para o mundo com a camisa do Deportivo Cali e, com 19 anos, foi adquirido pela Udinese, que o emprestou imediatamente ao Granada. Após uma temporada na Espanha, o colombiano voltou à Itália para defender o Lecce, clube em que finalmente explodiu: apesar do rebaixamento dos salentinos, Muriel brilhou, com sete gols e muitas jogadas de efeito, sempre mostrando habilidade e ótimo poder de finalização. Assim, foi eleito revelação da Serie A e convocado para La Tricolor pela primeira vez.
O atacante retornou à Údine com o potencial de encher os cofres do clube de Giampaolo Pozzo, que esperava revendê-lo a peso de ouro após mais outra temporada brilhante. Em sua primeira temporada no Friuli, Muriel teve atuações irregulares, mas ainda assim conseguiu ser o vice-artilheiro do time com 11 gols em 23 partidas, o que não garantiu uma venda, mas sua permanência em bianconero. No entanto, os 18 meses seguintes foram de queda no seu futebol, que minguou juntamente com as atuações da Udinese. Em janeiro de 2015, o colombiano acertou com a Sampdoria, clube em que resgatou a boa fase: titular da equipe, tem contribuído mais com assistências e também tem feito gols decisivos, garantindo vitórias contra adversários importantes, como o rival Genoa.
9º – Fredy Guarín
Posição: meio-campista
Clubes em que atuou: Inter (2012-16)
Entre lances incríveis e bolas chutadas para fora do estádio Giuseppe Meazza, Guarín é um jogador que ficou guardado na memória do torcedor da Inter. O meia central começou no Envigado e, após passagens por Atlético Huila e Boca Juniors, chegou à Europa para defender o Saint-Étienne, clube em que apenas estagiou para seguir ao Porto e brilhar. O jogador da seleção colombiana foi negociado com a Inter em janeiro de 2012 e, mesmo com uma lesão muscular que o manteria afastado por dois meses, a equipe de Milão optou por assegurar sua contratação. Na Beneamata, Fredy teve impacto instantâneo: com um pênalti sofrido, ajudou os nerazzurri a vencerem o Genoa por 5 a 4. Após somente seis jogos em Milão, foi contratado em definitivo e se tornou titular absoluto da equipe comandada por Andrea Stramaccioni.
O colombiano ganhou espaço principalmente por seu dinamismo e grandes atuações, como a no Derby d’Italia: na ocasião, Guaro anulou Andrea Pirlo e ainda contribuiu com um dos gols de Diego Milito na vitória por 3 a 1 sobre a Juventus, que perdia a primeira partida em seu novo estádio. Em quatro anos em Appiano Gentile, Guarín ainda decidiu um clássico de Milão e chegou a ser capitão nerazzurro, mas não conseguiu exprimir ao máximo o seu futebol – muito por causa do caos institucional interista. Suas melhores qualidades, como o dinamismo, o bom poder de chegada na área e as finalizações, foram frequentemente ofuscados por péssimas tomadas de decisão, como passes errados e chutes tortos, o que gerava impaciência de parte da torcida. Guaro chegou a negociar com a Juventus, mas aceitou uma proposta milionária do Shangai Shenhua para atuar na China e deixou o futebol italiano após mais de 100 partidas pela Inter.
8º – Pablo Armero
Posição: lateral esquerdo
Clubes em que atuou: Udinese (2010-13 e 2016-hoje), Napoli (2013-14) e Milan (2014-15)
Conhecido pela louca dança do Armeration em seus tempos de Palmeiras, o lateral Armero desenvolveu uma sólida careira no futebol italiano. O jogador revelado pelo América de Cali aterrissou na Itália depois de ter sido observado pela Udinese com a camisa do alviverde paulista e foi tido como uma peça que se encaixaria perfeitamente no time do técnico Francesco Guidolin. O 3-5-2 foi o esquema ideal para que o colombiano explorasse ao máximo sua velocidade e sua chegada à linha de fundo para se tornar o melhor lateral da Serie A entre 2010 e 2012.
Armero foi apelidado de “Flecha Negra” por conta de sua velocidade, e foi fundamental em um time da Udinese que conquistou duas classificações consecutivas para a Liga dos Campeões. Em alta, o lateral se transferiu para o Napoli em janeiro de 2013 e ajudou os azzurri a serem vice-campeões italianos em 2012-13 e terceiro colocados em 2013-14, ainda que o espaço limitado tenha feito com que ele não encerrasse a temporada na Campânia. A partir de então, Armero passou a ser emprestado a diversos clubes, pelos quais jogou pouco – West Ham, Milan e Flamengo. Depois de disputar a Copa do Mundo de 2014, sua má fase se intensificou e ele acabou sendo contratado para compor o elenco da Udinese, em janeiro de 2016. Desde seu retorno ao Friuli, pouco tem contribuído para tirar o clube de sua fase melancólica: fez somente sete jogos e não é sombra do ótimo jogador que foi.
