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Os 5 maiores brasileiros da história do Parma

O Parma foi fundado em 1913, mas somente no final da década de 1980 começou a aparecer no cenário italiano, graças aos investimentos feitos pela Parmalat. Durante este período, 17 jogadores brasileiros atuaram pelos ducali, alguns com muito destaque. Outros nem tanto.

O pioneirismo brasileiro em Parma foi de Taffarel, contratado para a primeira temporada dos emilianos na elite, em 1990. Ao longo dos quase 30 anos que se seguiram, passaram pelo clube jogadores que vestiram a camisa da Seleção, como Adriano, Amaral, Amoroso, Fábio Simplício, Júnior e Zé Maria – Alex, ex-Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba, também teve breve passagem pelo clube, mas não obteve sucesso. No geral, porém, graças ao bom futebol praticado durante anos e aos brasileiros que passaram por lá, os gialloblù conquistaram o carinho aqui em nosso país.

>>> Saiba mais: Os 10 maiores jogadores da história do Parma

Para montar a lista, o Quattro Tratti levou em consideração a importância dos jogadores na história do clube; a qualidade técnica do atleta versus expectativa; sua identificação com a torcida e o dia a dia do time (mesmo após o fim da carreira); grau de participação nas conquistas; respaldo atingido através da equipe e prêmios individuais conquistados. Também foram computadas premiações pelas seleções nacionais. A partir disso, escolhemos os brasileiros que marcaram a história da equipe e escrevemos breves biografias dos cinco maiores. Antes, veja também a lista completa daqueles que já vestiram a camisa do clube emiliano.

Brasileiros do Parma

Adaílton, Adriano, Alex, Amaral, Amauri, Amoroso, Ângelo, Cláudio Taffarel, Fabiano Santacroce, Fábio Simplício, Felipe, Jonathan, Júnior, Lucas Souza, Reginaldo, Zé Eduardo e Zé Maria.

5º – Zé Maria

Posição: lateral-direito
Período no clube: 1996-98
Títulos conquistados: Copa América (1997) e Copa das Confederações (1997)

Cria da Portuguesa, Zé Maria passou pelo Flamengo e começou a ser convocado pela seleção olímpica do Brasil antes de chegar ao Parma. Aos 23 anos, o piauiense tinha de disputar posição com o francês Lilian Thuram, que à época já era um dos melhores do mundo no setor, e por isso acabou não tendo tanto espaço. Assim mesmo, a eficiência no apoio e na defesa, além do aproveitamento em cruzamentos e chutes de longa distância, ajudaram o lateral brasileiro, que atuou em 25 partidas no time treinado por Carlo Ancelotti, vice-campeão italiano em 1996-97.

Nos 25 jogos disputados na primeira temporada europeia, Zé Maria convenceu Zagallo, que acabou o convocando para defender a Seleção na Copa América e na Copa das Confederações de 1997, vencidas pelo Brasil. Na volta a Parma, foi menos utilizado e, com pouco ritmo de jogo, perdeu a vaga no Mundial da França. Mesmo assim, teve passagem positiva na Emília-Romanha e foi vendido ao ambicioso Perugia, clube pelo qual foi ídolo.

4º – Amoroso

Posição: atacante
Período no clube: 1999-2001
Títulos conquistados: Supercopa italiana (1999)

O Parma foi o segundo clube de Amoroso no futebol italiano. O goleador revelado pelo Guarani fez uma excelente dupla de ataque com Oliver Bierhoff na Udinese e, após ser artilheiro da Serie A 1998-99, com 22 gols, a Parmalat destinou o equivalente a 30 milhões de euros para contratá-lo – uma das transferências mais caras da temporada.

Os gialloblù chegaram a ser considerados candidatos ao título, mas acabaram ficando apenas com a 5ª posição e uma vaga na Copa Uefa. Amoroso participou pouco da campanha (foram apenas 16 jogos e quatro gols), pois uma grave lesão o afastou dos campos por quase um ano. Na temporada seguinte problemas no tendão de Aquiles continuaram perseguindo o atacante brasiliense, que fez sete gols em 23 partidas. Apesar de não ter conseguido mostrar tudo do que era capaz, Amoroso – vendido ao Borussia Dortmund – ajudou os crociati a se classificarem para a Copa Uefa e serem vice-campeões da Coppa Italia.

