Florença é a cidade das artes, conhecida mundialmente por sua beleza e preocupação com o belo. É a casa de gênios como Da Vinci, Michelangelo e Donatelo e abriga algumas das obras de arte mais importantes do mundo. Não à toa, os torcedores da Fiorentina, principal time da região, exigem equipes que joguem bonito, para frente, com toque de bola perfeito e técnica acima da média. Acostumados a belas paisagens e monumentos no dia-a-dia, procuram beleza também quando vão ao estádio. Assim, como não podia deixar de ser, os maiores ídolos viola encantaram por toda a história com muita classe: do goleiro Albertosi e seus saltos plásticos, passando pela elegância do zagueiro Passarella e do meia Antognoni, aos atacantes Batistuta, Baggio e Julinho Botelho, sempre de técnica impressionante.
Relembrar a história exige seleção e critérios e, por mais que alguns grandes nomes tenham ficado de fora, se a nossa lista tivesse 50 ou 100 nomes, eles certamente estariam aí, porque foram cogitados em votação interna entre nossos colaboradores. Para montar as listas, o Quattro Tratti levou em consideração a importância de determinado jogador na história do clube, qualidade técnica do atleta versus expectativa, identificação com a torcida e o dia a dia do clube (mesmo após o fim da carreira), grau de participação nas conquistas, respaldo atingido através da equipe e prêmios individuais. Listas são sempre discutíveis, é claro, e você pode deixar a sua opinião nos comentários!
Além do “top 10”, com detalhes sobre os jogadores, suas conquistas e motivos que os credenciam a figurar em nossa listagem, damos espaço para mais alguns grandes. Quem não atingiu o índice necessário para entrar no top 10 é mostrado no ranking a seguir.
Observações: Para saber mais sobre os jogadores, os links levam a seus perfis no site. Os títulos e prêmios individuais citados são apenas aqueles conquistados pelos jogadores em seu período no clube. Também foram computadas premiações pelas seleções nacionais, desde que ocorressem durante a passagem dos jogadores nos clubes em questão.
Top 25 Fiorentina
11. Luca Toni; 12. Rui Costa; 13. Manuel Pasqual; 14. Giuliano Sarti; 15. Miguel Montuori; 16. Pedro Petrone; 17. Giuseppe Chiappella; 18. Francesco Rosetta; 19. Sergio Cervato; 20. Adrian Mutu; 21. Francesco Toldo; 22. Edmundo; 23. Claudio Merlo; 24. Giuseppe Brizi; 25. Dunga.
Posição: goleiro
Período em que atuou no clube: 1958-68
Títulos conquistados: Coppa Italia (1960-61 e 1965-66), Recopa Europeia (1961) e Eurocopa (1968)
Prêmios individuais: nenhum
Ricky Albertosi (ao centro) foi um dos maiores goleiros da história da Itália. Por muitos anos, dividiu a meta da seleção azzurra com o histórico Dino Zoff e foi protagonista de discussões eternas sobre quem era melhor. Na Eurocopa de 1968, única vencida pelos italianos, começou como titular, mas se lesionou no meio do torneio e deu chance para Zoff brilhar. Dois anos depois, na Copa de 1970, já havia recuperado o posto e acumulou boas atuações na campanha do vice-campeonato. E se ele teve a chance de fazer história pela seleção de seu país, deve isso à Fiorentina.
Foi defendendo a camisa viola que Albertosi chamou a atenção e conquistou sua primeira convocação, em 1961, com apenas 21 anos de idade. O jovem arqueiro tinha “só” 1,82m de altura, mas se destacava com agilidade e saltos acrobáticos para fechar o gol. Em 10 anos, levantou duas taças da Coppa Italia e uma Recopa Europeia pela Fiorentina. Depois, saiu para fazer história no Cagliari – onde foi peça importante na conquista do único scudetto do time, em 1969-70 – e no Milan. Extracampo, manchou sua carreira por participação no escândalo Totonero, no início da década de 1980, quando acabou preso por manipulação de resultados.
