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Paolo Mantovani, o presidente que fez a Sampdoria subir de patamar

O grande clichê ao qual as pessoas imediatamente recorrem quando vão falar sobre Paolo Mantovani e o que ele fez pela Sampdoria é falar do scudetto que o clube conquistou sob sua batuta, o único na história do time, em 1991. Mas ele é muito, muito mais que um presidente que levou seu clube a títulos.

Para todo doriano que viveu aqueles anos dourados – seja ele torcedor, jogador ou funcionário trivial da sociedade – e até mesmo para as gerações que nasceram depois dessa época, Mantovani é uma figura paterna. Um pai, mesmo. O progenitor daquela Sampdoria é o maior responsável pelo orgulho que milhares de torcedores sentem por torcer pelo clube.

Quem foi Mantovani e como ele chegou à Sampdoria

Mantovani nasceu em Roma, em 1930, onde viveu até pouco depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Mas foi ainda na infância que ele conheceu Gênova e se apaixonou pela cidade. Ele precisou retirar o apêndice no hospital pediátrico Gaslini, referência no país, nos subúrbios da capital da Ligúria. Foi naquele momento de sua jovem vida que ele decidiu que, quando crescesse, iria morar ali.

Em 1955, ele teve a grande oportunidade de realizar seu sonho. Trabalhando na empresa petrolífera Cameli Petroli, ele pediu transferência para o escritório da companhia em Gênova e se mudou para lá. Na nova cidade, ele encontrou seus amores: casou-se com uma moça chamada Dany Rusca, de uma das famílias mais ricas da região, com quem teve quatro filhos. O outro amor que ele encontrou foi um novo time, pois crescera torcedor da Lazio. Sim. Ele escolheu virar torcedor… do Genoa.

É isso mesmo. Um jovem Mantovani adotou o Grifone como seu time em Gênova. Ele até mesmo virou um sócio-torcedor do clube por dois anos, no início da década de 1960, quando o então presidente da sociedade, Giacomo Berrino, pediu que a torcida comprasse carnês de ingressos para a temporada com o intuito de manter a estrela do time, o jovem Luigi Meroni. Porém, mesmo com a mobilização dos torcedores rossoblù, a promessa não foi cumprida e a venda para o Torino se concluiu ao fim de 1963-64. Mantovani se sentiu traído pela decisão e decidiu virar a casaca.

Mantovani construiu trajetória de sucesso e sentou à mesa de poderosos como Gianni Agnelli, presidente da Juventus e da Fiat (LaPresse)

Nos anos seguintes, ele se tornou empresário e abriu sua própria empresa no ramo petrolífero, a Pontoil. Mantovani trabalhou no crescimento de seu negócio durante toda a década de 1970, juntamente a seus sócios, investindo até o último centavo que tinha. Haveria muito a falar se fôssemos focar em sua vida empresarial, mas nos limitaremos a contar o momento-chave em que seu empreendimento decolou e ele foi capaz de construir um império no ramo petrolífero, pois isso viria a fazer diferença para a Samp no futuro.

Em 1978, a empresa firmou contratos no Kuwait. Esses negócios tiveram seus valores exorbitantemente aumentados no ano seguinte, com a grave crise energética de 1979, motivada pela Revolução Iraniana no mesmo ano. Os preços do petróleo e de seus derivados chegaram a ficar 70% mais caros no período, o que fez o valor da Pontoil subir mais de 600%.

Foi exatamente em 1979 que Mantovani comprou a Sampdoria: o acordo se concretizou no dia 3 de julho. Mas o empresário não caiu no clube de paraquedas. Anos antes, ele conciliou sua vida empresarial com um cargo dentro do time blucerchiato e exerceu a função de assessor de imprensa entre 1973 e 1976, no segundo mandato do presidente Glauco Lolli Ghetti. Contudo, Paolo preferiu abandonar o posto, pois, segundo ele, ele não concordava com a maneira com que o clube era gerido. Ele sentia que era preciso ser implantada uma visão mais empresarial de administrar a sociedade, visando priorizar os lucros e evitar o desperdício de dinheiro que presenciou no período.

