Mercado

A tarantella dos técnicos

Final de temporada e o panorama é o mesmo de sempre. Poucos times realmente tem o que comemorar, com a grande maioria fazendo cálculos para ter melhor desempenho na próxima Serie A. E na hora das mudanças, quem dança primeiro são os treinados. Quase sempre apontados como os responsáveis pelo balanço final, muitas vezes acabam sendo a válvula de escape para que dirigentes tentem maquiar equipes mal montadas e recheadas de crises internas. Na Itália, como se sabe, a paciência com técnicos é muito curta e, para a próxima temporada, apenas oito treinadores continuarão à frente dos mesmos times pelos quais concluíram 2010-11.
Depois de analisar os melhores da temporada, o desempenho dos 20 clubes na última Serie A e também as maiores revelações do campeonato, o Quattro Tratti mostra quem são os times que mudaram de comando para a próxima temporada, quais mantiveram seus treinadores e quem serão os novos técnicos no mercado e nos bancos de reservas italianos.

Luis Enrique vem do Barcelona B e é a aposta da Roma para uma temporada menos amarga (Getty Images)

Quem mudou Roma Por que mudou? A Roma precisava de novos ares. Vicenzo Montella não fez um trabalho ruim na capital, tendo sido quase que vítima das incoerências de seu sucessor Claudio Ranieri, das péssimas contratações feitas no início da temporada, do fato de ter assumido o comando do clube com a Serie A em andamento e, principalmente, pela confusão societária vivida pelos giallorossi. Quem chega? Luis Enrique, ex-Barcelona B. O espanhol é a prova de que não faltou confiança em Montella pelo fato de este ser jovem. Vindo da Catalunha, o ex-meio-campista do Barcelona é perfeito para a mudança requerida em Roma: trará um novo estilo de jogo, provavelmente novos jogadores e terá a missão de importar a filosofia blaugrana para a Itália. Existe, é claro, a desconfiança. Isso porque Luis Enrique não é carimbado no mercado e, acima de tudo, porque a importação de uma filosofia de jogo e de clube é algo que leva certo tempo para dar certo. A primeira mudança é que Luis Enrique terá controle direto sobre as equipes de base da Roma. Juventus Por que mudou? Mais uma temporada decepcionante em Turim. Luigi Delneri chegou à Juve credenciado pela ótima campanha que fez com a Sampdoria em 2010. Após levar os genoveses até a Liga dos Campeões, foi contratado pelos bianconeri e de cara recebeu alguns reforços. A maioria deles não rendeu e, salvo exceção à Krasic, Matri e Quagliarella (os dois últimos por apenas meia temporada), fizeram temporada sem brilho algum. O time seguiu a mesma linha e, sem padrão de jogo, não fará nenhuma viagem internacional na próxima temporada. Afinal, a péssima sétima colocação deixa a Juventus fora até da Liga Europa. Prejuízo nos cofres e dentro de campo também.

Ídolo bianconero como jogador, Conte chega à Juventus para tentar colocar fim a uma crise que se arrasta pelos últimos anos (Getty Images)