Posição: meia
Período em que atuou no clube: 1965-74
Títulos conquistados: Serie A (1968-69), Coppa Italia (1965-66) e Eurocopa (1968)
Prêmios individuais: nenhum
Meio-campista de muita técnica, velocidade e habilidade, De Sisti teve duas passagens pela Roma, mas foi pela Fiorentina que obteve suas maiores conquistas. Il Picchio, como era chamado por causa do baixa estatura (apenas 1,67m), deixou a capital em busca de títulos e encontrou ambiente competitivo quando chegou à Florença. Viveu os melhores anos da história dos viola e logo em sua temporada de estreia levantou a taça da Coppa Italia. As boas atuações lhe renderam a primeira convocação para a Nazionale, com a qual conquistou a Eurocopa de 1968 e o vice-campeonato Mundial de 1970.
Em 1968-69, foi um dos protagonistas da Fiorentina campeã italiana – na última vez que a equipe conquistou o scudetto. Na década de 1970, após a Copa do Mundo do México, seu futebol caiu de nível e ele logo deixou de defender a Squadra Azzurra. Em 1972 fez seu último jogo pela seleção e em 1974 deixou a Fiorentina para voltar à Roma. Após a aposentadoria, tentou carreira como técnico e dirigente, mas por poucos anos. Antes de desistir de ser treinador, marcou história na viola novamente ao levar o time ao vice-campeonato italiano de 1982. Depois, largou o terno e assumiu a função de comentarista em canais de esporte.
Posição: meia
Período em que atuou no clube: 1999-2005
Títulos conquistados: Coppa Italia (2000-01) e Serie C2 (2002-03)
Prêmios individuais: nenhum
A história de Angelo Di Livio é uma daquelas raras no futebol. O meio-campista só estreou na primeira divisão italiana aos 27 anos de idade, depois que Giovanni Trapattoni, então técnico da Juventus, o resgatou do Padova. Ainda assim, ele encontrou tempo para conquistar tudo que podia (Serie A, Liga dos Campeões, Mundial de Clubes, Supercopa, Coppa Italia) e cavar um lugar na seleção italiana. A mágica de Trapattoni foi mudar seu posicionamento e fazê-lo participar um pouco mais do jogo, marcando e criando com a mesma eficiência.
Se ele conquistou tudo isso pela Juve, porém, por que está na lista de melhores da história da Fiorentina? Simples: il Soldatino (o “soldadinho”), alcunha que recebeu por sua entrega em campo, não largou a equipe depois que ela declarou falência e foi rebaixada à quarta divisão nacional, e foi importantíssimo para sua reconstrução dentro e fora de campo, depois que os irmão Della Valle compraram a viola. O retorno à Serie A foi rápido e ele ainda pôde jogar na elite antes de se aposentar, aos 39 anos. Antes da crise, Di Livio conseguiu levantar uma Coppa Italia pelo time.
Posição: zagueiro
Período em que atuou no clube: 1982-86
Títulos conquistados: Copa do Mundo (1986)
Prêmios individuais: nenhum
Mesmo sem ter conquistado títulos pela Fiorentina, o argentino Daniel Passarella marcou época vestindo o uniforme viola. Zagueiro de técnica apuradíssima, foi o principal líder da Argentina na conquista da Copa do Mundo de 1978 e seria peça essencial naquela em que Maradona foi o maior nome, em 1986, caso não tivesse sido vítima da chamada “Maldição de Montezuma”, que o impediu de entrar em campo. Seu posicionamento perfeito e roubadas de bola com poucas faltas levaram a Fiorentina a ter uma das melhores defesas do país na década de 1980. Passarella chegou a ser comparado a Beckenbauer e Scirea, dois nomes indiscutíveis em qualquer lista de melhores zagueiros da história.