7º – Juan Camilo Zúñiga
Posição: lateral direito e lateral esquerdo
Clubes em que atuou: Siena (2008-09), Napoli (2009-16) e Bologna (2016)
Títulos conquistados: Coppa Italia (2012 e 2014) e Supercopa Italiana (2014)
Zúñiga é muito mais do que uma joelhada nas costas de Neymar. Versátil, o jogador nascido em Chigorodó é capaz de atuar nas duas laterais com a mesma desenvoltura e qualidade, atributos que fizeram com que o Siena o contratasse junto ao Atlético Nacional, clube que o revelou. O jogador de velocidade e boa marcação atuou como lateral direito na Toscana, em 2008-09, temporada em que auxiliou os seneses a escaparem com tranquilidade e alcançarem o sétimo ano consecutivo na elite. Com as ótimas atuações, Zúñiga foi um dos melhores em sua posição naquela Serie A e chamou a atenção do Napoli, que se reforçava para brigar por vagas em competições europeias.
Em seis anos e meio no clube do San Paolo, Zúñiga se tornou um dos pilares de sua reconstrução e volta às cabeças. No melhor momento do clube pós-Diego Maradona, o colombiano esteve presente, atuando quase sempre como ala esquerdo do time de Walter Mazzarri – com Rafa Benítez foi pouco utilizado, sobretudo por causa de uma séria lesão no joelho. Coadjuvante de peso do tridente formado por Marek Hamsík, Ezequiel Lavezzi e Edinson Cavani, Zúñiga levantou duas vezes a Coppa Italia e uma vez a Supercopa Italiana – ainda foi vice da Serie A em 2013. O lateral, que chegou a utilizar a braçadeira de capitão do time em algumas oportunidades, foi emprestado ao Bologna em janeiro de 2016 para ganhar ritmo de jogo e, atualmente, faz parte da corte de Mazzarri no Watford, da Inglaterra.
6º – Víctor Ibarbo
Posição: meia-atacante
Clubes em que atuou: Cagliari (2011-15) e Roma (2015)
Outro jogador revelado pelo Atlético Nacional, Ibarbo também tem a velocidade como sua maior característica. O meia-atacante chegou à Itália após se destacar com a camisa dos verdolagas, que defendeu de 2008 a 2011, e, mesmo defendendo um clube médio, como o Cagliari, se tornou um dos mais insinuantes jogadores da Serie A. Hábil, forte e com um potente tiro de fora da área, Ibarbo desequilibrava as defesas adversárias, dava assistências e marcava gols com facilidade. Por isso, também chegou a atuar como atacante puro.
O colombiano foi adorado na Sardenha, região que habitou por três anos e meio. Nas três temporadas completas em que defendeu o Cagliari, em duas foi o jogador mais utilizado, e em todas conseguiu cumprir o objetivo de manter os casteddu na Serie A. Depois de 121 jogos e 15 gols pelo time sardo e uma participação na Copa do Mundo de 2014, Ibarbo deu um salto na carreira e acertou com a Roma, mas sua passagem pela Cidade Eterna durou somente seis meses, nos quais entrou em campo em 13 oportunidades. Desde que saiu do Cagliari, o meia-atacante nunca mais foi o mesmo, colecionando equipes e insucessos – além da Roma, não foi bem em Watford, Atlético Nacional e, atualmente, não brilha no Panathinaikos. Aos 26 anos, precisa recolocar a carreira nos trilhos. Na Itália, quem sabe.
5º – Mario Yepes
Posição: zagueiro
Clubes em que atuou: Chievo (2008-10), Milan (2010-13) e Atalanta (2013-14)
Títulos conquistados: Serie A (2011) e Supercopa Italiana (2011)
Patrimônio do futebol da Colômbia, Yepes chegou ao futebol italiano já com muita experiência. Quando acertou com o Chievo, aos 32 anos, o xerife já tinha defendido Cortuluá, Deportivo Cali, River Plate, Nantes e Paris Saint-Germain, e tinha na Copa América, levantada em 2001, o título mais importante da carreira. Se imaginava que o colombiano passaria rapidamente pelo Belpaese, para encerrar sua trajetória com dignidade, mas o que de fato houve surpreendeu bastante: com preparo físico invejável, Super Mario jogou seis anos na Serie A e ainda conquistou um scudetto.
