Na segunda lista dos principais craques que já atuaram nos grandes clubes da Itália, depois de falarmos sobre a Juventus, é a vez de trazermos os futebolistas que marcaram a história da Internazionale, equipe fundada em 1908 e com grande projeção internacional. Com rico currículo de títulos, a Beneamata teve como principais períodos de sua história as décadas de 30, 60, 80 e o final dos anos 2000.
Ao longo destes anos, a Inter sempre teve jogadores importantes em seu elenco. Grande celeiro de craques, alguns dos maiores nomes de sua história iniciaram a carreira por lá e nem trocaram de time, como Sandro Mazzola, Giuseppe Bergomi e Giacinto Facchetti. Outros começaram por lá, rodaram por outros times, mas sempre foram ligados à equipe, como Giuseppe Meazza e Walter Zenga. Outros craques, como Luis Suárez e Javier Zanetti, chegaram de outro país, mas abraçaram o interismo como se já tivessem nascido com ele.
Escolher 10 ou 25 jogadores de clubes com histórias tão grandes é algo muito complicado. Relembrar a história exige seleção e critérios e, por mais que alguns grandes nomes tenham ficado de fora, se a nossa lista tivesse 50 ou 100 nomes, eles certamente estariam aí, porque foram cogitados em votação interna entre nossos colaboradores. Para montar as listas, o Quattro Tratti levou em consideração a importância de determinado jogador na história do clube, qualidade técnica do atleta versus expectativa, identificação com a torcida e o dia a dia do clube (mesmo após o fim da carreira), grau de participação nas conquistas, respaldo atingido através da equipe e prêmios individuais. Listas são sempre discutíveis, é claro, e você pode deixar a sua nos comentários!
Além do “top 10”, com detalhes sobre os jogadores, suas conquistas e motivos que os credenciam a figurar em nossa listagem, damos espaço para mais alguns grandes. Quem não atingiu o índice necessário para entrar no top 10 é mostrado no ranking a seguir.
Observações: Para saber mais sobre os jogadores, os links levam a seus perfis no site. Os títulos e prêmios individuais citados são apenas aqueles conquistados pelos jogadores em seu período no clube. Também foram computadas premiações pelas seleções nacionais, desde que ocorressem durante a passagem dos jogadores nos clubes em questão.
Top 25 Inter
11. Mario Corso; 12. Gabriele Oriali; 13. Alessandro Altobelli; 14. Tarcisio Burgnich; 15. Esteban Cambiasso; 16. Andreas Brehme; 17. István Nyers; 18. Giuseppe Baresi; 19. Lennart Skoglund; 20. Jair da Costa; 21. Jürgen Klinsmann; 22. Karl-Heinz Rummenigge; 23. Christian Vieri; 24. Antonio Angelillo; 25. Zlatan Ibrahimovic.
10º – Diego Milito
Posição: atacante
Período em que atuou: 2009-2014
Títulos ganhos: Mundial Interclubes Fifa (2010), Liga dos Campeões (2009-10), Serie A (2009-10), Coppa Italia (2; 2009-10 e 2010-11) e Supercopa Italiana (2010).
Prêmios individuais: Atacante do Ano da Uefa (2009-10), Jogador do Ano da Uefa (2009-10), Homem do Jogo da final da Uefa Champions League (2009-10), Oscar del Calcio: Jogador mais amado pelos torcedores (2009), Oscar del Calcio: Melhor artilheiro (2009), Oscar del Calcio: Melhor jogador estrangeiro (2010) e Oscar del Calcio: Melhor jogador (2010).
Milito chegou à Inter já com 30 anos e, na primeira temporada vestindo nerazzurro, garantiu a sua entrada entre os maiores craques da história da Beneamata. Em 2009-10, em 52 jogos, marcou 30 gols, sendo mais importante do que jogadores de peso, como Eto’o e Sneijder. A marca já seria boa por si só, mas o argentino fez gols muito importantes na conquista da Tríplice Coroa, algo inédito na história do futebol italiano, até então, e que só a Inter tem, até o momento. Para completar, na Serie A fez gol no dérbi de Milão e deu o scudetto à Inter frente ao Siena; decidiu a Coppa Italia com um golaço contra a Roma; e também marcou gols contra todos os adversários da Inter no mata-mata da Liga dos Campeões, incluindo Chelsea, Barcelona e a doppietta na final, contra o Bayern de Munique.