Além disso, Passarella chamava atenção pela grande quantidade de gols que marcava. Pelo River Plate, da Argentina, foi campeão nacional de 1977 com 24 gols no campeonato. Em quatro temporadas pela Fiorentina, balançou a rede 35 vezes. Na última delas, foram 15 gols, número melhor que o de muito atacante por aí. Seu chute era tão apurado, que ele foi o cobrador oficial de pênaltis e faltas na viola em todos esses anos, marcando a maioria dos gols assim. Após a Copa de 1986, quando conquistou o bicampeonato Mundial, o Rei da Defesa viola rumou para a Inter, onde integrou uma forte defesa, mas por apenas dois anos.
Posição: atacante
Período em que atuou no clube: 1967-70
Títulos conquistados: Serie A (1968-69)
Prêmios individuais: nenhum
Após a saída de Hamrin, a Fiorentina foi atrás de um novo atacante e viu no brasileiro Amarildo um bom nome para recompor o elenco. Famoso por ter substituído um lesionado Pelé na Copa de 1962 – e sem diminuir a qualidade da Seleção Brasileira -, Amarildo chegou à Florença no auge de sua carreira, após boas passagens por Botafogo e Milan. Muito intenso em campo, com velocidade pela ponta esquerda, o brasileiro foi titular em toda a campanha história da Serie A 1968-69, quando a viola conquistou seu segundo e último título italiano.
Apesar de não fazer muitos gols, Amarildo era muito eficiente na recomposição de jogo e tinha ótima visão de jogo – muitas vezes atuando até como meio-campista, e servia os companheiros, principalmente Mario Maraschi, grande artilheiro daquele time. Ao todo, Amarildo fez 62 jogos e 16 gols pela equipe toscana, antes de se transferir para a Roma e, posteriormente, para o Vasco, onde encerrou a carreira. Foram apenas duas temporadas, mas tempo suficiente para ficar marcado na história.
Posição: atacante
Período em que atuou no clube: 1958-67
Títulos conquistados: Coppa Italia (1960-61 e 1965-66) e Supercopa Europeia (1961)
Prêmios individuais: Artilheiro da Coppa Italia (1963-64 e 1964-65), Artilheiro da Copa da Amizade ítalo-francesa (1959), Artilheiro da Recopa europeia (1960-61), Artilheiro da Copa Piano Karl Rappan (1963-64) e Artilheiro da Copa Mitropa (1962 e 1966-67)
Contemporâneo de Enrico Albertosi e Giancarlo De Sisti, o sueco Kurt Hamrin era o responsável por balançar as redes naquele que era um dos times mais competitivos da Itália na época. Ele foi contratado após uma grande Copa do Mundo com a Suécia, em 1958, quando foi essencial para o vice-campeonato do seu país. Antes, passou por AIK, Juventus e Padova sem tanto sucesso. A responsabilidade de substituir Julinho Botelho, grande nome da equipe na década de 1950, não atrapalhou e Hamrin jogou o bastante para se tornar um dos grandes da história viola.
Rápido e ótimo finalizador, com boa movimentação pela ponta direita do campo, o sueco é o maior artilheiro do clube, com 208 gols em 289 partidas – 150 deles na Serie A. É sempre lembrado por ter feito cinco gols contra a Atalanta em um único jogo. Até hoje, é o único jogador da Serie A que marcou tantas vezes jogando fora de casa. Com quase 10 anos de casa, se tornou um dos líderes do time e, nas últimas duas temporadas em Florença, foi o capitão da equipe. É o quarto jogador com mais jogos na história do clube e ganhou espaço no hall da fama viola, antes de deixar a equipe para conquistar seus maiores títulos no Milan, onde, no entanto, não tornou-se ídolo da mesma magnitude.