Ao se tornar o dono do clube – que, em 1977, fora rebaixado para a Serie B pela segunda vez em sua curta história –, Paolo Mantovani pode implantar sua visão. Em sua primeira entrevista como presidente blucerchiato, ele proferiu uma de suas mais célebres frases. Perguntado sobre porque escolheu a Sampdoria, o cartola respondeu: “Bem, ninguém nunca me perguntou porque escolhi minha esposa, dentre tantas mulheres. E aqui em Gênova só existem dois times”, brincou.

O cartola deu ao clube nova condição econômica, craques e taças entre os anos 1980 e 1990 (Arquivo/Sampdoria)

A estruturação do clube

Mantovani deixou claro, desde o início, que tinha por objetivo reerguer a Sampdoria, tirando-a da segunda divisão, e depois levá-la a patamares mais altos, especialmente com a ajuda de seu torcedor. Mas ele nunca estabeleceu prazos para isso. Sua administração foi dando pequenos passos, inclusive nos contratos de jogadores, dos quais falaremos mais à frente. Para tal, o primeiro movimento feito pelo presidente foi muito significativo. Em 14 de fevereiro de 1980, a Samp inaugurou o Mugnaini, seu centro de treinamentos até o dia de hoje, localizado em Bogliasco, na região metropolitana de Gênova.

Mas o início da gestão não foi tão tranquilo. Nos três anos seguintes à compra da Sampdoria, Mantovani enfrentou diversos problemas com sua empresa: respondeu a processos por acusações de evasão de divisas, fraude e até por contrabando de petróleo. Em um determinado momento, as novelas judiciais fizeram até mesmo com que ele e seus sócios fossem passar um tempo na Suíça, para evitar ações policiais. No fim das contas, o presidente foi inocentado de todas as acusações por falta de provas.

Mantovani também sofreu de problemas de saúde: em uma partida da Coppa Italia de 1982, em que a Samp visitava o Cagliari pela fase de grupos, ele sofreu um infarto e precisou viajar para os Estados Unidos, onde passou por cirurgia no coração. Até o final da década de 1980, o romano se tornaria cada vez menos ativo empresarialmente e se dedicaria exclusivamente à administração da Samp. Em 1990, ele venderia a Pontoil.

O Doria de Mantovani precisou de três tentativas para conseguir voltar para a elite. Três treinadores diferentes passaram pelo comando do time nas duas primeiras temporadas e, em ambas, o clube bateu na trave. A campanha de 1980-81 da Serie B, em particular, foi brutal: contou com as presenças de Milan e Genoa, que subiram, além da Lazio. A Samp ficou a duas posições do acesso.

Para a temporada seguinte, contudo, a nova administração começou a colocar a mão no bolso. Em 1981-82, Mantovani contratou jogadores de times de primeira divisão, como Salvatore Vullo (vindo do Bologna), Patrizio Sala (Torino) e Nicola Zanone (Udinese). Porém, após um péssimo início, outra troca de técnicos: Enzo Riccomini foi dispensado após cinco rodadas e o clube trouxe Renzo Ulivieri, que comandou a Samp de volta para a Serie A.

Mancini e Vialli foram os grandes nomes da gestão (Arquivo/Sampdoria)

Construindo a geração de ouro

De volta à elite, Mantovani e seu braço direito, o diretor esportivo Paul Borea, começaram a montagem do time que se tornaria o maior da história da Samp até hoje. Mas mesmo essa montagem foi no bom estilo Mantovani. O presidente tinha por característica estabelecer um relacionamento pessoal com todos no clube. Até mesmo para recrutar os novos atletas, como aconteceu com Roberto Mancini. Aos 17 anos de idade, a joia do Bologna havia estreado nos profissionais na temporada 1981-82 e estava sendo ferozmente disputada por vários clubes, incluindo a Juventus.