Nas outras quatro temporadas em que esteve em Milão, Milito só esteve à altura do jogador que foi na primeira temporada em 2011-12, quando aquele atacante de corte seco, chutes fulminantes de pé direito e muita movimentação voltou a aparecer. Fez uma tripletta contra o Genoa, outra contra o Milan (apenas Nyers e Amadei haviam feito o mesmo pela Inter) e chegou aos 24 gols na Serie A, superando o número de gols de Ronaldo pela equipe. No restante de sua passagem, conviveu com lesões, mau condicionamento físico e pouca sorte, mas nada que o fizesse perder o respeito e o amor dos torcedores, que adoravam gritar o seu nome em San Siro.
9º – Walter Zenga
Posição: goleiro
Período em que atuou: 1982-1994
Títulos ganhos: Copa Uefa (2; 1990-91 e 1993-94), Serie A (1988-89) e Supercopa Italiana (1989)
Prêmios individuais: Guerin d’Oro (1986-87) e Goleiro do Ano IFFHS (1989, 1990 e 1991)
Walter Zenga é, sem dúvidas, o maior goleiro da história nerazzurra. Uma histórica rica em arqueiros que ficaram muito tempo e marcaram época no clube, como Giuliano Sarti e Lido Vieri, nos anos 60 e 70, Francesco Toldo e Júlio César nos 2000. E também Ivano Bordon, nos anos 70 e 80, que antecedeu Zenga. O Homem-Aranha, como era chamado, precisou rodar em times menores e ter uma temporada como reserva antes de ganhar sua primeira chance e passar 11 temporadas como titular indiscutível da Inter, sendo fundamental em quatro conquistas neste período.
Formado na base da Inter, Zenga foi líder da menos vazada defesa da Serie A 1988-89, que a Inter conquistou quebrando todos os recordes, ficando 11 pontos à frente do Napoli de Maradona (à época, a vitória valia dois pontos, e os 11 pontos seriam equivalentes a 19, hoje) e 12 sobre o Milan de van Basten, Rijkaard e Gullit. Zenga ainda é o recordista de minutos sem sofrer gols numa Copa do Mundo (517 minutos de invencibilidade), quando foi titular no Mundial de 1990, na Itália. Não à toa, neste período, acabou sendo eleito o melhor goleiro do mundo por três vezes consecutivas.
8º – Giuseppe Bergomi
Posição: zagueiro
Período em que atuou: 1979-1999
Títulos ganhos: Copa do Mundo (1982), Copa Uefa (3; 1990-91, 1993-94 e 1997-98), Serie A (1988-89), Coppa Italia (1981-82) e Supercopa Italiana (1989)
Prêmios individuais: Integrante da lista Fifa 100; Prêmio Gaetano Scirea por carreira exemplar (1997).
Com 20 anos de serviços prestados à Inter, Giuseppe Bergomi é um exemplo de fidelidade. Lo Zio, como foi apelidado por causa das vastas sobrancelhas e bigode grosso, mesmo quando iniciou a carreira, foi um exemplo de classe dentro e fora dos gramados. Jogador de extrema precisão e bons posicionamento e antecipação, desarmava como poucos, com bastante lealdade e segurança. Estreou na Inter pela Serie A com apenas 17 anos e dois meses, sendo, à época, o mais precoce estreante pela equipe. No ano seguinte, se sagraria campeão como titular em parte da campanha do tri mundial da Itália.