Posição: atacante
Período em que atuou no clube: 1991-2000
Títulos conquistados: Torneo Di Viareggio (1992), Serie B (1993-94), Copa Italia Primavera (1995-96), Coppa Italia (1995-96), Supercoppa Italia (1996), Copa América (1991 e 1993) e Copa das Confederações (1992)
Prêmios individuais: Integrante do hall da fama do futebol italiano, Artilheiro da Copa América (1991 e 1995), Artilheiro da Copa das Confederações (1992), Artilheiro da Coppa Italia (1995-96) e Artilheiro da Serie A (1994-95)
Em nove temporadas dedicadas à Fiorentina, o argentino Gabriel Batistuta viveu de tudo. Chegou ao clube como um jovem promissor, marcou gols importantes e estabeleceu recordes, foi às lágrimas com o rebaixamento, e se tornou ídolo incontestável por causa da paixão mostrada em campo. Um dos maiores atacantes do mundo, chegou a recusar oferta de 84 milhões de libras para ir ao Manchester United. A despedida de Florença aconteceu por causa das dívidas do clube e porque o matador não queria encerrar a carreira sem conquistar um título italiano – o que conseguiu com a Roma, em 2000-01.
Batigol é o segundo maior artilheiro da história viola, com 152 gols na Serie A e 207 no total, e viveu anos de unanimidade com a torcida da Fiorentina. Quando a equipe foi rebaixada, em 1992-93, chorou copiosamente e prometeu reerguer o clube. Na Serie B, fez 16 gols em 26 jogos e cumpriu o prometido. Mesmo jogando a segunda divisão da Itália, foi convocado para a Copa de 1994 e jogou ao lado de Maradona. Na temporada 1994-95, então, foi artilheiro da Serie A, com 26 gols. Logo se tornou o capitão da equipe e a conduziu aos títulos da Coppa Italia 1995-96 e da Supecoppa Italiana 1996. Batigol, até hoje, detém o recorde de mais rodadas consecutivas marcando gols no campeonato (11), que pertencia ao bolonhês Ezio Pascutti. O faro de gol, com chutes potentes com as duas pernas, cabeçadas precisas e cobranças de falta milimétricas, vão ficar para sempre na memória dos torcedores viola.
Posição: meio-campista
Período em que atuou no clube: 1972-87
Títulos conquistados: Coppa Italia (1974-75), Copa Anglo-Italiana (1975-76) e Copa do Mundo (1982)
Prêmios individuais: nenhum
Para muitos, Giancarlo Antognoni é o maior ídolo da história da Fiorentina. O meio-campista de classe e técnica ímpar dedicou 15 temporadas de sua carreira ao clube, mesmo sem grandes chances de título, e recusou, ano após ano, ofertas de Juventus, Milan e Roma para deixar a cidade de Florença. Dizia que não existia lugar no mundo em que seria mais feliz que na viola. As declarações de amor conquistaram a torcida e até hoje Antognoni é celebrado pelos fãs. Em 2011, Florença parou para o Antognoni’s Day, quando ex-jogadores, técnicos, diretores e imprensa reservaram um dia para homenagear o craque.
Capitão da equipe por 11 temporadas, Antognoni é o jogador com o maior número de jogos pela Fiorentina: 341. No entanto, nunca fez parte de um time muito competitivo e venceu muito pouco com o clube – apenas uma Coppa Italia e uma Copa Anglo-Italiana. Não por isso, ficou de fora da seleção azzurra. Foi campeão mundial em 1982 liderando o meio campo com visão de jogo e posicionamento impecáveis. Não à toa, era constantemente chamado de “o garoto que corre olhando para as estrelas”, por causa da postura em campo: cabeça sempre erguida e olhos atentos para achar o melhor passe. Sua classe dentro de campo era comparada à arte de Florença, que teve mestres como Da Vinci e Michelangelo embelezando a cidade. Antognoni só deixou a equipe no fim da carreira, quando havia sofrido sérias lesões e estava em busca de tranquilidade financeira. Foi jogar no Lausanne, da Suíça, onde encerrou a carreira.