Os dois anos em Verona rejuvenesceram o zagueiro colombiano que, apesar de lento, era excepcional na bola aérea e nos botes aos atacantes adversários. Pelos clivensi, Yepes atuou sempre como titular e, com boas atuações, ajudou o Chievo a ter uma das defesas menos vazadas da Itália no período. A grande fase fez com que o Milan decidisse contratá-lo, aos 34 anos, para ser um dos reservas de Thiago Silva e Alessandro Nesta. Nos três anos de Lombardia, o defensor atuou em 46 partidas – pouco, mas um número até acima do esperado – e teve a honra de comemorar uma Serie A e uma Supercopa Italiana. Em fim de contrato, assinou com a Atalanta e, aos 38 anos, ainda conseguiu atuar em bom nível e como titular em grande parte da temporada 2013-14. Depois de defender o San Lorenzo por um ano e meio, Yepes se aposentou e hoje é técnico do Deportivo Cali.
4º – Cristián Zapata
Posição: zagueiro
Clubes em que atuou: Udinese (2005-11) e Milan (2012-hoje)
Assim como Yepes, Zapata passou pelo Deportivo Cali e ganhou destaque com los azucareros. Embora hoje seja contestado por parte da torcida do Milan, o zagueiro nascido em Padilla tem uma carreira sólida na Serie A e não está na Itália há dez anos por um acaso. Desde que entrou nos campos do país pela primeira vez, com a camisa da Udinese, Cristián demonstrou eficiência nas bolas aéreas, força física e também velocidade. Versátil, também pode atuar como lateral direito.
Embora peque no Milan por não se manter focado o tempo inteiro – o que o faz cometer erros –, Zapata surgiu como uma grande promessa. O defensor foi contratado pela Udinese meses depois de ter sido campeão sul-americano sub-20 e não sentiu a pressão ou a adaptação a um novo país. Ele estreou em novembro de 2005, aos 19 anos, e a partir dali nunca mais perdeu uma vaga no time titular friulano – só não atuou em metade da temporada 2008-09 por causa de uma lesão no maxilar. Um dos melhores zagueiros da Serie A, Zapata contribuiu com a ascensão da equipe de Údine, a qual ajudou a classificar para a Liga dos Campeões, na temporada 2010-11. Vendido ao Villarreal, o zagueiro passou um ano no Submarino Amarelo e voltou ao Belpaese para atuar pelo Milan, equipe em que não emplacou. Na temporada 2016-17, perdeu espaço e não foi utilizado por Vincenzo Montella em uma partida sequer.
3º – Faustino Asprilla
Posição: atacante
Clubes em que atuou: Parma (1992-1996 e 1998-99)
Títulos conquistados: Recopa Uefa (1993), Supercopa Uefa (1993) Copa Uefa (1995 e 1999) e Coppa Italia (1999)
Figura folclórica e muito conhecida pelos brasileiros por ter defendido Palmeiras e Fluminense, Tino Asprilla foi um dos grandes craques que defenderam o Parma na década de 1990. O rápido e eficaz atacante entrou em evidência com as camisas de Cúcuta e Atlético Nacional antes de a Parmalat resolver investir no futuro – ao contrário de outras transações dos crociati na época, Asprilla foi contratado sem tanto alarde e tinha status de promessa. Uma promessa que viria a se concretizar, pois ele foi um dos grandes jogadores da história do futebol da Colômbia e ainda participou da conquista de cinco títulos dos emilianos.
O colombiano não explodiu na primeira temporada na Itália, mas teve um grande momento em 1992-93: o gol de falta, na vitória por 1 a 0 frente ao Milan, que encerrou a série de 58 jogos invictos dos rossoneri, recorde vigente até hoje n futebol italiano. Tino também foi o artilheiro parmense na conquista da Recopa Uefa, mas não jogou a final pois se machucou em uma briga de trânsito – mostrando, ali, o lado bad boy que o acompanhou por toda a carreira. Os problemas extracampo atrapalhavam, e Tino alternava péssimos momentos com exibições fantásticas: destacam-se os dois gols marcados no histórico 5 a 0 imposto à Argentina em Buenos Aires e os três contra o Bayer Leverkusen nas semifinais da Copa Uefa, vencida pelos crociati. Depois de passar 18 meses emprestado ao Newcastle, Asprilla voltou ao Parma como coadjuvante, mas fez boa parceria com Juan Sebastián Verón e Hernán Crespo, colegas com os quais levantou outra Copa Uefa e uma Coppa Italia. Após as conquistas, a Parmalat optou por cedê-lo ao Palmeiras, clube que também patrocinava.