A carreira, que começou bem, se transformou em mítica. Superou mitos como Sandro Mazzola, Giacinto Facchetti e Giuseppe Baresi, e até 2011, detinha o maior número de jogos pela Inter (758), quando foi superado por Javier Zanetti. O argentino também o supera apenas em números de dérbis de Milão jogados (45 contra 44). Capitão da Inter a partir de 1992, com a saída de Baresi, Bergomi continuou sua trajetória de sucesso e de ídolo interista e faturou mais duas Copas Uefa (a primeira havia sido em 1990-91, dois anos após o scudetto dos recordes nerazzurro, em que teve grande participação, ao lado de Andrea Mandorlini e Ricardo Ferri). Com três conquistas do segundo mais relevante torneio europeu, é recordista, ao lado de Ray Clemence e do também interista Nicola Berti.
7º – Lothar Matthäus
Posição: meio-campista
Período em que atuou: 1988-1992
Títulos ganhos: Copa do Mundo (1990), Copa Uefa (1990-91), Serie A (1988-89) e Supercopa Italiana (1989)
Prêmios individuais: Bola de Ouro (1990), Melhor Jogador do Mundo Fifa (1991), Jogador do Ano World Soccer (1990), Jogador Alemão do Ano (1990), Seleção da Copa (1990) e Integrante da lista Fifa 100
O scudetto conquistado em 1988-89 ficou muitos anos na mente dos torcedores interistas. Não só porque a equipe acumulou 17 anos de uma incômoda fila, mas porque a temporada foi de recordes e de hegemonia sobre rivais fortíssimos. E, se aquele time era muito equilibrado e tinha craques por todo o lado, a companhia tinha uma estrela: Lothar Matthäus, no auge de sua carreira. Nos anos em que esteve em Milão, o germânico ganhou uma Copa do Mundo, foi líder em campanha recordista na Serie A e conquistou quase todos os prêmios individuais da carreira, incluindo os de melhor jogador do mundo, pela Fifa e pela France Football.
Matthäus foi o alemão de maior destaque numa Inter que teve também Hansi Müller, Karl-Heinz Rummenigge, Andreas Brehme e Jürgen Klinsmann. Dotado de técnica invejável, Matthäus foi, naturalmente, um líder em campo, com muita concentração e determinação. Além disso, conseguia se deslocar com qualidade e velocidade em todo o meio-campo interista, criava e marcava gols – mesmo que o artilheiro do time à época fosse Aldo Serena. Gols como o que garantiu o scudetto e o da final da Copa Uefa, diante da Roma, em 1991. Apesar de ter ficado apenas quatro anos no clube, sua grande técnica e importância o colocam como um dos maiores da história azul e preta.
6º – Ronaldo
Posição: atacante
Período em que atuou: 1997-2002
Títulos ganhos: Copa do Mundo (2002), Copa das Confederações (1997), Copa América (1999) e Copa Uefa (1997-98)
Prêmios individuais: Bola de Ouro (1997), Melhor Jogador do Mundo Fifa (1997), Jogador do Ano World Soccer (1997), Melhor Jogador da Copa (1998), Seleção da Copa (1998 e 2002), Atacante do Ano da Uefa (1998), Jogador do Ano da Uefa (1998), Oscar del Calcio: Melhor jogador estrangeiro
(1998), Oscar del Calcio: Melhor jogador (1998), Artilheiro da Copa América (1999), Artilheiro da Copa do Mundo (2002) e Integrante da lista Fifa 100
O Fenômeno passou apenas cinco anos na Inter, quase dois deles inteiramente fora de ação – na realidade, Ronaldo disputou apenas uma temporada completa em Milão. Quando esteve em campo, porém, foi uma verdadeira máquina, no auge de sua carreira, em que aliava força física, velocidade, dribles desconcertantes e faro de gol. Em 99 partidas, marcou 59 gols, média de quase 0,6 por jogo. Não à toa, Ronnie ganhou uma pá de prêmios individuais em seu período nerazzurro. Por outro lado, conquistou apenas uma Copa Uefa pela Inter, e foi símbolo de uma equipe que bateu na trave diversas vezes.