Posição: atacante
Período em que atuou no clube: 1985-90
Títulos conquistados: nenhum
Prêmios individuais: nenhum
No fim da Era Antognoni, começava a surgir outra estrela em Florença: Roberto Baggio. O jovem de temperamento difícil foi uma aposta certeira da viola, que pode não ter conquistado títulos com o jogador em campo, mas viu crescer um dos maiores jogadores da história do futebol italiano. E que era apaixonado pelo clube. Baggio conquistou a torcida, virou ídolo rapidamente e jamais deixou de ser lembrado entre os grandes do clube, mesmo sem nunca ter levantado uma taça em Florença. Sua maior conquista enquanto esteve na viola foi o vice-campeonato da Copa da Uefa de 1989-90.
Quando rumou para a Juve, por valor recorde na época e em busca de títulos, continuou agradando os tifosi viola: recusou a colocar o cachecol bianconero na apresentação e não quis bater pênaltis contra a Fiorentina nos anos posteriores. Baggio encantava por sua noção tática e explosão. Jogava como trequartista, segundo atacante, pelos lados do campo e sempre bem. Não à toa, marcou época também na Juve e no Brescia, onde, inclusive, imortalizou a camisa 10. Na Fiorentina, fez 136 partidas e marcou 55 gols. Lá, jamais será lembrado como o cara que errou o pênalti que daria o tetracampeonato à seleção italiana.
Posição: atacante
Período em que atuou no clube: 1955-58
Títulos conquistados: Serie A 1955-56
Prêmios individuais: nenhum
Jogador de velocidade impressionante e técnica apurada para entrar em diagonal, partindo sempre da direita, Julinho Botelho foi o principal nome de uma Fiorentina que começava a aparecer para o mundo. O brasileiro ajudou a alçar o clube ao patamar dos grandes da Itália e foi essencial na conquista do primeiro campeonato italiano viola, em 1956. Era sua primeira temporada em Florença e ele foi o diferencial, com atuações decisivas e dribles que enchiam de orgulho os olhos dos torcedores. Depois, ainda levou a equipe a dois vice-campeonatos consecutivos, e a um segundo lugar na Copa dos Campeões, com derrota para o Real Madrid. Por isso, acabou sendo colocado, em 2013, no hall da fama da Fiorentina. Para muitos, é considerado o melhor ponta direita da história do futebol, atrás apenas de Garrincha.
Ele chamou a atenção dos dirigentes da Fiorentina depois que jogou a Copa de 1954 pelo Brasil e foi eleito o melhor jogador do torneio. Quatro anos depois, continuava em grande forma e chegou a ser chamado pelo técnico Vicente Feola para a Seleção que disputaria a Copa de 1958 – uma exceção feita pelo treinador, que não chamava jogadores que atuavam fora do Brasil. Porém, preferiu recusar o convite, achando injusto tirar a vaga de um jogador que jogasse no seu país. Depois do Mundial, decidiu voltar para casa e assinou com o Palmeiras, onde também foi ídolo.
Realmente quem viu Julinho jogar só perde para Garrincha. Ele chegou a ser vaiado no Maracanã quando anunciaram seu nome em vez de Garrincha em 1959. Foi um jogo contra a Inglaterra. Ele estraçalhou a Inglaterra com jogadas maravilhosas e um passe para o gol de Henrique e seu gol espetacular depois de driblar dois marcadores. Em dez minutos de jogo todo Maracanã o aplaudiu de pé para pedir desculpas pelas vaias.
Eu assisti este jogo na casa de um vizinho que era o único da rua a ter televisão. Foi em 1959 e a Tv Tupi transmitiu direito do Maracanã, eu estava com 13 anos e vi um show de Julinho Botelho.
Eu gosto das escolhas deste site, mais acho que Batistuta ficaria em primeiro e Rui Costa deveria subir uns degraus neste Ranking