Quem chega? Antonio Conte, ex-jogador da Juve e com passagens por Bari, Atalanta e Siena como técnico. Chega credenciado por dois fatores: foi ídolo com a camisa bianconera e fez dois bons trabalhos na Serie B com bareses e seneses, que subiram mostrando futebol ofensivo e convincente. Fora isso, não tem experiência de alto nível, talvez um fato interessante para um time que precisa se reconstruir. Se levados em conta sua forma de armar o time em outras oportunidades, deverá abusar das jogadas pelas pontas, forte da Juve com Pepe e Krasic. Com as chegadas confirmadas de Ziegler e Pirlo, terá dois jogadores que sabem defender e apoiar com eficácia, ficando com um bom elenco em mãos. Terá, porém, que lidar com a pressão excessiva da torcida, que desde o Calciopoli não tem motivos para sorrir. Palermo Por que mudou? Mais uma vontade realizada do presidente Maurizio Zamparini. Para a imprensa, a versão sobre a saída de Delio Rossi é a de que a saída foi serena e consensual entre diretoria e treinador. A derrota na final da Coppa Italia de maneira alguma surtiu efeito na decisão, tendo sido a chegada à Liga Europa e à final da competição dois fatos históricos para os sicilianos. As filosofias de Zamparini e Rossi, porém, eram opostas, e os dois costumavam se desentender com frequência. O clima para Rossi não era dos melhores. É sempre bom lembrar que o treinador foi demitido em meio à temporada, passou 36 dias afastado do cargo e voltou. Além disso, o técnico sentiu que poderia perder Pastore para o mercado e, com isso, ter dificuldades tanto na Europa quanto na Itália. A saída, então, foi uma solução acertada. Quem chega? Stefano Pioli, ex-Chievo. Talvez um dos nomes mais desejados do mercado – foi cotado para assumir a Roma -, o treinador chega com um bom trabalho feito no limitado elenco do Chievo, fato que traz aos rosanero a esperança de repetir a boa campanha de 2010-11. A iminente perda de Pastore, menina dos olhos de muitos times europeus, pode fazer com que o Palermo perca muito de sua força. Caberá ao novo treinador, então, tentar manter de pé um time que pode perder seu astro. A pressão da torcida e da diretoria estará voltada para uma maior estabilidade da equipe ao longo da temporada, além, é claro, de uma boa campanha na Liga Europa. Catania Por que mudou? Porque Diego Simeone quis sair. A diretoria e os torcedores gostariam – e muito – que o argentino continuasse a dirigir a equipe. A boa campanha do time após a chegada do ex-jogador, que levou os etnei de um provável rebaixamento para uma honrosa 13ª colocação. O treinador, porém, optou por rescindir seu contrato para, provavelmente, tentar dirigir um clube de maior expressão. Após rumores de que poderia ir para o Atlético de Madrid, Simeone deverá seguir de volta para a Argentina, de onde recebeu convite do Estudiantes de La Plata. Quem chega? Vicenzo Montella, ex-Roma. Se não conseguiu dar continuidade ao seu trabalho na Roma, Montella não ficará parado. O ex-jogador chegará na Sicília com certa carga de responsabilidade. A limitação do elenco é evidente, mas se Simeone conseguiu levar o time para longe do rebaixamento, a expectativa é de que a campanha na próxima temporada será pelo menos parecida. Um peso que Montella terá que carregar sem muitos reforços e que colocará em prova de fogo suas capacidades como treinador. Bologna Por que mudou? Após o ótimo trabalho, Alberto Malesani preferiu sair, com o objetivo de comandar uma equipe maior – está negociando com o Genoa. O treinador fez a equipe crescer em meio a uma crise societária, que incluía troca de comando, salários atrasados e até mesmo risco de que os jogadores tivessem os contratos rescindidos pela justiça. Mesmo com 3 pontos deduzidos pelas dívidas, o time garantiu a salvezza com rodadas de antecedência e só acabou relaxando na reta final do campeonato, quando somou apenas dois pontos nas últimas oito rodadas. Quem chega? Pierpaolo Bisoli, ex-Caglari. Sem trabalhar desde novembro de 2010, quando deixou o Cagliari, é uma aposta arriscada e que não deve ter tanto poder de mudança no time. No entanto, Bisoli chegou afirmando que gostaria de ficar no clube por cinco, seis anos, com um projeto de médio prazo. A notícia boa fica pelo momento da chegada, antes da abertura do mercado, o que permitirá a Bisoli sentar com a diretoria e montar um time que lhe agrade. Chievo Por que mudou? Porque seu treinador preferiu aceitar o convite para dirigir o Palermo. Stefano Pioli fez uma boa campanha com o time, terminando na 11ª colocação – é sempre bom lembrar que a equipe era bastante cotada para estar entre os rebaixados ao início da temporada. Sem estrelas, levou o time para longe do risco de cair e, em alguns momentos, chegou a sonhar com melhores dias, com chances de brigar pelas últimas vagas europeias.

Domenico Di Carlo chega ao Chievo com o peso de ter ido muito mal no comando da Sampdoria (Getty Images)