A melhor temporada de Ronaldo foi a primeira, 1997-98, logo depois que foi comprado do Barcelona por 25 milhões de dólares. Naquele ano, fez um dos gols que garantiram a Copa Uefa para a Inter, em final contra a Lazio, e foi vice-artilheiro da Serie A, com 25 gols, dois a menos que Oliver Bierhoff. A Inter foi vice no Italiano, mas a história poderia ter sido diferente, caso um pênalti sofrido pelo Fenômeno, contra a campeã Juventus, tivesse sido marcado. Nas outras temporadas, apesar da ótima média de gols, duas lesões em um tendão do joelho, em 1999 e 2000, limitaram sua presença em campo. Coincidentemente ou não, a Inter só voltou a lutar pelo título quando Ronaldo voltou aos gramados, no final de 2001. A última partida pela Inter foi mais um quase, com a perda do scudetto na última rodada, e terminou em lágrimas. Caso estivesse em melhores condições físicas, Ronaldo certamente poderia ter ganhado posições no nosso ranking.
5º – Luis Suárez
Posição: meio-campista
Período em que atuou: 1961-1970
Títulos ganhos: Mundial Interclubes (2; 1964 e 1965), Copa dos Campeões (2; 1963-64 e 1964-65), Serie A (3; 1962-63, 1963-64 e 1965-66) e Eurocopa (1964)
Prêmios individuais: nenhum
Suárez chegou à Inter, assim como Ronaldo, depois de ter brilhado no Barcelona. O espanhol, porém, atuou por sete temporadas na Catalunha e até conquistou o prêmio de melhor do mundo antes de desembarcar em Milão como o jogador mais caro da história até então. Pedido expresso de Helenio Herrera, que o havia treinado no Barça, Luisito chegou para ser transformado de mezza’ala em regista, e foi o primeiro a se destacar na posição em solo italiano, esbanjando habilidade e longos lançamentos.
Na Grande Inter de Herrera e Angelo Moratti, foi figura central de um time com craques como Sandro Mazzola, Giacinto Facchetti, Jair da Costa e Mario Corso. Dono do meio-campo azul e preto, foi um dos líderes de um dos ciclos mais vitoriosos (se não o maior) da história da Beneamata. Também brilhou pela seleção espanhola, pela qual conquistou uma Euro. Permaneceu ligado à Inter depois de se aposentar, e treinou a equipe em três ocasiões (duas como interino) e também foi chefe dos olheiros da equipe – foi responsável, inclusive, por contratar Javier Zanetti.
4º – Sandro Mazzola
Posição: atacante
Período em que atuou: 1960-1977
Títulos ganhos: Mundial Interclubes (2; 1964 e 1965), Copa dos Campeões (2; 1963-64 e 1964-65), Serie A (4; 1962-63, 1963-64, 1965-66 e 1970-71) e Eurocopa (1968)
Prêmios individuais: nenhum
Uma vida por um clube. Em 18 anos de Inter, Alessandro “Sandro” Mazzola se transformou em um dos maiores nomes da história azul e preta e também de todo o futebol italiano. Atuando como meia ou ala aberto pela direita, mostrava muita velocidade e habilidade, úteis para os contra-ataques clássicos da Grande Inter, e também ótimo poder de finalização. Filho da arte, viveu algo raro: teve carreira tão gloriosa quanto o pai, Valentino, artilheiro do Torino na década de 40, morto no desastre de Superga. Em 565 jogos pelo clube, marcou 160 gols, e é o quarto maior artilheiro da história do clube, atrás de Meazza, Altobelli e Boninsegna.
Mazzola ainda tinha relação especial com grandes jogos. Decidiu a final da Copa dos Campeões de 1964 e, em sua estreia em um dérbi contra o Milan, fez gol com apenas 13 segundos de jogo. Em 1970, depois de ser campeão europeu pela Itália, disputou Copa do Mundo revezando a titularidade com o milanista Gianni Rivera, e no ano seguinte foi eleito o segundo melhor jogador do mundo, atrás de Johan Cruijff. Após se aposentar, Mazzola ainda ocupou cargos na diretoria da Inter e, em 1995, assumiu o cargo de diretor esportivo da equipe – na época, Massimo Moratti convidou homens fieis a seu pai, Angelo, para cargos na diretoria do clube; foram contratados Mazzola,
Facchetti, Corso e Suárez.