2º – Juan Guillermo Cuadrado
Posição: ala e meia-atacante
Clubes em que atuou: Udinese (2009-11), Lecce (2011-12), Fiorentina (2012-15) e Juventus (2015-hoje)
Títulos conquistados: Serie A (2016) e Coppa Italia (2016)
Cuadrado é um daqueles jogadores que tiram os adversários para dançar e ainda celebram a sua vitória pessoal sobre eles com mais dança. O futebol alegre deste ótimo jogador colombiano não é firula – ao contrário: o apelido de “Vespa” surgiu por causa de sua velocidade, objetividade e incessante agressividade pelas pontas. Dessa forma, o garotinho que cresceu driblando a violência na pequena Necoclí (cidade próxima à fronteira com o Panamá) começou a driblar rivais no esporte: sua carreira como lateral direito no Independiente Medellín e, depois de dois anos pelo Poderoso de la Montaña, foi notado pela extensa rede de olheiros da Udinese.
No Friuli, continuou atuando como lateral e não conseguiu se destacar: realizou somente 20 partidas em dois anos e acabou emprestado para o Lecce, em 2011, com o intuito de jogar mais vezes. No Via del Mare, finalmente descobriram que Cuadrado nasceu para definir: atuando como meia avançado, fez uma excepcional dupla com o compatriota Luis Muriel e se destacou pela velocidade e por alguns golaços de fora da área, com seu tradicional chute potente e colocado. O desempenho acima da média chamou a atenção da Fiorentina, que o adquiriu por um pedido do técnico Vincenzo Montella, que o via como perfeito para a ala direita do seu 3-5-2. O Aeroplanino não poderia estar mais certo: rapidamente a Vespa se tornou um dos mais importantes jogadores da Viola, que foi três vezes quarta colocada da Serie A e vice-campeã da Coppa Italia com a colaboração de Cuadrado – foram 106 jogos e 26 gols pelo clube. Após um rápido período negativo no Chelsea, o colombiano deu um salto na carreira e acertou com a Juventus, equipe em que conquistou seus primeiros títulos na carreira. Em ótima fase, a Vespa é uma peça de desequilíbrio no estilo de jogo proposto pelo técnico Massimiliano Allegri.
1º – Iván Córdoba
Posição: zagueiro
Clubes em que atuou: Inter (2000-12)
Títulos conquistados: Liga dos Campeões (2010), Mundial de Clubes da Fifa (2010), Serie A
(2006, 2007, 2008, 2009 e 2010), Coppa Italia (2005, 2006, 2010 e 2011),
Supercopa Italiana (2005, 2006, 2008 e 2010) e Copa América (2001)
Nascido em Rionegro, cidade em que está localizado o aeroporto em que o avião da Chapecoense deveria pousar, Córdoba superou uma infância complicada para poder brilhar no futebol. Terrorismo, guerra entre cartéis e combate ao tráfico, tudo isso fez parte do cenário dos primeiros anos da vida do zagueiro, que atuou na Colômbia com as camisas de Deportivo Rionegro e Atlético Nacional. Após superar tudo isto e começar a carreira no esporte, Iván se destacou no argentino San Lorenzo e, em 2000, chegou à Inter para fazer história: é o jogador colombiano que mais teve sucesso na Itália. Mais do que isso: é o cafetero com mais títulos em todo o futebol europeu, já que levantou incríveis 15 taças pela Beneamata.
Baixinho que se tornava gigante pela grande impulsão, pela velocidade e pela imposição física, Córdoba superou fases ruins de uma Inter que tinha espírito de derrotada e, traumatizada, acabava tropeçando nas próprias pernas e se prejudicando. A regularidade do jogador colombiano o manteve como titular absoluto dos nerazzurri entre 2000 e 2008, período que compreende a primeira fase do ciclo vencedor do clube, que acabou com o pentacampeonato italiano e ainda títulos da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes da Fifa. Sob o comando de Roberto Mancini e ao lado de Walter Samuel e Marco Materazzi, Córdoba exerceu papel de liderança do elenco e só perdeu a posição na equipe quando lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, em 2008. Córdoba chegou a ser capitão da Inter em algumas ocasiões e foi homenageado com uma placa comemorativa no dia em que se aposentou, em 2012. Ao todo, representou a Beneamata em 455 partidas e ainda ocupou um cargo na direção do clube depois de encerrar a carreira.
[…] e habilidade técnica. Ele foi fundamental na qualificação para o Campeonato do Mundo de 199414. Asprilla teve sucesso em clubes europeus, especialmente no Parma, na […]