Quem chega? Domenico Di Carlo, ex-Sampdoria. Na última temporada Di Carlo tinha um panorama desejado por muitos treinadores: assumiu uma equipe ascendente, com um bom plantel, motivada e com vaga na competição de clubes mais importante do mundo. Seus seguidos erros no comando, porém, resultaram em um ano vexatório para a Sampdoria. No entanto, o treinador retorna ao clube pelo qual fez o melhor trabalho da carreira, em 2009-10, e encontra um time muito parecido com o que deixou, com apenas quatro peças diferentes no time titular, o que deve ser positivo para tentar manter a campanha regular feita pelos gialloblù em 2010-11. Cesena Por que mudou? A diretoria do Cesena chegou à conclusão de que a permanência na Serie A não foi suficiente. Depois de passar 19 anos longe da elite italiana, os bianconeri não fizeram feio e garantiram sua vaga entre os 20 melhores da próxima temporada. A campanha, porém, não garantiu a permanência de Massimo Ficcadenti. Estranhamente, ao anunciar que não renovaria com o treinador, a diretoria do Cesena mostrou muita incoerência ao dizer que a campanha na Serie A havia sido bem melhor do que os diretores imaginavam no começo do ano. Quem chega? Marco Giampaolo, ex-Catania. Assim como o Chievo, o Cesena faz aposta arriscada. Mesmo que a campanha na Serie A não tenha sido perfeita, Ficcadenti conseguiu manter o time na elite e conhecia o grupo. Giampaolo chega à equipe tendo como campanha mais recente os 22 pontos nas 20 primeiras rodadas da última Serie A no comando do Catania. Um panorama nada animador para os bianconeri, que buscarão evitar o rebaixamento de novo, e esperam do treinador trabalhos como os realizados anteriormente, como por Ascoli, Cagliari e a primeira temporada no Siena. Siena Por que mudou? Mais um caso na qual a vontade do clube não fez diferença. Após conseguiu o retorno à Serie A, Antonio Conte se destacou e foi convidado para comandar o projeto de reestruturação da Juventus. Tentado a dirigir um clube muito maior e no qual é ídolo, o treinador deixou o Siena. Quem chega? Giuseppe Sannino, ex-Varese. Após fazer ótima campanha e quase levar o Varese à Serie A um ano após o clube subir da Lega Pro, o experiente Sannino, muito rodado por times das divisões inferiores da Itália desde o início da década de 1990, finalmente voltará a dirigir uma equipe da primeira divisão. A experiência e o bom time – com destaque para a defesa – montado pelo treinador no comando dos leopardi são as credenciais para alcançar o objetivo da próxima temporada: manter os bianconeri na Serie A. Genoa Por que mudou? A décima colocação na tabela não é nem de longe o suficiente para agradar uma diretoria que se mexeu e foi às compras. Davide Ballardini assumiu o time para tentar chegar a uma competição europeia, mas logo viu que o principal objetivo da temporada era reduzir danos. Como o treinador havia sido contratado apenas para conduzir o time até o final da temporada, já se sabia que o Grifone teria novo treinador para 2011-12. Quem chega? Até o momento nenhum treinador foi contratado. Lecce Por que mudou? Luigi De Canio foi um verdadeiro mágico nas duas temporadas que esteve no comando do Lecce. O elenco limitadíssimo do time sempre começou o ano entre os mais cotados para ser rebaixado, mas a queda foi bravamente evitada nas duas temporadas, sempre com a ajuda do treinador. De tanto fazer milagres, De Canio ganhou reconhecimento no mercado e resolveu não renovar seu contrato, por não crer que seu projeto possa continuar tendo espaço no Lecce, que foi colocado à venda por seus donos, a família Semeraro. Quer alçar voos mais altos e espera proposta de algum clube maior – até julho, especula-se, deve receber a proposta de um time com maiores pretensões na Serie A. No momento, trocou o Lecce pelo desemprego. Quem chega? Até o momento nenhum treinador foi contratado.Sampdoria Por que mudou? Pela péssima temporada que culminou com o rebaixamento. Alberto Cavasin havia sido contratado apenas para tentar a salvezza e não conseguiu. A Serie B exigirá um treinador mais gabaritado e Cavasin, que estranhamente assumiu uma equipe maior do que suas competências podiam arcar, não era o homem adequado para conduzir os blucerchiati. Quem chega? Gianluca Atzori, ex-Reggina. A boa campanha de Atzori com o Reggina na Serie B credenciou o treinador para tocar aquele que deve ser o projeto mais delicado do futebol italiano na próxima temporada, o de resgatar a moral e o bom futebol do time que mais passou vergonha em 2010-11. Para isso, ainda terá que lidar com a evidente saída de bons jogadores, que provavelmente rumarão para outros times a fim de não disputar a segunda divisão. Um panorama bastante complicado e desanimador para o técnico, que merece aplausos pelo simples fato de topar o desafio.