3º – Giacinto Facchetti
Posição: lateral esquerdo
Período em que atuou: 1960-1978
Títulos ganhos: Mundial Interclubes (2; 1964 e 1965), Copa dos Campeões (2; 1963-64 e 1964-65), Serie A (4; 1962-63, 1963-64, 1965-66 e 1970-71), Coppa Italia (1977-78) e Eurocopa (1968)
Prêmios individuais: Prêmio Presidencial Fifa (2006) e Integrante da lista Fifa 100
Mais um do programa “meu clube, minha vida”. Giacinto Facchetti viveu a Inter em quase todas as suas facetas. Foi jogador, capitão, diretor e até mesmo presidente do clube – o último cargo, de 2004 a 2006, quando faleceu. Tanta identificação com as cores interistas fez com que sua a camisa 3 fosse aposentada pelo clube. Apenas Javier Zanetti, anos depois, receberia a mesma homenagem.
Apesar de muito alto (1,94m), Facchetti foi um dos jogadores mais dinâmicos do catenaccio de Herrera, e atuava pela esquerda, com grande possibilidade de atacar, enquanto Burgnich e Picchi ficavam mais atrás. Isso foi inovador para a época, e o jogador é lembrado por isso até hoje. Facchetti também é recordado como o defensor com maior número de gols na Serie A. Foram 60 em 18 anos, dez deles apenas na temporada 1965-66. Após a sua morte, houve indícios de que ele poderia ter tentado manipular alguns jogos, quando presidente, mas não pode se defender e as provas não chegaram a ser conclusivas. De qualquer forma, sua brilhante carreira como jogador ficou para a história.
2º – Giuseppe Meazza
Posição: atacante
Período em que atuou: 1927-1940 e 1946-47
Títulos ganhos: Copa do Mundo (2; 1934 e 1938), Serie A (2; 1929-30 e 1937-38), Coppa Italia (1938-39) e Copa Internacional (2; 1927-30 e 1933-35)
Prêmios individuais: Artilheiro da Serie A (3; 1929-30, 1935-36 e 1937-38),
Artilheiro da Copa da Europa Central (3; 1930, 1933 e 1936) e Integrante do Hall da Fama do futebol italiano
Um dos maiores jogadores da história do futebol italiano, Meazza atuou por Milan e Juventus, mas teve carreira gloriosa mesmo na Inter, time que defendeu por 15 anos. Driblador e finalizador nato, Meazza atuava como atacante ou meio-campista. Foi bicampeão do mundo pela Itália, sendo o grande jogador da equipe nas duas Copas que disputou, e, em uma época em que não havia grandes torneios internacionais de clubes, ganhou três scudetti pela Inter.
Autor de 245 gols em 398 jogos, Meazza é o maior artilheiro da história da Internazionale. Com 33 gols pela Squadra Azzurra, ele só foi superado por Luigi Riva, 40 anos depois, como maior goleador da Nazionale. Meazza, baixinho e franzino, se destacava também pela vaidade e por ser bon vivant. Uma espécie de Romário misturado com Cristiano Ronaldo, apesar das farras fora de campo e dos cabelos bem arrumados, sempre correspondia nos jogos. E, pela carreira brilhante, um ano após sua morte, em 1979, o estádio San Siro foi rebatizado com o seu nome. Meazza ainda leva os méritos por ter descoberto Sandro Mazzola quando ele ainda era juvenil.
1º – Javier Zanetti
Posição: lateral direito
Período em que atuou: 1995-2014
Títulos ganhos: Mundial Interclubes (2010), Liga dos Campeões (2009-10), Copa Uefa (1997-98), Serie A (5; 2005-06, 2006-07, 2007-08, 2008-09 e 2009-10), Coppa Italia (4; 2004-05, 2005-06, 2009-10 e 2010-11) e Supercoppa Italiana (4; 2005, 2006, 2008, 2010).