Mantovani estava tão determinado em levá-lo para Gênova que teria mandado Borea ir encontrar-se com ele e sua família, enquanto eles estavam passando um dia na praia. O diretor conseguiu persuadi-los, mostrando que, na Samp, Mancini poderia ser o protagonista, “como Gianni Rivera foi no Milan e Sandro Mazzola foi na Inter”, o que seria mais difícil de se fazer em Turim. E eles o convenceram. No verão de 1982, a Sampdoria contratava aquele que viria a ser o maior jogador de sua história.

Outro jovem que chamou a atenção da diretoria naqueles anos foi um garoto de 19 anos da Cremonese, que se destacou pelo time lombardo com 10 gols na Serie B de 1983-84: Gianluca Vialli. Como a maioria sabe, ele encontraria sucesso em Gênova, formando com Mancini uma das melhores duplas de ataque da história do futebol italiano durante oito anos. Mais uma prova do talento da diretoria em encontrar talento.

Vialli também testemunhou a capacidade incrível de Mantovani de fazer do ambiente doriano verdadeiramente caseiro. “Mantovani era o clássico dirigente que também era uma figura paterna, como acontecia antigamente. Ele amava o clube e via os jogadores, treinadores e torcedores como membros de uma grande família”, declarou o ex-jogador em uma entrevista.

Mantovani ficou conhecido por participar ativamente da rotina da Samp (Arquivo/Sampdoria)

Mas apesar de todos associarem o sucesso daquela Samp automaticamente aos “Gêmeos do Gol”, como foram apelidados Mancini e Vialli, Mantovani foi muito além deles, na montagem do time. Nessa primeira onda de contratações, ele construiu aquela que viria a ser uma das melhores defesas da Itália por quase uma década – o que, talvez, tenha sido um fator ainda mais preponderante para as conquistas do clube.

Entre 1980 e 1984, o presidente adquiriu Luca Pellegrini (1980), Pietro Vierchowod (1981) e Moreno Mannini (1984), além dos volantes Fausto Salsano (1981) e Fausto Pari (1983). Todos se tornaram membros essenciais da fortíssima defesa blucerchiata nos anos vindouros. Também se destacaram algumas contratações de peso, como as do irlandês Liam Brady (1982) e dos britânicos Trevor Francis (1982) e Graeme Souness (1984) – este último sendo o capitão do Liverpool na conquista da Copa dos Campeões meses antes de sua chegada em Gênova.

Uma das formas com as quais Mantovani encontrou mais sucesso em sua gestão foi uma maneira muito particular de fazer negociações. Ele tinha o hábito de ter conversas muito casuais com seus atletas, e estabelecia com os jogadores uma conexão pessoal.

Outra marca registrada do dirigente era o fato de ele firmar contratos curtos com seus jogadores: assinava vínculos um ano de cada vez, ao invés de tentar garantir seus serviços com contratos longos e salários fixados. Isso motivava os contratados a melhorar de produção ano a ano, apesar de representar um risco para o clube, que poderia perdê-los com mais facilidade. Mas isso não aconteceu, porque todos que entravam na Sampdoria daquela época desejavam permanecer – muito em função do carinho que recebiam não só do chefe, mas de toda a comunidade em sua volta.

A contratação de Boskov mudou a Samp de patamar (LaPresse)

As escolhas ousadas

Faltava uma peça para esse quebra-cabeça. Ulivieri fez o ótimo trabalho de trazer o time de volta para a Serie A e solidificá-lo entre os dez melhores do país. Mas Mantovani sonhava mais alto. Após duas temporadas na primeira divisão, Ulivieri foi dispensado e, em 1984, a Samp apostou suas fichas no consagrado Eugenio Bersellini, que comandou a Inter na conquista de um scudetto e de duas edições da Coppa Italia, entre 1977 e 1982.