Quem não mudou Milan Por que não mudou? Pela primeira vez em sete anos os rossoneri levantaram um scudetto. Depois de bater na trave muitas vezes, o Milan finalmente conseguiu com Massimiliano Allegri. Motivo mais do que suficiente para o treinador ter reconhecimento e estar garantido no comando do time na próxima temporada. Inter Por que não mudou? Porque a diretoria deu mais uma chance para Leonardo. A manutenção do brasileiro, porém, pode ser dada como certa basicamente porque José Mourinho recebeu plenos poderes no Real Madrid e não tem chances de voltar para Milão e, além disso, não há tantos nomes de peso acessíveis no mercado. Apesar da vulnerabilidade defensiva do time e da impactante eliminação para o Schalke 04 na Liga dos Campeões, Leo também teve seus méritos: manteve uma invencibilidade de 12 partidas em casa e tendo um aproveitamento superior aos 75% enquanto treinou a equipe. Napoli Por que não mudou? A melhor campanha do time nas últimas décadas. Desde Maradona não se via um Napoli tão forte na Serie A. O retorno à Liga dos Campeões e a briga pelo scudetto foram suficientes para fazer de Walter Mazzarri um dos técnicos mais festejados da Itália nesta temporada. Assim sendo, o treinador tem todo o respaldo para continuar no comando dos partenopei, apesar de ter se desentendido com o presidente De Laurentiis e quase ter saído. Udinese Por que não mudou? O time conquistou a vaga na Liga dos Campeões pela segunda vez em sua história. Jogando o futebol mais bonito da Itália, a Udinese de Francesco Guidolin encantou e foi muito bem na Serie A. Com um esquema ofensivo, mas que nunca deixou a defesa sem cuidado, méritos para o ótimo treinador, que foi especulado em grandes times. A permanência no Friuli é uma forma mais do que merecida de reconhecer o ótimo trabalho do técnico. Lazio Por que não mudou? Se não fosse a falta de elenco, o time teria ido muito mais longe. Com um elenco limitado para a disputa no topo, Edoardo Reja fez malabarismo e, contando com o ótimo futebol de Hernanes, conseguiu devolver a Lazio a uma competição europeia, ficando à frente da arquirrival Roma. Fiorentina Por que não mudou? Para dar continuidade ao projeto. É evidente que Sinisa Mihajlovic balançou com a campanha ruim que a viola fez neste ano. Mas mandá-lo embora não iria mudar muitas coisas. Jovem, o treinador é visto como um bom valor para o futuro e por isso foi mantido no comando da equipe. A cobrança por resultados na próxima temporada, porém, será muito mais intensa, e o objetivo é chegar à Liga Europa. Parma Por que não mudou? Pois o time foi bem com o treinador no comando. Franco Colomba foi o grande responsável pela reação do time, ao assumir na 32ª rodada, tirar o Parma de uma perigosa proximidade da zona de rebaixamento e levá-lo ao meio da tabela. A permanência do técnico é a prova de que a diretoria aprovou seu trabalho e espera a mesma pegada na próxima temporada. Cagliari Por que não mudou? Pelo ótimo trabalho feito. Se não fosse o trabalho de Roberto Donadoni, provavelmente o Cagliari podia estar entre os rebaixados desta temporada. Quando assumiu o clube em novembro, os jogadores estavam desmotivados e a equipe brigava na parte de baixo da tabela. Sem muita complicação, Donadoni fez o melhor trabalho de sua carreira até agora, salvou o time e motivou os jogadores. Motivos mais do que suficientes para permanecer para o próximo ano.AtalantaPor que não mudou? Porque Stefano Colantuono fez ótimo trabalho, devolvendo à equipe à elite apenas uma temporada depois do rebaixamento. O treinador tem moral no clube porque foi ele que comandou os nerazzurri em 2006-07, quando a Atalanta ficou na oitava colocação da Serie A, com 50 pontos, seu recorde histórico.
O mercado Luigi De Canio Por que contratá-lo? O treinador é nome forte no mercado pelas ótimas temporadas que fez recentemente com o Lecce. Se desvinculou do clube justamente para conseguir trabalhos em clubes maiores e deve consegui-los em breve. Luigi Delneri Por que contratá-lo? O técnico foi mais uma vítima da crise na qual a Juventus se vê afundada. Recentemente, foi o grande responsável por levar a Sampdoria de volta às competições europeias. Caso tenha uma chance, pode fazer novamente um time com elenco mediano emergir. Chegou a ser cogitado na Atalanta, mas a renovação de Colantuono fechou-lhe as portas. Gian Piero Gasperini Por que contratá-lo? Mesmo com a campanha mais recente do Genoa sendo decepcionante, Gasperini levou o time a colocações boas em anos anteriores. Assim sendo, seria nome bom para times que precisam de um técnico com gabarito e que não esteja entre os mais caros do mercado.
Claudio Ranieri Por que contratá-lo? Apesar de muito criticado por um certo conservadorismo, Ranieri já fez ótimos trabalhos na Serie A, com Fiorentina, Parma e Roma. Se na última temporada não conseguiu ajeitar o envelhecido elenco da Roma, no ano anterior fez um trabalho excelente, e lutou pelo título até a última rodada.

Delio Rossi Por que contratá-lo? Dono de alguns dos melhores trabalhos da Serie A nos últimos anos, por fazer campanhas positivas com equipes que não eram exatamente as de maior escalaão, Rossi é uma opção de peso para qualquer equipe que tenha objetivo de chegar a uma competição europeia. Rossi também é treinador para longo prazo, ao menos quando se fala em Itália, já que passou quatro anos na Lazio e outros dois no Palermo,conquistando um título da Coppa Italia e um vice do mesmo torneio, chegando à Europa por quatro vezes – uma à Liga dos Campeões.

Alberto Malesani
Por que contratá-lo? A campanha mais satisfatória do Bologna nos últimos anos tem a sua marca. Técnico motivador e que costuma ter um padrão tático bem definido, seria boa opção para qualquer clube de meio de tabela que tem ambição de surpreender.

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2 comentários

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