Prêmios individuais: Prêmio Giacinto Facchetti (2012), Prêmio Gaetano Scirea por carreira exemplar (2010), Prêmio da crítica da Associação Italiana de Jogadores – AIC (2012)
O Trator. Assim ficou conhecido Javier Zanetti ao longo de sua grande carreira, por passar pelos rivais com força, velocidade e muita destreza, por mais que os anos já pesassem às suas costas. Foi assim também que um dos maiores laterais direitos da história superou diversas bandeiras na história do clube se tornou o maior jogador da história da Inter. Foi importante em todas as conquistas do clube, estando sempre presente em campo (e até marcando gols, como na final da Copa Uefa de 1998), sendo um símbolo de lealdade, respeito e qualidade técnica. Uma lenda do futebol. Viveu um período complicado e, depois, um dos mais vitoriosos da história interista. Levantou taças que não eram conquistadas pelos milaneses há muito tempo e foi aclamado pelo mundo do futebol, até mesmo por rivais.
Em 20 anos de clube, Zanetti tem o seguinte currículo: é o jogador com mais títulos conquistados pelo clube (16), o que mais vezes vestiu a camisa nerazzurra (858 vezes) e o que mais jogou consecutivamente como titular (137 vezes). Ainda é o jogador estrangeiro com mais jogos pela Serie A e o segundo que mais vezes entrou em campo no total (618 jogos), atrás apenas de Paolo Maldini. Por ser estrangeiro e em uma época em que as trocas de clube são comuns, algo que merece destaque. Se existe alguém para definir o que é ser interista, levando em conta o caráter de união entre italianos e estrangeiros, firmado na fundação do clube, não há exemplo maior do que Pupi Zanetti, recém-aposentado dos gramados e atual vice-presidente da Internazionale.
Grande texto… Parabéns por apresentarem figuras tao importantes na historia da Inter, e sei que estão fazendo de outros clubes tb, parabéns pela iniciativa!
Iniciativa bem bacana, são muitos nomes nessa história muito longa e muito rica da Inter.
Só achei a posição do Fenômeno um pouco alta. Ainda mais vendo Giuseppe Bergomi em nono e Lele Orialli fora do top 10. Trio qual certamente estaria numa seleção historica do clube.
Zenga (Julio César);
Zanetti (Maicon), Bergomi (Picchi), Burgnich (Beppe Baresi), Facchetti (Brehme);
Matthaus (Cambiasso), Orialli (Berti);
Suarez (Sneijder), Jair da Costa (Figo);
Sandro Mazzola (Ronaldo), Meazza (Milito)
Uma piada, vc colocar o Ronaldo. Maia ídolo, do que o zagueiro bergomi…
Dos quais eu vi o melhor jogador da Inter foi o Lothar Matthäus. Não só da Inter, como também da Alemanha.
Excelente post!
Forte abraço meu caro!
Wesley Sneijder merecia estar no mínimo no top 10. Conduziu o time ganhar tudo em uma época de seca de títulos importantes. Camisa 10 completo.
gostaria de saber por que o nome de Adriano, o Imperador não consta na lista? será que não foi importante para o clube? não merecia ser reconhecido por tantos títulos conquistados?
Adriano não foi mais importante do que os citados. Mas ele foi um dos principais brasileiros que passaram pela Inter: https://calciopedia.com.br/2014/08/os-10-maiores-brasileiros-da-historia-da-inter.html
por curiosidade tola: vocês pretendem em algum momento revisar essa lista? vendo esse ciclo especial que a Inter passa atualmente, penso em quais jogadores ficarão para a posteridade. Škriniar e Lukaku poderiam ter espaço mais destacado, caso não optassem por “romper” a trajetória no clube; e vejo Barella, Bastoni, Lautaro, dentre outros como bandeiras dessa “era” interista.
Um dia, no futuro. 😉
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