Curiosamente, Bersellini não chegava com muita admiração, pois ele já havia treinado a Samp por duas temporadas, entre 1975 e 1977, e era ele o treinador no mais recente rebaixamento, até então. Mas, como se fosse Midas, Mantovani acertou em mais uma escolha, que se transformou em ouro. Logo na primeira temporada do novo treinador, o Doria venceria o primeiro título de sua história: a Coppa Italia, de maneira invicta. Era a primeira vez em 48 anos que a cidade de Gênova recebia um troféu.

Além de vencer a Coppa em 1984-85, a Sampdoria também teve sua melhor campanha na Serie A em 24 anos – um quarto lugar – e voltou às competições europeias no ano seguinte. Porém, o clube caiu drasticamente de rendimento em 1985-86 e lutou contra o rebaixamento. Mantovani viu nisso uma oportunidade e, ao fim da temporada, dispensou Bersellini. Depois disso, fez aquela que talvez foi a maior das contratações de sua administração.

Para a temporada 1986-87, a Samp dava as boas-vindas ao multicampeão Vujadin Boskov, técnico iugoslavo que levou o Real Madrid a um título espanhol e duas copas nacionais. Além do comandante, no mesmo verão a Sampdoria contratou o brasileiro Toninho Cerezo, mais uma peça fundamental das conquistas que estavam por vir. O goleiro Gianluca Pagliuca também foi trazido do Bologna para concluir sua formação na base doriana. Nos três anos seguintes, uma nova onda de contratações-chave fortaleceram ainda mais a equipe: Giuseppe Dossena (1988), Attilio Lombardo, Srecko Katanec e Giovanni Invernizzi (todos em 1989). O resto é história.

Na era da família Mantovani, a Samp somou sete títulos (Arquivo/Sampdoria)

A força da Samp sob o comando de Mantovani

É fácil ver o quanto a gestão Mantovani foi bem sucedida ao olhar para seus títulos. Em 14 anos, além de resgatar o clube da segunda divisão, o cartola montou um time que venceu um histórico scudetto (1991), quatro copas nacionais (1985, 1988, 1989 e 1994), uma Recopa Uefa (1990) e uma Supercopa Italiana (1991), além de campanhas sólidas, como os vice-campeonatos da Copa dos Campeões (1992), da Recopa (1989) e da Coppa Italia (1986 e 1991). O time da Samp foi tão bom que esteve a dez minutos de poder ser campeão da Europa, não fosse uma falta sem sentido cometida na entrada da área, no segundo tempo da prorrogação contra o Barcelona.

Mas é possível enxergar também o quanto esse time era forte indo além dos títulos e boas campanhas. Em 12 temporadas na Serie A sob o comando de Mantovani (1982-83 até 1993-94), a Samp foi a quarta ou quinta força do país. Um levantamento do desempenho da equipe nesse período, levando em consideração sua colocação entre os melhores ataques e as melhores defesas de cada ano, chega e este resultado:

Melhores ataques (média de gols feitos por temporada)

  1. Juventus – 49,0
  2. Milan – 46,0
  3. Inter – 45,0
  4. Napoli – 42,6
  5. Sampdoria – 42,1
  6. Roma – 40,8

Melhores defesas (média de gols sofridos por temporada)

  1. Milan – 23,9
  2. Inter – 29,1
  3. Sampdoria – 30,0
  4. Juventus – 30,0
  5. Roma – 31,5
  6. Napoli – 32,2

Outro grande triunfo de Mantovani – uma vez que era um de seus objetivos iniciais quando assumiu o clube – foi o de trazer o torcedor de volta ao Marassi. Nessas mesmas 12 temporadas na Serie A, a Samp teve uma média de público de 28.465 torcedores por jogo, sendo que, de 1987 a 1989, o Luigi Ferraris passou por uma reforma completa para a Copa do Mundo de 1990 e, nesse período, teve capacidade reduzida. Durante estes anos, a média variou entre 17.440 e 23.879 torcedores. Se não fossem consideradas essas três temporadas em que a presença do público foi afetada pela reforma, a Samp levou uma média de 31.181 fanáticos a seus jogos.