3º – Júnior

Posição: lateral-esquerdo
Período no clube: 2000-04
Títulos conquistados: Coppa Italia (2002) e Copa do Mundo (2002)

Nascido no interior da Bahia, o lateral Júnior foi revelado pelo Vitória e se destacou no Palmeiras de Luiz Felipe Scolari, campeão da Libertadores, da Copa do Brasil e da Copa Mercosul. A parceria entre a Parmalat, dona do Parma, e o clube paulista acelerou a transferência do baiano para a Itália, país em que conseguiria destaque mesmo sendo um lateral bastante ofensivo. Em três anos e meio, Júnior disputou quase 100 partidas pelos ducali.

O brasileiro não era titular absoluto da ala esquerda crociata, mas atuava com frequência nas vezes que a equipe utilizava o 3-5-2 – esquema que permitia que sua velocidade e a qualidade no apoio fossem exploradas. No primeiro ano, o rápido jogador ajudou o time a chegar à Liga dos Campeões e, na segunda temporada, foi fundamental para a conquista do último título parmense: mesmo errando o chute, marcou o gol do título na partida de volta da final da Coppa Italia contra a Juventus. Logo depois embarcou para a Ásia e fez parte do grupo de Felipão, que garantiu o pentacampeonato mundial para o Brasil – somente ele e Thuram venceram a Copa do Mundo enquanto atuavam pelo Parma. Júnior foi titular dos gialloblù em 2002-03, mas em janeiro de 2004, já em fim de contrato, foi emprestado para o Siena e encerrou sua aventura na Emília-Romanha.

2º – Adriano

Posição: atacante
Período no clube: 2002-04
Títulos conquistados: nenhum

O caminho para a transformação de Adriano em Imperador passou pelo Parma. O potente atacante revelado pelo Flamengo foi contratado pela Inter, que o repassou primeiro para a Fiorentina e depois para a equipe parmense. Na Emília-Romanha, treinado por Cesare Prandelli, o craque carioca começou a mostrar com propriedade o seu repertório de dribles curtos, força física, boa presença de área e a clássica finalização forte e colocada com a canhota.

Adriano ficou apenas um ano e meio em Parma, o suficiente para a Inter decidir levá-lo de volta para Milão e para Carlos Alberto Parreira começar a convocá-lo para a Seleção. Neste período, Adri fez uma dupla incrível com Adrian Mutu, e ajudou a levar o time à Copa Uefa: o romeno fez 18 gols na Serie A e o brasileiro veio logo atrás, com 15 tentos. Alberto Gilardino foi o companheiro do futuro Imperador no ataque depois da saída de Mutu e ajudou o brasileiro a fazer oito gols em nove jogos pelo Italiano. Adriano foi vestir a camisa nerazzurra da Internazionale em janeiro, mas deu sua contribuição para que outra vez o Parma alcançasse a 5ª posição.

1º – Taffarel

Posição: goleiro
Período no clube: 1990-93 e 2001-03
Títulos conquistados: Recopa Europeia (1993) e Coppa Italia (1992 e 2002)

O goleiro Cláudio Taffarel foi uma das principais contratações do Parma para a estreia do clube na Serie A, em 1990, ao lado do belga Georges Grün e do sueco Tomas Brolin. O primeiro brasileiro da história crociata já havia se destacado pelo Internacional e, aos 24 anos, era titular da Seleção – jogou a Copa América de 1989 e o Mundial de 1990. Com isso, o gaúcho chegou para ser o dono da camisa 1 parmense, além de ser garoto-propaganda da Parmalat no Brasil. Pegador de pênaltis e muito frio, Taffarel garantiu o espaço como um dos principais goleiros do mundo durante seus primeiros anos no estádio Ennio Tardini.

Taffarel desbravou o mercado italiano para goleiros brasileiros, que hoje estão muito presentes na Bota, e foi titular dos gialloblù entre 1990 e 1992, anos em que o Parma chegou à Copa Uefa e também venceu uma Coppa Italia. Por causa do limite para estrangeiros – o colombiano Faustino Asprilla chegou e Taffarel perdeu espaço –, o brasileiro foi emprestado para a Reggiana, para depois ser negociado em definitivo com o Atlético-MG. Após ficar sete anos entre o Galo e o Galatasaray, Taffarel retornou ao Parma em 2001, com 35 anos, e compôs o elenco que tinha o francês Sébastien Frey como titular.

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