Mantovani faleceu com pouco mais de 60 anos, quando ainda era presidente do clube genovês (Arquivo/Sampdoria)

A tentativa de reerguer o clube e sua morte precoce

Após o vice-campeonato da Liga dos Campeões, a Samp teve duas baixas pesadíssimas: Vialli foi comprado pela Juventus e Boskov aceitou proposta para assumir o banco da Roma. Mas não seria ali que Mantovani iria abaixar a cabeça.

Para assumir o comando técnico, ele contratou o treinador sueco Sven-Göran Eriksson, campeoníssimo em seu país e também no futebol português, com o Benfica. Além do técnico, a Samp também assinou com o astro holandês Ruud Gullit, que chegou, a princípio, de empréstimo do Milan e depois foi adquirido; bem como com os ingleses David Platt e Des Walker. O sucesso não veio de imediato, uma vez que a equipe faturou apenas um sétimo lugar no campeonato de 1992-93. Mas o time eventualmente se encaixou e voltaria aos trilhos do sucesso na temporada seguinte. Infelizmente, Mantovani não presenciaria essa nova leva de conquistas.

Após vencer cinco de suas primeiras sete partidas de campeonato na temporada, veio o duro golpe para a Sampdoria. No dia 14 de outubro de 1993, Mantovani perdeu a batalha contra o câncer de pulmão e faleceu, aos 63 anos de idade. No dia 16, foi realizada a sua cerimônia fúnebre e, a pedido do próprio presidente, a banda Heritage Hall Marching Band, da cidade de Nova Orleans (Estados Unidos), tocou a canção What a Friend We Have in Jesus. Ele conhecera o trabalho da banda quando precisou ser operado no país norte-americano. Estima-se que cerca de 40 mil pessoas participaram das homenagens, incluindo o cortejo do vídeo abaixo, no qual jogadores e ex-atletas da Samp carregaram o seu caixão.

Dentro de campo, talvez até motivada a honrar a memória do presidente, a Samp fez bonito. Com o melhor ataque do campeonato, o clube terminou em terceiro lugar, a míseros sete pontos de ser campeã novamente. Mas não parou por aí. Com uma campanha memorável, em que deixou para trás Inter, Roma e Parma, a Sampdoria alcançou mais uma final da Coppa Italia e garantiu seu quarto título do torneio, batendo o modesto Ancona na decisão, que incluiu um impiedoso 6 a 1 no jogo de volta.

A Sampdoria permaneceu com a família Mantovani. O filho Enrico assumiu a presidência, na qual permaneceu até 2000. Dois anos depois, foi oficializada a venda do clube para Riccardo Garrone, filho de Edoardo Garrone, fundador da ERG, empresa genovesa que também opera no setor energético e foi famosa patrocinadora do time durante anos. A venda veio como salvação financeira para a sociedade, que estava à beira da falência e já estava havia três anos na segunda divisão. Curiosamente, Edoardo Garrone foi presidente do Genoa em 1963 – o neto, homônimo, foi mandatário da Samp na década de 2010.

O presidente está enterrado em um cemitério a poucos metros do Mugnaini, em Bogliasco. Até hoje torcedores prestam homenagens a Mantovani no local e nos jogos da Sampdoria. Sua memória e seu legado entre os torcedores do time foram além do simples desempenho do time em campo: por suas célebres frases de efeito, por seu declarado amor pela Sampdoria ou pelas cutucadas que ele dava no rival Genoa.

Apesar de tudo isso, a identificação com o cartola ocorria, principalmente, pelo simples fato de ele ser um homem do povo, como pode ser visto nesta entrevista concedida no meio da torcida, quando assistia a um dérbi e comemorava com os dorianos o gol da vitória. Dificilmente teremos um dirigente mais amado em Gênova do que Paolo Mantovani.

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